Cidades

CAUSA DA MORTE

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Polícia investiga se Gabrielly tinha doença existente antes das agressões

"Impossível", diz delegada sobre agressora de 9 anos provocar morte de colega

RAFAEL RIBEIRO

07/12/2018 - 15h45
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A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul suspeita que a menina Gabrielly Ximenes de Souza, 10 anos, morreu por condição clínica anterior às agressões sofridas por uma colega da Escola Estadual Lino Villachá, no Nova Lima, região norte de Campo Grande.

A criança foi velada e enterrada nesta manhã, no Cemitério das Palmeiras, região norte, em caso ainda apurado. Pelo lado da família, a certeza de que houve negligência na série de atendimentos médicos recebidos desde a agressão, no dia 29 de novembro, até a morte, na manhã da última quinta-feira (6).

Só que a delegada Fernanda Félix, responsável pelo caso, as mochiladas nas costas apontadas como a causa da morte, podem só ter sido um agente que agravou uma condição clínica pré-existente. E descobrir isso passou a ser o objetivo primordial no rumo das investigações pelo lado criminal.

"Impossível. A causa do óbito não é condizente com os três golpes de mochilas recebidas. Ainda mais que dentro só havia cadernos, não livros, como se foi falado", disse a delegada.

A certeza de Fernanda veio após o depoimento da criança que brigou com Gabrielly, de 9 anos. Falou junto de duas colegas, de 14, que apenas presenciaram a confusão. Outros depoimentos, até de adultos, tornam o parecer mais sólido. A delegada desmente a informação de que a briga, física, se iniciara dentro da escola. Houve a troca de ofensas e a possível ameaça da menina. 

O motivo, corretamente apontado pela delegada, pouco importa em um primeiro momento onde se descobrir o que matou Gabrielly é o mais prudente para se evitar falsas acusações populares we buscar uma elucidação correta dos fatos.

A família, por enquanto, nega que Gabrielly tivesse algum problema de saúde e aponta o descaso médico como a causa da morte (leia a seguir).

FAMÍLIA

Para familiares de Gabrielly, houve descaso e erro médico. Além da investigação da Polícia Civil, a família também promete ir à Justiça. "Não vai trazer ela de volta, claro. Mas vai impedir que outras crianças morram do mesmo jeito. Não tem como uma briga na escola terminar em morte", disse o comerciante Célio Vilela, 42 anos, tio da vítima.

Vilela atendeu a imprensa durante o velório de Gabrielly, ocorrido na manhã desta sexta-feira (7), no Cemitério das Palmeiras, região norte da Capital.

Lotada, a despedida da menina descrita como "gentil, educada e prestativa" foi marcada pela comoção, de uma vida tão promissora ser retirada de maneira brutal, e revolta, pelo que os familiares e amigos consideram uma sucessão de erros médicos, descaso, que não identificaram a real condição clínica de Gabriela a tempo de evitar a sua morte.

Por conta disso, Vilela diz que percorrerá todos os hospitais e pronto-socorro onde Gabriela foi atendida afim de buscar os laudos e prontuários. Quer comprovar a tese de descaso desde que a menina foi agredida por duas colegas na porta da Escola Estadual Lino Villachá, no Nova Lima, região norte.

O tio, Vilela: família promete ir à Justiça "para que ouras crianças não morram" (Fotos: Valdenir Rezende)
Para o tio, os erros começaram logo no atendimento. Acionada, a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) teria demorao mais de uma hora e meia para chegar. O motivo, contaram aos familiares: a ausência de maca, retida com outra equipe.

Levada à Santa Casa naquela quinta-feira, Gabriela ficou em observação e recebeu alta sem, segundo os familiares, receber qualquer tipo de medicação ou exame mais aprofundado.

Liberada mesmo com reclamando de constantes dores nas pernas e virilha, Gabrielly foi levada na segunda-feira (3) à Unidade de Pronto Atendimento do Coronel Antonino, onde recebeu uma dosagem de dipirona, na tentativa médica de suavizar as dores.

Gabrielly foi encaminhada então à Central de Especialidades Médicas da prefeitura no dia seguinte. Já dizia não sentir as pernas e tinha dificuldades em andar. Teve então os membros imobilizados com uma tala, novamente sem nenhum exame mais detalhado, conta o tio.
     
Sem nova melhora, Gabrielly voltou à Santa Casa na quarta (3). Foi quando começou a apresentar as paradas cardíacas. A última, às 6h, foi fulminante.

MOTIVAÇÕES

Nem mesmo a escola estará livre de ação, garante Vilela. Segundo ele, as circunstâncias são estranhas. E há testemunhas que garantem que a briga começara dentro da unidade educacional.

Mas qual a motivação. Vilela suspeita de inveja. Dias antes encontrara a sobrinha na porta de uma loja do bairro. Estava triste. Tinha apenas R$ 4 em mãos e queria comprar um presente para a professora. "Mas tudo nessa loja custa mais de R$ 10 tio", disse ao familiar, que de imediato lhe deu a autorização para que escolhesse o que quisesse pois ele iria pagar.

O relato faz Vilela se emocionar. Descrente que algo tão brutal possa ter ocorrido com uma criança bondosa. Que há seis meses se convertera junto dos familiares ao evangelho e tinha na sua religião os dogmas para uma vida de bondade e carência. Sem dúvida qualidades que os presentes no velório tentaram levar em um mundo a cada mais brutal e não digno de esperança.

OPORTUNIDADE

TRF-3 abre concurso com 269 vagas; salário chega a R$ 13,9 mil e há vagas para Mato Grosso do Sul

São 269 vagas para técnicos judiciários e formação de cadastro de reserva para analista jurídico; em MS

18/04/2024 16h29

Justiça Federal em Campo Grande; cidade será um dos locais de prova Arquivo

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O TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) anunciou nesta quinta-feira (18) um concurso para contratação de 269 técnicos judiciários e formação de cadastro de reserva para analista jurídico.

A remuneração inicial para técnico jurídico será de R$ 8.529,65, e o candidato precisa ter formação em curso superior. Já a vaga de analista jurídico receberá R$ 13.994,78 e necessita de diploma ou certificado de conclusão do curso de direito. A carga de trabalho será de 40 horas semanais.

O concurso terá 30% das vagas para pessoas que se declararem negras, 5% para deficientes e 3% para indígenas. A prova será realizada em 28 de julho, sendo de manhã para os técnicos judiciários, e à tarde para os analistas judiciários. O horário ainda não definido. O TRF-3 atende aos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Ao todo, são 63 vagas de técnico judiciário no TRF-3 (44 para ampla concorrência, 13 para negros, 4 para deficientes e 2 para indígenas), 200 vagas na seção judiciária de São Paulo (144 para ampla concorrência, 40 para negros, 10 para deficientes e 6 para indígenas) e 6 vagas na seção judiciária de Mato Grosso do Sul (4 para ampla concorrência, 1 para negro e 1 para deficiente).

A inscrição pode ser feita a partir das 10h de 29 de abril e vai até às 23h59 de 28 de maio. Ela deverá ser feita apenas no site da Fundação Carlos Chagas (http://www.concursosfcc.com.br/), organizadora da seleção.

A taxa será de R$ 80 para o técnico jurídico e R$ 130 para analista jurídico, com o pagamento podendo ser feito em qualquer banco. O candidato poderá ver, a partir de 3 de maio, se o valor foi corretamente pago no site da Fundação Carlos Chagas.

No momento da inscrição, o concorrente deve definir também o local da prova, que será realizada em seis cidades: São Paulo, Araçatuba (SP), Bauru (SP), Ribeirão Preto (SP), Campo Grande e Dourados (MS).

É possível pedir a isenção da cobrança da taxa se o candidato for inscrito no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal) ou doador de médula óssea. A solicitação tem de ser feita em um formulário no site da organizadora da prova e o candidato precisa ter documentos que comprovem uma das condições.

As duas carreiras terão uma prova de conhecimentos gerais e específicos, e outra discursiva. A primeira terá 20 questões de múltipla escolha de português, 10 de matemática e raciocínio lógico, 5 de noções sobre o direito das pessoas com deficiência e 5 de conhecimentos específicos para os dois cargos.

A prova discursiva para analista jurídico terá 2 questões de estudo de caso, enquanto os candidatos a técnico jurídico farão uma redação. A duração da prova é de 4h30, e o candidato que acertar menos de 50% das questões em uma das provas será desclassificado.

O concurso será válido por dois anos e pode ser prorrogado por mais dois anos.

Veja abaixo o cronograma

Prazo de inscrição: Entre 10h de 29 de abril e 23h59 de 28 de maio 
Data da prova: 28 de julho 
Divulgação do gabarito: 29 de julho 
Prazo para recursos: 29 de julho a 30 de julho 
Divulgação do resultado preliminar: 3 de setembro

 

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Vacina

Mato Grosso do Sul irá receber R$ 2,3 milhões para investir em estratégias de vacinação

O repasse feito pelo Ministério da Saúde tem como objetivo que o Estado implemente ações para aumentar o índice de imunizações entre crianças e adolescentes

18/04/2024 16h15

Do repasse, R$ 363,2 mil devem ser utilizados em ações no Estado, e os 79 municípios irão receber R$ 1,9 milhão Marcelo Victor / Correio do Estado

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O Ministério da Saúde destinou R$ 2,3 milhões para que Mato Grosso do Sul desenvolva a Estratégia de Vacinação nas Escolas que faz parte da Campanha Nacional de Vacinação.

A pasta da saúde quer que os Estados priorizem a cobertura contra a Poliomelite e desenvolvam o Monitoramento das Estratégias de Vacinação durante todo ano de 2024.

Do repasse, R$ 363,2 mil devem ser utilizados em ações no Estado, e os 79 municípios irão receber R$ 1,9 milhão.

Com isso o Ministério da Saúde pretende ampliar a cobertura vacinal. A pasta divulgou que pretende melhorar os resultados alcançados em 2023, em que houve um aumento na imunização de adolescentes na faixa etária de 13 aos 16 anos com as vacinas que contemplam o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Em 2023, ocorreu melhora na cobertura ocorreu em vacinas contra:

  • poliomielite;
  • hepatite A; 
  • febre-amarela;
  •  tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e pneumocócica;

O público alvo são crianças e adolescentes menores de 15 anos.

Sarampo e poliomielite 

A Campanha Nacional de Vacinação tem como foco o combate a Poliomelite, a pretensão é aumentar o índice de crianças menores de 5 anos, devido ao risco da doença que está erradicada no país retornar. A doença não é diagnosticada no Brasil desde 1989.

Ainda, este ano, vacina oral poliomielite (VOP) será substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP). 

O Ministério da Saúde pretende reforçar o compromisso assumido de erradicar a poliomelite e extirpar o sarampo. A pasta irá acompanhar de perto a cobertura vacinal contra essas doenças, e pretende encontrar crianças menores de 5 anos, que não foram vacinadas ou estão com o esquema vacinal incompleto, para colocar a caderneta em dia. 

Repasse no país

Serão repassados R$ 150 milhões para todo o Brasil que devem ser aplicados no desenvolvimento de estratégias visando o aumento de cobertura de vacinação, deste montante R$ 15 milhões irão para os Estados e R$ 135 milhões para os municípios.

O recurso será depositado em uma única parcela para que os municípios organizem as ações para o restante do ano. 

As escolas estão sendo grandes polos estratégicos para a vacinação de crianças a adolescentes. Para tanto, o Ministério da Saúde sugeriu que os Estados organizem uma agenda de imunização nas escolas.

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