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Égide

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A partir de Campo Grande, preso chefiava quadrilha do tráfico no norte do Paraná

Esquema foi desarticulado hoje, em megaoperação entre a PM e a PC

RENAN NUCCI

21/03/2018 - 10h45
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Megaoperação Égide, realizada entre a Polícia Civil e a Polícia Militar do Paraná nesta quarta-feira, desarticulou três quadrilhas do tráfico de drogas que atuavam na região norte daquele estado. Um dos grupos era chefiado por traficante de Cambé (PR) que está preso em Campo Grande. De dentro do presídio, ele burlava a fiscalização e bloqueadores de sinal para, por meio do celular, trocar informações com comparsas e passar coordenadas. Detalhes sobre a identidade do investigado ainda não foram divulgados.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, além da distribuição de drogas, as organizações criminosas também estão ligadas a roubos de veículos, de residências, homicídios e corrupção de menores. As ações se concentravam principalmente nos municípios de Londrina e Cambé, onde foram cumpridos  mais de 90 mandados judiciais, dentre os quais 47 de prisão preventiva.

A investigação começou em outubro de 2017, de forma conjunta pelos setores de inteligência da Polícia Militar e da Delegacia de Polícia Civil, ambas da cidade de Cambé. Duas das quadrilhas estavam em guerra, disputando pontos de venda de drogas. As polícias começaram a atuar conjuntamente e foi idealizada a montagem da “Égide”, que em grego significa escudo. 

A intenção foi de que se formasse um grande escudo por parte de policiais militares e civis para evitar a ação destes criminosos. Ao longo da investigação, os policiais se depararam com uma terceira organização criminosa que também atuava na região. O líder desta quadrilha, que está preso na Capital sul-mato-grossense, comandava as ações criminosas no Paraná. 

Entre os alvos também estiveram pessoas detidas no sistema prisional paranaense. Os mandados de prisão expedidos contra elas foram cumpridos por agentes do Departamento Penitenciário do Paraná. Ao longo do trabalho de investigação, nove pessoas foram presas, entre elas uma advogada que estava com quatro quilos de maconha e 120 gramas de cocaína, e um homem que tinha sete mandados de prisão e estava foragido da Penitenciária de Londrina. Além deles, um adolescente foi apreendido por envolvimento nos crimes praticados pelas quadrilhas. 

Vítimas destes criminosos relataram à polícia que os autores eram extremamente violentos durante o roubo a residências. Fortemente armados, eles amarravam as pessoas dentro das casas para realizar os crimes. Participaram da operação 230 policiais, sendo 132 militares do 5º Batalhão da Polícia Militar e 98 civis das Delegacias das Subdivisões de Londrina, Arapongas, Apucarana, Maringá e Paranavaí. O helicóptero do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) da Polícia Civil também deu apoio à megaoperação.
 

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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