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Prefeito pede 'fidelidade' de empresas e obras nos parques devem começar amanhã

Revitalização do Ayrton Senna, Jacques da Luz e Sóter vão custar R$ 2,2 milhões

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Durante a assinatura que dará ordem de serviço para as empresas vencedoras das licitações começarem as obras nos parques Ayrton Senna, Jacques da Luz e Sóter, o prefeito Marcos Trad (PSD) criticou empresas que abandonaram projetos licitatórios em obras antigas e pediu aos representantes das empresas habilitadas para o projeto, trabalho com fidelidade, início imediato e entrega no prazo acordado em contrato. “Eu peço por favor que entreguem a obra e não falhem com a cidade”, disse após assinatura do termo que contou com a participação de diversas autoridades. 

Em média, os três parques, que se estendem por quase 100 hectares, têm uma frequência diária de 1.800 pessoas, público que dobra aos finais de semana e a previsão da Fundação Municipal de Esporte (Funesp) é de que esse valor seja ampliado após o término das revitalizações.

A reforma desses três parques faz parte do pacote de obras de R$ 30 milhões anunciado pela prefeitura recentemente que engloba mais de 30 obras, recurso financiado junto a Caixa Econômica Federal. Nessa primeira etapa, serão reformados as piscinas do Jacques da Luz e do Ayrton Senna, interditadas há mais de 5 anos, substituição da casa de máquina, troca do revestimento e impermeabilização e todas as salas que fazem parte do complexo aquático dos dois parques.

O maior investimento será na reforma do Ayrton Senna, que custará R$ 899.947,02, contemplando troca das instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias (com a construção de banheiros para pessoas com deficiência física), reparos no telhado da quadra coberta (que receberá nova pintura); instalação de 600 metros de telas de proteção para evitar que pássaros façam ninho na cobertura; substituição do forro e ampliação do bloco administrativo.No Jacques da Luz, a reforma, que também abrangerá toda esta estrutura física e está orçada em R$ 755.523,58.

PISTA DE ATLETISMO
Mesmo não fazendo parte da reforma, sobre o atraso na pista de atletismo no parque Ayrton Senna, o diretor-presidente da Funesp, Rodrigo Terra disse que a pista não foi entregue ainda porque a direção verificou que faltava alguns itens do projeto original, como por exemplo, arquibancadas e grades na lateral. “O projeto não é nosso, na gestão retrasada, mas executamos o projeto, ao longo do tempo, precisava outros itens, como arquibancada, então a gente fez um aditivo no projeto de R$ 800 mil do Finisa e incluímos esses outros itens que não estava previstos, por esse motivo atrasou um pouco da obra”, disse. Ainda de acordo com terra, a previsão de entrega é de janeiro de 2020.

A obra teria sido orçada em R$ 7,6 milhões e por enquanto tem um aditivo. A pista que terá padrão internacional e terá 400 metros e 8 raias, além de iluminação específica. Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), foram aplicados R$ 6,3 mil metros de lona emborrachada importada da Alemanha, distribuídas em 126 rolos de 50 metros.

Diferente dos dois parques- Ayrton Senna e Jacques da Luz- que terão reforma apenas nos complexos, o parque do Sóter terá reforma completa, com investimento de  R$ 600.682,17.

Segundo o diretor-presidente da Funesp, Rodrigo Terra. “A obra contempla o parque como um todo, a reforma dos banheiros, guaritas,  dos portais na entrada, que tinham quando foram inauguradas, a reforma do parquinho, da ponte que está sendo reformada- que faz parte de outra licitação- que deve ser entregue na semana que vem, então é uma obra mais abrangente”, disse. 

PARCÃO DEVE SAIR DO PAPEL
Ainda segundo Terra, será incluso no pacotes de obras, o parque público para cães dentro do Parque Ecológico Sóter, projeto que não teve execução por parte da iniciativa privada. “A gente está tentando incluir nesta licitação agora, essa é a ideia, o parcão, o que a lei dele nós proporcionou era a possibilidade de abrir para a iniciativa privada ser parceira nossa. A gente abriu edital e nenhuma empresa se interessou, então estamos procurando alternativa para incluir essa mesma obra que não tem o custo muito alto - cerca de R$ 80 mil. A gente quer ver se inclui no processo de obra”, explicou o diretor da Funesp. 

Pelo projeto, alambrados, brinquedos para cães, lixeiras, bebedouros, bancos, iluminação e instalação de recipientes específicos para destinação de dejetos de animais serão implantados no local para receber os cães sem a guia, agora podendo brincar livremente pelo espaço reservado a eles.  O passeio de cães será liberado desde que seja com guia. 

Ainda no papel, população espera por espaço voltado aos pets.

Em todas as obras, as empresas têm o prazo de início da obra de 30 dias e término de no máximo 12 meses, então a expectativa da prefeitura é que as obras de reforma estejam concluídas até o próximo aniversário de Campo Grande, em agosto de 2020.

Sobre prazos, o prefeito Marcos Trad frisou que vai fiscalizar a responsabilidade das empresas e não permitirá aditivo em empresas que receberem orientações sobre a obra. “A sociedade tem que saber que essas empreiteiras e empresários que participam de certames licitatórios, eles tem que ter a noção de que é algo muito sério, a cidade toda está aguardando o momento da devolução das piscinas e dos parques aquáticos e se eles mentirem e omitirem, o prejuízo de um empresário atinge quase um milhão de pessoas e a gente não tem aceitado isso, quando o fiscal começa a bloquear o serviço deles, ai começam a pedir aditivos, aditivo eu não dou, porque no contrato estava claro antes, concorreram sabendo disso, só para ganhar a obra, eles colocam o preço menor”, finalizou o prefeito. 

 

 

 




 

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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