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CAMPO GRANDE

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Prefeitura anuncia que vai investir R$ 5 mi para concluir escolas

Seis unidades deverão ser entregues nos próximos meses

RAFAEL RIBEIRO (com assessoria)

03/07/2019 - 12h24
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A Prefeitura de Campo Grande vai investir R$ 5 milhões para concluir seis escolas municipais de educação infantil, algumas com obras que se arrastam por mais de seis anos, que juntas vão atender 780 crianças. O anúncio foi feito através de comunicado no sítio oficial do Poder Municipal. 

Como parte das comemorações do aniversário da cidade, em agosto, serão entregues as unidades dos bairros Vespasiano Martins e Nascente do Segredo.  A previsão é de que no próximo ano sejam entregues as escolas da Vila Nasser, Popular, Zé Pereira e Jardim Inápolis, na região do Indubrasil.

Há três semanas, foi retomada a construção da EMEI da Vila Nasser, divisa com a Vila Marli,  interrompida há seis anos, quando 45% do serviço  já tinha sido executado e  haviam sido gastos R$ 1.316.000,00. Como há um saldo de R$ 759,5 mil  do convênio firmado com o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), a Prefeitura terá de completar com R$ 925,7 mil para garantir R$ 1.685.346.000,00, orçamento da empresa que venceu a concorrência, R$ 440 mil abaixo do preço de referência previsto no edital.

Durante o período de paralisação, furtaram a fiação instalada, encanamentos, portais, parte do telhado e o madeiramento, encarecendo o custo final da obra, que teve as planilhas as revistas porque os orçamentos feitos em 2012 estavam defasados.

A retomada das obras animou os moradores da região, especialmente quem mora na vizinhança da escola. A dona de casa Ana Paula Garcia, residente na Rua Lindoia, lembra que ainda estava gestante da sua filha, que hoje tem 6 anos e já o fez o ensino fundamental na Escola Municipal Licurgo de Oliveira Bastos, na Vila Nasser. “Infelizmente, ela não conseguiu estudar na creche que fica em frente de casa”, comenta. Sua vizinha, Luciene Garcia, confia que em 2020 conseguirá uma vaga para neta na EMEI.

O CEINF da Vila Nasser tem 1.211 metros quadrados de área construída, com previsão de atender 180 crianças na faixa etária da educação infantil. Está projetado para oito salas de aula, com área de repouso e solário individual. Já as salas de berçário terão banheiros internos. Estão previstas sala com secretaria, refeitório, lactário para os berçários e cozinha.

OUTRAS EMEI

Também estão em andamento as obras no EMEI Vespasiano Martins, que entraram na fase de acabamento. A obra foi parada quando já tinham sido investidos mais de R$ 2 milhões,  sendo R$ 913,2 mil  de verba federal e R$ 1,1 milhão do município. Para concluir a construção, estão sendo investidos mais de R$ 1 milhão (R$ 1.018.991,69), sendo R$ 409 mil de saldo disponível do convênio e R$ 609,7 mil de contrapartida da Prefeitura.

No CEINF Nascente do Segredo, o investimento da Prefeitura para entregar o prédio deve passar de R$ 1 milhão. O convênio inicial teve um reajustamento de R$ 378 mil, passando de R$ 2.024.629,00 para R$ 2.403.607,76.  A obra parou quando tinham sido aplicados R$ 1.327.294.42, sendo R$ 745.9849,02 do FNDE e R$ 581,2 mil da Prefeitura. O município está tendo um desembolso de mais R$ 500 mil, por causa de algumas adequações no projeto, como por exemplo, a construção de uma rampa de acesso.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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