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Prefeitura abre duas investigações e julga 25 infrações contra Consórcio Guaicurus

Multa pode chegar a R$ 22,9 mil, se comprovadas violações às cláusulas

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A prefeitura de Campo Grande abriu dois processos administrativos contra o Consórcio Guaicurus, grupo de empresas que opera o sistema de transporte coletivo, após a confusão no Terminal Morenão, na sexta-feira (15), feriado de Proclamação da República. E na terça-feira (19), uma junta da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) julga 25 infrações contra a concessionária.

Um desses procedimentos, aberto pela Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), vai apurar se houve quebra das cláusulas do contrato de concessão, que impõe as obrigações sobre o consórcio. Caso seja constatado algum descumprimento contratual, vai ser aplicada multa.

Na sexta-feira, usuários do transporte público, em sua maioria mulheres, ocuparam uma das pistas do Terminal Morenão após atraso da linha 072, que vai do Terminal Morenão até o Terminal Nova Bahia. O protesto terminou em confusão após a chegada da Guarda Civil Municipal (GCM), que usou spray de pimenta para dispersar os manifestantes. Os usuários também reclamaram que a frota disponível, reduzida devido ao feriado, não era suficiente para atender quem precisa ir ao trabalho.

Segundo a prefeitura, essa situação configura infração da Cláusula Sétima do contrato. Nesse caso, comprovando a infração, uma multa será aplicada no valor de 5% Sobre o valor da receita diária. Levando em conta que receita da concessionária em setembro foi de R$ 13,7 milhões, o valor médio da receita diária é de R$ 459,5 mil. Sendo assim, a multa a que o consórcio está sujeito é de R$ 22,9 mil.

Já a Agetran vai determinar o que levou aos atrasos do feriado. A autarquia já apurou, com base no registros de GPS (sistema de georreferenciamento global, da sigla em inglês), um ônibus que fazia a linha 072 deveria chegar ao terminal às 7h18. Porém, o veículo parou de rodar às 7h09, próximo ao ponto de integração Hércules Maymone.

Um carro reserva foi colocado em operação às 7h15, que embarcou os passageiros. Mas ao invés de continuar o trajeto, o ônibus recomeçou a rota, retornando ao Terminal Nova Bahia, por determinação do Consórcio Guaicurus. Assim, foram omitidas dos registros a chegada e saída do Terminal Morenão. Com isso, a operação da linha atrasou por 35 minutos, e só voltou ao normal às 7h53.

INFRAÇÕES

Na terça-feira, a Junta Administrativa de Recursos de Infração de Transportes (Jarit/Agetran) julga 25 infrações cometidas pelo Consórcio Guaicurus, determinando se são ou não procedentes. Em caso positivo, a concessionária pode ser multada.

Dessas ocorrências, oito são por “descumprir horário de viagem conforme estabelecido nas ordens de serviço por linha, acima da tolerância permitida”. Outras quatro são por “omissão de saída no terminal”, “omissão de chegada no terminal” e por “transitar com alteração de cores aprovadas nos veículos”, duas por “ausência de veículo articulado nas tabelas exigidas pela Agetran” e “transitar com falta de legendas obrigatórias” e uma por “falta de carro reserva nos terminais de transbordo em número estabelecido pela Agetran”.

HISTÓRICO

A demora que passou de uma hora levou a um grupo de trabalhadores a protestar ocupando uma das pistas para protestar. A GCM foi acionada para dispersar a multidão, que usou spray de pimenta.

“Eu sou doméstica e meu serviço fica no Carandá Bosque. Minha única opção é a linha 072 (Nova Bahia-Morenão). Cheguei no terminal 6h40, tinha um ônibus que já estava lotado e não cabia mais ninguém, não deu para eu entrar. Fiquei esperando. Deu 7h40 e não havia chegado o outro. Foi então que nós nos revoltamos”, contou Mari Barbosa, 39 anos, ao Correio do Estado.

Em nota, a corporação informa que havia cerca de 20 pessoas no manifesto. Inicialmente os agentes tentaram conversar com as passageiras e as orientaram a liberar a saída, pois “haviam várias pessoas querendo ir para o trabalho”, diz o comunicado.

Nesta segunda-feira (18), os guardas envolvidos na ocorrência foram afastados de atividades de rua, e vão executar apenas procedimentos administrativos. O afastamento do Grupo de Pronta Intervenção (GTI) e das atividades de rua é preventivo, devido ao processo administrativo que será aberto para apurar “eventual excesso” dos servidores que usaram spray de pimenta no grupo de manifestantes para dispersá-los.

O titular da Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes), Valério Azambuja, não poupou críticas à atitude dos servidores. “Houve algumas falhas de procedimento. Primeiro: naquele tipo de manifestação, tem a questão do diálogo. Segundo: uso do spray de pimenta em determinados ambientes não é apropriado e ali principalmente, pois tinham muitas mulheres e crianças, então foi indevido. Além disso, armas longas em tumultos, não se usa”, explicou durante entrevista coletiva à imprensa.

Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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GOL-JUSTIÇA

Cão é levado para estado errado e morre após falha em transporte da Gol

Um cachorro de 4 anos morreu durante uma falha no transporte aéreo da Gollog, empresa da companhia aérea Gol, nesta segunda-feira (22)

23/04/2024 17h45

Em nota, a Gol informou que houve "uma falha operacional" no transporte do animal e disse lamentar o ocorrido Divulgação Rede Social

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Joca, um cão da raça Golden Retriever, deveria ser levado do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) para Sinop (MT), onde seu tutor o aguardava, mas foi parar em Fortaleza. Após a constatação do erro no destino do animal, ele retornou a Guarulhos, mas chegou morto no aeroporto em São Paulo.

Família acusa a Gol de negligência. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Marcia Martin, mãe de João Fantazzini, tutor do animal, diz que a empresa não chamou nenhum veterinário para avaliar o cão. A família também diz que Joca teria sido deixado dentro do canil, na pista, sob o sol.

"Olha aqui, cachorro do meu filho, saiu para ir para Sinop, um irresponsável enviou ele para Fortaleza, não contente, mandaram de voltar sem nenhuma avaliação de um veterinário, o cachorro está aqui dentro, morto. Eles mataram um Golden de 4 anos", disse Marcia Martin.

Tutor desabafou e disse que cão foi assassinado. "O meu amor foi assassinado, minha melhor escolha, amor da minha vida. Você foi muito novo. Eu me lembro do dia que eu te peguei e a nossa conexão foi momentânea. Meu filho, me perdoa por ter sido egoísta de querer você ao meu lado. Você é o amor da minha vida para sempre. Minha saudade vai ser diária. Saudades de dar a sua maçã toda manhã, levar você para a piscina e de cuidar de você diariamente. Obrigado por tudo meu companheiro", escreveu João em postagem no Instagram.

"FALHA OPERACIONAL", DIZ GOL

Em nota, a Gol informou que houve "uma falha operacional" no transporte do animal e disse lamentar o ocorrido. A empresa também afirmou que o cão recebeu cuidados, mas, "infelizmente, logo após o pouso do voo em Guarulhos, vindo de Fortaleza, fomos surpreendidos pelo falecimento do animal".

Gol também disse que instaurou sindicância interna para apurar o ocorrido. "A Companhia está oferecendo todo o suporte necessário ao tutor e a apuração dos detalhes do ocorrido está sendo conduzida com prioridade total pelo nosso time. Nos solidarizamos com o sofrimento do tutor do Joca. Entendemos a sua dor e lamentamos profundamente a perda do seu animal de estimação".

VEJA A ÍNTEGRA DA NOTA DA GOL

A GOL lamenta profundamente o ocorrido com o cão Joca e se solidariza com a dor do seu tutor. A Companhia informa que o cão Joca deveria ter seguido para Sinop (OPS), no voo 1480 do dia 22/04, a partir de Guarulhos (GRU), porém, por uma falha operacional o animal foi embarcado em um voo para Fortaleza (FOR).
Assim que o tutor chegou em Sinop, foi notificado sobre o ocorrido e sua escolha foi voltar para Guarulhos (GRU) para reencontrar o Joca. 

A equipe da GOLLOG na capital cearense desembarcou o Joca e se encarregou de cuidar dele até o embarque no voo 1527 de volta para Guarulhos (GRU). Neste período, foram enviados para o tutor registros do Joca sendo acomodado de volta na aeronave. Infelizmente, logo após o pouso do voo no aeroporto de Guarulhos (GRU), vindo de Fortaleza, fomos surpreendidos pelo falecimento do animal. 

A Companhia está oferecendo todo o suporte necessário ao tutor e a apuração dos detalhes do ocorrido está sendo conduzida com prioridade total pelo nosso time. Nos solidarizamos com o sofrimento do tutor do Joca. Entendemos a sua dor e lamentamos profundamente a perda do seu animal de estimação.

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