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PREOCUPAÇÃO

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Quase a metade dos infectados por coronavírus em Dourados são indígenas

Cidade tem hoje 197 casos do novo coronavírus

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As aldeias indígenas de Dourados se tornaram alvo fácil devido ao avanço da pandemia do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul. Situação essa que preocupa as autoridades de saúde pública e entidades que auxiliam os indígenas em combate a covid-19. Desde o primeiro caso que ocorreu em um frigorífico da região, a doença se espalhou rapidamente em poucos dias. Levantamento do Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul (DSEI-MS), aponta que vivem no Estado mais de 83 mil indígenas, segunda maior população do país. 

Segundo boletim divulgado pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), no Estado, mas especificamente na região de Dourados e Caarapó os casos duplicaram em 24 horas e passou de 34 para 74 casos confirmados em indígenas e dois suspeitos. Com a rapidez de casos, esse índice é quase a metade do número total de casos positivos na cidade, que registrou hoje, conforme boletim epidemiológico, 197 confirmações da covid-19. 

O perfil dos casos confirmados do novo coronavírus em índios da destaque na população masculina (53%) entre os mais jovens com idades entre 20 a 29 anos. Enquanto isso, mulheres destacam (43%) do total de casos com o mesmo perfil jovem. 

Ainda segundo boletim da Sesai, os casos confirmados e suspeitos na região de Dourados estão concentrados (91%) nas aldeias da etnia Guarani/Kaiowá e menor incidência (9%) na tribo Terena.  

O primeiro caso em Dourados do novo coronavírus com indígenas foi confirmado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) no dia 13 de maio. A indígena de 35 anos é da aldeia Bororó na região e trabalha no frigorífico da JBS onde teria trabalhado mesmo com sintomas da doença. O frigorífico então informou que tomou uma série de medidas para conter o avanço da doença, como retirar do trabalho, funcionários em situação de risco como idosos além de redobrar a higiene.

Para o coordenador do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) de Dourados que atua a frente dos trabalhos de enfrentamento a pandemia, Flávio Machado, a situação é preocupante, principalmente com o espalhamento que houve em outras aldeias, em função dos trabalhadores indígenas que ainda estão trabalhando nos frigoríficos.

 “Isso para nós é muito grave, porque se trata de uma população muito específica e que precisa ser atendida de forma específica também. Temos apoiado as decisões da justiça que ordena o afastamento desse trabalhador, em função do risco que representa para sua comunidade, porque possui hábitos culturais alimentares totalmente diferentes da comunidade não indígena que são maiores propagadores de contágio, estamos muito preocupados com esses trabalhadores”, disse. 

Segundo o coordenador, o trabalho está sendo de tentar apoiar o isolamento as famílias que testaram positivo para a doença. As famílias estão sendo acolhidas em abrigo disponibilizado pela Diocese de Dourados, mas que há dificuldade da operacionalização por conta da quantidade de pessoas. “ A gente entende que isso é responsabilidade do poder público, do sistema de saúde, o município de Dourados possui verbas específicas para atendimento à população indígena e a gente entende que esses recursos devem ser usados de maneira urgente neste momento para o isolamento fora da aldeia”, explicou. 

Ao Correio do Estado, o secretário Estadual de Saúde Geraldo Resende explicou que são mais ou menos 50 ações de enfrentamento que estão sendo realizadas na região, principalmente com a população indígena como unidades sentinelas e comitê de enfrentamento, mas grande parte das ações em conjunto com outras entidades. “A preocupação é com todas cidades de Mato Grosso do Sul sim, mas principalmente na região de Dourados, nós estamos dialogando, é uma união de esforços entre o Governo do Estado com entidades no enfrentamento da Covid-19”, explicou Resende.

Reparos

Prefeitura irá notificar morador que modificou via para fugir dos buracos em bairro de Campo Grande

Secretaria Municipal, responsável por veículos que atolaram em rua "problemática" do Jardim Itatiaia, responsabiliza morador que fez a instalação de paralelepidepos por buraco onde mais de dez carros atolaram

17/04/2024 17h30

Para o morador Roberto Pinheiro que resgatou mais de dez veículos entre segunda e terça-feira a via com os parelelepípedos, na rua dos Estudantes era o único caminho transitável para que ele pudesse voltar para casa Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Após um morador cansado de esperar pelo asfalto instalar paralelepípedos para evitar buracos na rua dos Estudantes, no Jardim Itatiaia, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), informou que irá notificar o munícipe.

A informação foi dada durante atualização da Prefeitura, na noite de terça-feira (16) no balanço de ações emergenciais de pontos críticos que foram afetados pela chuva. 

A rua dos Estudantes tem cruzamento com a Rua Conde de São Joaquim, onde desde o início da semana, em decorrência da chuva acima da média, mais de dez veículos atolaram, incluindo o caminhão e o trator da Sisep que estiveram no local no início da tarde para jogar cascalho na via

 "Outra via que a Sisep atuou foi na Rua Conde de São Joaquim, no Bairro Tiradentes, próximo à Avenida Três Barras. No local foi executado reparo emergencial para o fechamento da vala aberta pela enxurrada. Foi constatado que o problema nessa via foi provocado também por uma obra irregular executada por morador do bairro, que sem autorização colocou paralepípedos em um trecho da rua. O morador será notificado para retirar o material e depois a Sisep realizará serviços para melhorar as condições das vias locais", informou a Prefeitura.
 

 

 

 

Outro trator foi enviado até o local para "resgatar" os veículos da Sisep e finalmente o buraco na rua Conde de São Joaquim recebeu o cascalho, conforme relatou o morador Roberto Pinheiro dos Santos, de 34 anos, que relatou ao Correio do Estado que o local passou por vistoria de um engenheiro da Águas Guariroba. 

"Veio o rapaz da Águas, Guariroba, que também é engenheiro, aí disse que o secretário da Prefeitura está culpando ele da rede de esgoto que foi passada aqui, que foi uma má compactação dele, que ocasionou a abrir essa vala na rua", disse Roberto.

Com relação aos paralelepípedos na rua dos Estudantes, Roberto apontou que era o único caminho viável para chegar até sua residência quando o buraco abriu próximo à Avenida Três Barras.

"Se não fosse aqueles paralelepípedos, era meio impossível eu entrar em casa. Ter acesso àquela rua de casa, porque ali segurou muito o barro e os buracos, né? Você viu o fluxo de água tamanho que era. Então acho que ia ser mais improvável eu chegar em casa do que se não tivesse o paralelepípedo. O cara fez um benefício e está levando culpa aí, né? Aí a prefeitura quer achar um culpado, né?"

 

 

 

 

A reportagem entrou em contato com a Águas Guariroba, que informou que realizou a ligação da rede de esgoto em 2023 e implementou a rede na parte mais alta da via, justamente para evitar os pontos de erosões que são formados em decorrência da chuva. Veja a nota na íntegra:

"Águas Guariroba informa que as obras para implantação da rede de esgoto na Rua Conde de São Joaquim foram realizadas em março de 2023, portanto, há mais de um ano. Na época, a rede foi implantada na parte mais alta da via, sentido Avenida Três Barras, lado oposto ao da erosão. Após a implantação da rede, o solo foi recomposto e compacto, conforme normas da ABNT e, até o momento, não apresentou problemas. A concessionária reforça que o ponto da via que está apresentando erosões é o oposto de onde a rede de esgoto foi instalada e pondera como possível causa para a erosão o percurso da água da chuva, já que a via não possui rede de drenagem".

A Sisep respondeu por meio de assessoria que o trabalho emergencial na via foi feito durante a tarde da terça-feira (16) e sem mencionar prazo ressaltou que a administração municipal tem previsão de pavimentar as ruas do Jardim Itatiaia. Veja a nota na íntegra:

"Assim que a chuva deu uma pequena trégua na tarde desta terça-feira (16) a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) fez o trabalho emergencial para o controle da valeta aberta pela enxurrada na Rua Conde de São Joaquim. A administração municipal tem previsão de pavimentar vias no Jardim Itatiaia e aquelas que não forem asfaltadas nesta fase receberam cascalhamento. Assim que começar o período de estiagem serão intensificados os trabalhos de manutenção das vias sem asfalto".

Chuva acima da média

Nos últimos quatro dias, Campo Grande registrou a quantidade de chuva esperada para todo o mês de abril, com 89,4 mm observados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC). Desde o dia 1º, a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já notificou 130,8 mm, número 46,3% superior à média histórica.

 

** Colaborou Alanis Netto

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Cidades

Imasul convoca proprietários de imóveis no Pantanal com processos em andamento para adequação à lei

Proprietários que não fizerem os ajustes terão processo de licenciamento extinto

17/04/2024 16h30

SOS Pantanal/Divulgação

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O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) reforça a convocação de todos os proprietários de imóveis localizados na Área de Uso Restrito do Pantanal (AUR-Pantanal) e que possuam processos de licenciamento ambiental em tramitação, para procederem aos ajustes determinados pela Lei do Pantanal nos referidos Cadastros Ambientais Rurais (CAR), no prazo de 180 dias.

Esse prazo está valendo desde a publicação do Edital de Convocação no Diário Oficial do Estado (página 83), que aconteceu no dia 9 de abril.

"Se o proprietário não fizer os ajustes necessários no CAR, o processo de licenciamento é automaticamente extinto", explicou o diretor presidente do Imasul, André Borges.

Os proprietários ou seus representantes devem acessar o sistema do Imasul e carregar as informações necessárias, exigidas pela Lei do Pantanal, para só então seus processos de licenciamento terem seguimento junto ao órgão ambiental.

Essa providência é necessária porque, conforme esclareceu Borges, a Lei do Pantanal (Lei 6.160 de 18 de dezembro de 2023) descreve uma série de novos pontos sensíveis na paisagem pantaneira como os capões, cordinheiras, landis; também as salinas, as veredas e os meandros abandonados (espécies de ilhas por onde passavam rios e que, com a mudança de curso, ficaram cercadas por água).

Todas essas formações geográficas passam a ser protegidas, inclusive em seu entorno, e precisam ser identificadas no Cadastro Ambiental Rural das propriedades.

Anexo ao Edital de Notificação foi publicada a lista de 158 processos de licenciamento ambiental em andamento no Imasul, que são afetados pela medida.

Além desses nomes, os  requerentes com propriedades no Pantanal que têm processo em tramitação e não constam na listagem, devem protocolar requerimento no Imasul solicitando a abertura do sistema para proceder aos ajustes necessários nos respectivos Cadastros Ambientais Rurais.

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