Ex policial militar brasileiro, Aldair José Belo, é apontado como principal suspeito de ter executado a tiros, no começo da noite de ontem, ao sair de academia no centro de Ponta Porã, Rony Chimenes Pavão, 38 anos, irmão do traficante Jarvis Pavão Chimenes, que está preso no Paraguai desde junho do ano passado, suspeito de mandar matar o traficante Jorge Rafaat.
Pavão havia saído da academia e estava caminhando na Rua General Osório, quando um pistoleiro se aproximou em uma moto e efetuou 12 disparos de pistola 9mm. A Polícia Civil foi ao local e investiga o caso.
VELÓRIO
A defesa de Jarvis Pavão entrou com pedido de autorização para que o chefe do tráfico participe do velório do irmão. De acordo com site ABC Collor, a juíza da Vara de Execuções Penais em Assunção, no Paraguai, Yolanda Morel em substituição a magistrada Ana Maria Llanes, decidiu que a permissão para Jarvis ir ou não ao funeral é uma questão administrativa e que deve ser tomada pelo diretor do Presídio de Tacumbú, Luis Villagra.
Advogada de Jarvis, Laura Casuso, informou à imprensa local que insiste com o pedido de autorização junto às autoridades do Paraguai para que o traficante possa viajar até Pedro Juan Caballero. O medo quanto a possibilidade de fuga do preso é um dos principais empecilhos em relação a decisão de permitir ou não a saída temporária do traficante.
Laura Casuso criticou a indiferença das autoridades paraguaias e reclamou que as decisões na esfera judiciária são tomadas de acordo com a “cara do cliente”.
MORTE DE RAFAAT
Jorge Rafaat Toumani, apontado como um dos principais chefes do narcotráfico na fronteira, foi executado em atentado na noite do dia 15 de junho do ano passado, em Pedro Juan Cabalero, na fronteira com Ponta Porã. De acordo com os principais jornais paraguaios, Rafaat morreu depois de ter o carro atingido por mais de 200 tiros de armamento militar, calibre .50.
Pavão era um dos principais rivais de Rafaat na disputa pelo comando do tráfico de drogas na região. O traficante está preso.