Apesar de criticarem a atual Lei de Licitações, o governador Reinaldo Azambuja e o prefeito Marcos Trad defenderam, na manhã desta quarta-feira, as obras executadas pela empresa Engepar Engenharia, responsável pela revitalização da Rua 14 de Julho, que compõe parte do projeto Reviva Centro, financiado pelo Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID). A empreiteira aguarda concessão de aditivo para concluir as obras.
O o reajuste ao contrato de R$ 49,2 milhões foi autorizado pelo agente financiador do projeto desde o ano passado. No entanto, as medições para estabelecer o valor do aditivo ainda não foram finalizadas. A lei de licitações estabelece máximo de 25% do valor original do contrato. Desta forma, a empresa poderia receber mais R$ 12 milhões para concluir a revitalização da principal via da região central da Capital.
Para Azambuja, que assinou convênio com o município para destravar R$ 169 milhões em obras, é inevitável a execução do projeto sem transtornos para população. “A gente entende o mau humor das pessoas, mas não entende as críticas porque aquilo [Reviva Centro] vai melhorar muito a área central de Campo Grande. Tem que ter um pouco de paciência”.
O prefeito Marcos Trad apoiou o pedido de reajuste feito pela empresa, principalmente, porque o financiamento pode ajudar no ritmo das obras, já que com o acréscimo será possível pagar adicional noturno para as equipes que atuam no canteiro. “Os comerciantes querem que seja mais rápido, que os operários trabalhem em contraturno ou à noite. Eles trabalham, mas é preciso reajuste, se não não contrata esse pessoal”
Iniciada em junho do ano passado, a obra foi alvo constante de críticas dos comerciantes principalmente diante das interdições ocorridas em horário comercial. Até manifestações foram organizadas. A prefeitura chegou a debater o cronograma com as pessoas afetadas, mas acabou não cumprindo o acordado.
Além da revitalização da Rua 14 de Julho, o projeto do Reviva Centro inclui a elaboração de projetos executivos para melhorias em toda área central, com desapropriações de terrenos para criação de moradias de interesse social e também a revitalização das Orla Ferroviária. A disponibilidade financeira oferecida pelo BID é de US$ 56 milhões (cerca de R$ 200 milhões).