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Queimada controlada evita desastres ambientais

Quando autorizada e prescrita pelo órgão responsável, pode reduzir materiais secos

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O fim do mês de outubro e o começo de novembro não foram favoráveis para o Pantanal em razão da grande queimada que atingiu a região no período. Os 13 dias de grande incêndio no Parque Estadual do Rio Negro dizimaram cerca de 30% da área atingida.

Diferentemente deste tipo de evento, existe uma forma de queimada “benéfica”, que é autorizada pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul): a queimada controlada ou prescrita.

Um grupo de pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pantanal afirma que este tipo de queimada consiste em reduzir a quantidade de material vegetal seco acumulado, que pode se tornar combustível para incêndios de grandes proporções, como o que ocorreu. A pedido da reportagem do Correio do Estado, os profissionais responderam a uma série de perguntas e o texto elaborado por eles foi posteriormente encaminhado pela Embrapa.

“As queimadas prescritas são utilizadas somente em áreas específicas, delimitadas previamente e com atenção especial a uma série de fatores que podem interferir nos objetivos desejados. Estes fatores são condições climáticas ideais (alta umidade relativa do ar, alta umidade do solo, baixa temperatura, força e direção do vento), quantidade e tipo de material combustível, tamanho da área, disponibilidade de pessoal e equipamento para controle do fogo e construção de aceiros”, diz resposta enviada ao Correio do Estado. 

De acordo com eles, essa opção não serve somente para queimar material combustível, mas também é usada em áreas de serviço da agropecuária e agricultura. “A queima prescrita também serve como uma alternativa para o manejo de pastagens, controle de pragas, doenças e limpeza de áreas de plantio agrícolas, explicaram. 

Vários fatores foram determinantes para a proporção do incêndio naquela região, que precisou da intervenção do governo do Estado. “[Aconteceram] em condições climáticas desfavoráveis de extrema seca, com baixa umidade relativa do ar, altas temperaturas e fortes ventos. Dessa maneira, o fogo se propagou de forma descontrolada e indiscriminada sobre campos e matas, consumindo a biomassa da vegetação e afetando a flora e a fauna de maneira imprevisível”.

Trabalho de combate ao fogo exigiu o empenho de cerca de 300 pessoas das unidades do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal, além do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Exército e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de funcionários das fazendas.

 A área de atuação da operação foi de 572,2 mil hectares do Parque Estadual. Deste número, mais de 180,4 mil hectares foram atingidos pelo fogo – área equivalente a 262 campos de futebol de 7,1 mil metros quadrados. Porém, 68% (391,8 mil hectares) desta área dentro do parque permaneceu preservada após a tragédia ambiental. O trabalho de rescaldo na área foi encerrado no dia 14 de novembro, segundo o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros de MS, Fernando Carminati. A chuva, que não apareceu em outubro, surgiu no início de novembro e ajudou a controlar o fogo. 
 
CONSEQUÊNCIAS 

Os prejuízos para a vegetação e os animais são incalculáveis e o futuro dessa área é incerto, segundo pesquisadores da Embrapa Pantanal. “Os reflexos dessa situação são difíceis de prever, talvez até impossíveis, dada a extensão das áreas afetadas e a falta de levantamentos do que foi perdido”, garante a instituição.

Em análise prévia dos pesquisadores, a vegetação pode se recuperar, mas em alguns casos ocorrerão transformações em sua estrutura. “Várias espécies de plantas que ocorrem no Pantanal são oriundas do Cerrado e apresentam características adaptativas ao fogo (troncos com casca mais grossa e capacidade de rebrota), pois queimadas naturais, em consequências de raios, tendem a ocorrer durante a estação chuvosa. Assim, essas áreas queimadas devem se recuperar, mas as queimadas que ocorrem durante o período seco, geralmente mais intensas, podem resultar em alterações na estrutura e na composição das espécies, principalmente nas matas onde as árvores são mais susceptíveis ao efeito do fogo”, avaliaram.

Já para a fauna, esta queimada terá reflexos catastróficos. Insetos e animais com baixa capacidade de locomoção podem ter sido extintos ou deixados à beira da extinção na área afetada pelo fogo. Porém, os especialistas indicam que isso não significa que essas espécies foram extintas do Pantanal, já que a maior parte do bioma foi mantido intacta. “É de se esperar que leve um longo tempo para que a recolonização dessas áreas ocorra e tudo volte ao que era antes. No entanto, é improvável que isso ocorra rapidamente”.

"Vacina no braço"

Casos de Síndrome Aguda Respiratoria Grave aumentam em Campo Grande

Conforme o boletim da InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (18) os casos de síndrome gripais aumentaram na Capital; a recomendação é que os grupos prioritários tomem vacina

18/04/2024 18h15

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Campo Grande está entre outras 19 Capitais que apresentaram aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (18), pela Fiocruz. 

 O relatório apontou que aumentou o número de pessoas internadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de Influenza A (vírus da gripe) e o vírus respiratório (VSR).

"Na presente atualização observa-se que 19 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a semana 15: Aracajú (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e São Paulo (SP)", indica o relatório.

Divulgação InfoGripe

A Covid-19 segue em queda e em alguns Estados permanece em níveis baixos de incidência. Os dados apontam que a disseminação da Síndrome Respiratória Aguda Grave, de Influenza A e o vírus respiratório para as próximas semanas em 19 Estados e Mato Grosso do Sul pode apresentar aumento nas próximas semanas. 

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

Segundo o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, para impedir o crescimento dos casos o público alvo deve procurar a unidade de saúde mais próxima e tomar a vacina contra a influenza. 

“Para o vírus da gripe, a gente conta com vacina e campanha de vacinação em todo o país. Então quem é grupo de risco, deve buscar o posto de saúde para se vacinar. A vacina da gripe, tal qual a vacina da Covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode acabar desencadeando uma internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental. Em relação ao VSR, a rede privada tem uma vacina já disponível para idosos, que também é muito importante, já que embora o risco do VSR seja muito maior nas crianças pequenas, a gente também observa internações nos idosos”, explica Marcelo Gomes.

A recomendação do pesquisador para pessoas que apresentem sintomas gripais usem máscara de qualidade as recomendadas são: N95, KN95, PFF2; no caso de sair de casa para procurar atendimento médico em unidades de saúde. 

Veja outros Estados com tendência de aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave:

  •  Acre;
  • Alagoas;
  • Amazonas;
  • Bahia;
  • Ceará;
  • Distrito Federal;
  • Goiás;
  • Maranhão;
  • Minas Gerais;
  • Pará;
  • Paraíba;
  • Paraná;
  •  Pernambuco;
  • Rio Grande do Norte
  • Rio Grande do Sul;
  • Rio de Janeiro;
  • Santa Catarina;
  • Sergipe;
  • São Paulo;
  • Tocantins;

Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul a incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em decorrência da Covid-19 apresenta queda. 

No país

Somente em 2024, óbitos ligados a SRAG foram registrados  2.322 óbitos, sendo 1.411 (60,8%)
com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 728 (31,4%) negativos, e ao
menos 78 (3,4%) aguardam resultado.

Casos positivos

  • 12,3% Influenza A;
  •  0,1% Influenza B;
  •  3,1% vírus sincicialrespiratório (VSR);
  •  81,7% SARS-CoV-2 (COVID-19);

 

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Prazos

Mais de 68 mil pessoas poderão concluir o processo de obtenção da CNH até 31 de dezembro em MS

Os processos para retirada da CNH, que foram prorrogados por mais 12 meses, foram interrompidos em 2019

18/04/2024 17h50

Foto: Rachid Waqued

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De acordo com a deliberação nº271/2023, todos os processos de habilitação ativos até dezembro de 2023 tiveram o prazo de conclusão ampliado para 31 de dezembro de 2024.

De acordo com o levantamento do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), mostra que 8,6 mil processos estão parados na etapa de agendamento teórico, enquanto  12,6 mil na etapa de agendamento do exame prático de duas rodas. 

Ainda de acordo com o departamento de trânsito, 14,3 mil veículos estão na fase de agendamento prático de quatro rodas.Os demais são alunos que se encontram na fase de exames de saúde e ainda não chegaram na etapa de aulas.

O aviso do Detran é para as pessoas que ainda tem interesse em dar andamento ao processo procurem os seus respectivos CFC (Centro de Formação de Condutores) e não deixem para fazer isso perto do prazo expirar.

Ainda segundo o órgão, uma notificação eletrônica será encaminhada para os cidadãos que se qualificarem para a prorrogação. O alerta será enviado ao e-mail cadastrado no sistema durante a inscrição. Não haverá necessidade de efetuar novos pagamentos ou emissões de novas guias.

 

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