Cidades

PROBLEMA GRAVE

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Retenção de maca pode ter contribuído
para morte de professora

Bombeiros reclamam que equipamento da ambulância chega a ficar até 12 horas retido em unidades de saúde

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Na noite da última terça-feira (13), a professora Mariolina Mendes, 58 anos, morreu no pronto-socorro da Santa Casa, depois de ser atropelada e ter uma das pernas esmagadas num acidente de trânsito, no cruzamento das ruas Quintino Bocaiúva com Planalto, Jardim Paulista, região central de Campo Grande. Apesar de gravidade do acidente, a causa da morte da servidora municipal pode não estar totalmente relacionada aos ferimentos e sim à demora no atendimento.

Segundo o comandante metropolitano do Corpo de Bombeiros, Marcello Fraiha, Mariolína esperou por mais de 20 minutos, na calçada, até receber atendimento. Isso porque, a maca da ambulância que deveria atendê-la estava retida numa unidade de saúde da Capital. “Há tempos nós temíamos que uma situação dessa acontecesse, que chegasse a esse extremo, e, infelizmente, aconteceu”, lamenta.

Conforme o militar, o caso não é isolado e já levou o comando a acionar a Secretaria Municipal de Saúde por mais de uma vez. Além disso, não afeta apenas os bombeiros, como também o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. “Nós recebemos o chamado e prestamos o socorro, depois, nós pegamos a vítima e levamos para as unidades de saúde. Eu chego na unidade de saúde, a minha maca fica retida, porque enquanto não chega a vez da paciente ser atendida, eles não liberam a equipe e a maca.  Já enviamos diversos ofícios para o gestor municipal de saúde e até o presente momento não percebemos mudança prática alguma nessa situação. Já se esgotaram todos os procedimentos administrativos, são vidas ceifadas e a gente fica amarrado”, denuncia.

Um levantamento feito pelo coronel aponta que, entre os dias 26 de setembro e 25 de outubro de 2018, houve 102 casos de retenção de macas, sendo o tempo mínimo de espera de 30 minutos e o máximo de até 12 horas. “Isso acaba inviabilizando um atendimento adequado às demais vítimas. Muitas vezes, nós temos que acionar viaturas de outras regiões para fazer o atendimento, isso gera dano ao erário público, porque gasta combustível e desgaste dos veículos, e pior, provoca demora no atendimento. Nós temos viaturas, temos equipamento, temos pessoal capacitado, mas acabamos com o atendimento prejudicado, porque a gestão municipal não cumpre com seu papel”, afirma.

Fraiha lembra ainda que uma lei municipal proíbe que equipamentos dos serviços móveis de urgência sejam retidos em unidades, porém, ela vem sendo descumprida. “A lei do município está sendo descumprida pelo próprio município, e quem sofre é a própria população. Eu sinto necessidade de alertar a população, para que não tenha a sensação de que é culpa do bombeiro, para alertar a população sobre a situação em que o município se encontra. Esse assunto já fugiu da esfera dos bombeiros, é preocupação da Secretaria de Segurança Pública”, disse.

A Secretaria Municipal de Saúde foi procurada pela reportagem para se posicionar quanto às afirmações, mas não respondeu aos questionamentos.

PERDA

Mariolina trabalhava há anos como diretora do Centro de Educação Infantil Vó Fina, na Vila Santo Eugenio. Por telefone, uma funcionária do local disse ao Portal Correio do Estado que o momento é de tristeza. “Estamos desorientados ainda, a notícia é muito forte e impactante. Era uma pessoa sem o menor problema de saúde. Até as crianças sentiram muito”, disse.

Por meio de perfil nas redes sociais, o Conselho de Diretores e Diretores Adjuntos das Escolas Municipais e Diretores de Ceinfs de Campo Grande também lamentaram o acidente. “Ela parte nos deixando muitas lições de amor, amizade, profissionalismo e humanidade. As pessoas são insubstituíveis em sua existência e, quando são especiais, além da falta que fazem àqueles que as amam, deixam o mundo mais pobre. Não temos palavras para expressar os nossos sentimentos. Pedimos a Deus que conforte o coração dos familiares e amigos neste momento de dor”, diz a postagem. (Colaborou Rafael Ribeiro)

 

Servidores

Governo Lula amplia proposta de reajuste para 9,5% para servidores federais da educação

Para o ano que vem, o governo aumentou a proposta de reajuste de 4,5% para 9,5%. E para 2026, saiu de 4,5% para 3,5%

19/04/2024 14h00

O governo também acolheu a maioria dos pedidos para reestruturação da carreira. Foto: Gerson Oliveira

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta sexta-feira (19) uma contraproposta a técnicos e servidores da educação para 2025 e 2026 em numa nova mesa de negociação.

Para o ano que vem, o governo aumentou a proposta de reajuste de 4,5% para 9,5%. E para 2026, saiu de 4,5% para 3,5%. Além disso, os pagamentos já seriam feitos em janeiro de 2026, não em maio, como é praxe.

O governo também acolheu a maioria dos pedidos para reestruturação da carreira.

A proposta foi feita em reunião de lideranças sindicais no Ministério da Gestão e Inovação com integrantes do governo. Em frente à sede da pasta estavam integrantes da categoria em protesto.

Do lado do Executivo estiveram presentes o secretário-executivo-adjunto da Educação, Gregório Grisa, e o secretário de Gestão de Pessoas, José Celso Cardoso.

Também participaram representantes da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil) e do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).
De acordo com o governo, há 220 mil pessoas nesta carreira.

"A gente colocou na mesa agora, para avaliação das entidades, para apreciação dos sindicatos, uma proposta de reajuste que representa um avanço expressivo, quando comparada à proposta que o governo fez ainda no final do ano, que era de 4,5% em 2025, 4,5% em 2026", disse Grisa.

"A gente traz a proposta agora, inclusive adiantando para o mês de janeiro de 2025, já ter 9% em 2025. Então a gente dobra a proposta feita anteriormente para essa carreira de técnicos administrativos", completou.

Ao final da reunião, os secretários do governo falaram com jornalistas sobre a proposta. À tarde, a mesa de negociação será com professores.

Docentes de universidades, centros de educação tecnológica e institutos federais das cinco regiões do Brasil entraram em greve no último dia 15, após o governo não prever reajuste às categorias.
Eles exigem aumento salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% —a primeira ainda para este ano e outras para 2025 e 2026.

De acordo com balanço de quinta-feira (18) da Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), há 24 instituições paralisadas e outras 11 com indicativo de greve. Já a Fasubra diz que 66 das 69 instituições aderiram à greve.

Dia do exército

Riedel, secretários e policiais recebem honrarias nos 376 anos do Exército

Cerca de mil militares das Forças Armadas participaram de solenidade no CMO

19/04/2024 13h00

Marcha e desfile de militares do Exército Brasileiro MARCELO VICTOR

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Cerca de mil militares das Forças Armadas comemoraram os 376 anos do Exército Brasileiro (EB), na manhã desta sexta-feira (19), em solenidade realizada no Comando Militar do Oeste (CMO), localizado na avenida Duque de Caxias, em Campo Grande.

Homens e mulheres fardados, de 13 grupamentos/batalhões, marcharam e desfilaram em alusão ao Dia do Exército, comemorado anualmente em 19 de abril.

Durante a solenidade, foram entregues medalhas, diplomas, certificados e honrarias militares ao governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB); comandante-geral da Polícia Militar (PMMS), Renato dos Anjos; comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Frederico Reis; secretário de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos Videira; presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul); entre outras autoridades.

Os convidados foram homenageados em reconhecimento aos serviços que contribuíram para progresso, defesa e segurança de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o governador do Estado, Eduardo Riedel, a parceria entre o governo de MS e EB garante ganhos na infraestrutura, sociedade e segurança pública.

“Estou muito honrado de receber uma homenagem do Exército Brasileiro, é uma instituição que orgulha a todos nós. E para o Mato Grosso do Sul, é fundamental, um estado que faz fronteira com dois países, faz divisa com mais outros cinco estados da federação e a sede do Comando Militar do Oeste é aqui no estado de MS. É uma parceria extremamente efetiva, diante de todas as situações que nós temos no estado, o Exército Brasileiro traz ao estado tranquilidade e parceria grandes em diversas áreas, social, infraestrutura, segurança pública. E a gente fica muito honrado em receber essa homenagem aqui hoje”, disse o governador de MS, em coletiva de imprensa.

Segundo o general de Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha, a missão do EB é a de contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, salvaguardando os interesses nacionais e cooperando com o desenvolvimento nacional e o bem-estar social.

“São 376 anos de dedicação à Pátria, ao nosso povo, ao nosso Brasil, trabalhando dentro dos nossos princípios de disciplina, hierarquia, valores e ética. Nosso papel é a garantia dos direitos constituídos, a defesa da Pátria, colaborar para o desenvolvimento nacional e estar junto a sociedade, tornando esse Brasil cada vez maior”, ressaltou o general.

O Dia do Exército Brasileiro é comemorado anualmente em 19 de abril, data que relembra o aniversário da Batalha de Guararapes, travada em 1648, quando brasileiros de diversas origens se uniram pela primeira vez em defesa do território contra o domínio holandês.

Neste dia, são realizadas diversas atividades para celebrar e reconhecer o trabalho e a importância do Exército na defesa da nação e na manutenção da ordem e segurança interna.

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