Recurso perdido de R$ 15 milhões do Orçamento Geral da União, liberado para a prefeitura de Campo Grande requalificar a parte pertencente ao município do Complexo Empresarial Terminal do Oeste Heitor Eduardo Laburu, antiga rodoviária da Capital, - corresponde a cerca de 11% do local - é suficiente para cumprir com o planejamento do projeto “com criatividade”, como disse o prefeito Marcos Trad (PSD), na tarde de hoje (27), em seu gabinete.
A princípio o Executivo Municipal havia pedido à União um financiamento de cerca de R$ 22 milhões, mas conseguiu o recurso perdido - ou subvenção - no valor de R$ 15 milhões. “Como eu disse no meu discurso [anterior], o gestor tem que ser bastante criativo”, disse Trad a respeito da ‘redução’.
“A rodoviária, em todas as eleições, os homens públicos utilizam ela como barganha, entre aspas, para conquistar votos dos eleitores, mas ninguém teve a coragem de ir lá e fazer essa reforma”, opinou o chefe do Executivo, que tem as plataformas que eram de embarque e desembarque de passageiros e os andares superiores para usar.
Depois que a rodoviária da Capital mudou para a Avenida Gury Marques, em 2009, o antigo ponto virou moradia de pessoas em situação de rua e ponto para venda e consumo de drogas. Na próxima segunda-feira, de acordo com Trad, deve ser assinado o ato de liberação do recurso.
Mas as obras devem começar efetivamente apenas no segundo semestre de 2020, pois ainda é preciso fazer o projeto de engenharia e, posteriormente, a licitação do empreendimento. “Não é rápido não, quem me dera se fosse rápido”, disse o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese.
De acordo com a coordenadora especial da Central de Projetos da Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais (Segov), Catiana Sabadin, o projeto das empresas que entregaram os portfólios está em análise. “A gente tinha só uma concepção do projeto. Estamos analisando as empresas que entregaram os portfólios. A gente imagina que em três meses, como é uma licitação rápida, já termina. Entregamos os projetos lá por março, abril e tentamos licitar a obra até o fim do primeiro semestre”. Ali deve ser instalado uma espécie de Central do Cidadão, com serviços disponíveis para a população.
A Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) querem transformar o prédio também em um centro integrado de segurança.
A ideia é levar para o local a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro e também a Gerência Operacional Centro da Guarda Civil Metropolitana. Atualmente, a Depac funciona junto da 1ª Delegacia de Polícia Civil, na Rua Padre João Crippa, e também divide espaço com a Polícia Militar. Com a mudança, apenas a Depac seria transferida para a antiga rodoviária.