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contrato de 845 km

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Retomada da CCR só vai abranger
12,5 quilômetros da BR-163

Concessionária paralisou obras em abril deste ano

RODOLFO CÉSAR

18/08/2017 - 15h47
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A CCR MSVia informou hoje que a retomada na obra de duplicação da BR-163 será parcial e dos mais de 800 quilômetros que ela administra, somente 12,5 quilômetros passarão por obras de ampliação da via por enquanto. Outros 84 quilômetros, considerados críticos, terão a restauração de pavimento.

A concessionária suspendeu os serviços em 12 de abril alegando que não recebeu o empréstimo previsto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o empreendimento. Houve também aumento dos juros do financiamento. Do volume previsto para ser liberado, 21% acabou repassado. A obra para duplicar os 845,2 quilômetros de rodovia foi orçado em R$ 4,6 bilhões.

A previsão era ter concluída a duplicação em cinco anos, a contar a partir de 2014. Esse prazo já não será mais atendido.

Por conta da paralisação, a concessionária protocolou pedido de revisão contratual na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília. Também foi acrescentado na argumentação que financiamento da Caixa Econômica Federal não tinha sido liberado e regras para obter os recursos mudaram, atrapalhando a obtenção do dinheiro.

A suspensão da CCR MSVia aconteceu em período que a concessionária estava adimplente com o contrato. As etapas concluídas até então tinham prazo para serem entregues agora em setembro. Com isso, a empresa ganhou margem de quatro meses para negociar com o governo federal flexibilização do que tinha sido contratado. 

A cobrança de pedágio também foi mantida com a justificativa que a manutenção de alguns serviços aconteceu e também o atendimento de emergência não foi cortado.

"O Grupo CCR informa que a CCR MSVia, sua controlada, irá assumir a retomada parcial das obras. A decisão foi tomada após o anúncio do governo federal sobre a publicação de nova Medida Provisória concedendo maior prazo para a realização dos investimentos, em novas condições contratuais", informou por meio de nota.

Nessa etapa que será retomada serão investidos cerca de R$ 143 milhões em 12,5 quilômetros de duplicações e 84 quilômetros de restauração de pavimento.

MEDIDA PROVISÓRIA

A medida provisória nº 752/2016, que gerou a lei 13.448, de 5 de junho de 2017, foi responsável por permitir a retomada da obra. Ela estabeleceu diretrizes para permitir prorrogação e/ou relicitação de contratos. O texto final ainda depende de regulamentação e não contempla as condições para revisão dos contratos vigentes.

A legislação trata de obras nos setores rodoviário, ferroviário e aeroportuário da administração pública federal.

"A reestruturação integral do contrato de concessão é fundamental para ajustá-lo à atual realidade econômica, que somente se descortinou após o início da concessão, mas que a afetou de forma relevante", alegou a CCR MSVia em nota.

A concessão foi conquistada em 2013 e a empresa divulgou que já foram investidos R$ 1,9 bilhão, que resultaram na duplicação de 138,5 quilômetros de pista. Partes desses trechos estão próximas às praças de pedágios que foram instaladas.

No balanço do que já foi feito também houve 333 quilômetros de recuperação de pavimento, modernização da sinalização e implementação do Serviços de Atendimento ao Usuário, em funcionamento 24 horas por dia.

Essas atividades envolvem 500 empregados, 17 bases operacionais e 80 viaturas. A rodovia também tem circuito com 400 câmeras, além de 400 quilômetros de fibra ótica instalada.

DEMISSÕES

Na paralisação feita em abril, 2.180 trabalhadores foram demitidos. Desses, 80 trabalhavam contratados pela CCR MSVia e os 2,1 mil faziam parte de terceirizadas que atuavam diretamente na duplicação e restauração da via.

A empresa não informou qual deve ser o volume de contratações para realizar a retomada da duplicação em pouco mais de 12 quilômetros.

Enquanto não se definia o futuro do empreendimento, a CCR participou de audiência na Justiça Federal na tentativa de haver a volta do canteiro de obras.

O juiz Ney Gustavo Paes de Andrade deu prazo até setembro para a ANTT posicionar-se, bem como a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS) e a concessionária. A Ordem acionou a empresa judicialmente contra a paralisação e cobrança do pedágio.

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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