A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul deflagrou a terceira fase da Operação Luz na Infância nesta quinta-feira (22). A ação coordenada envolve Polícias Civis do Distrito Federal e de 18 estados além do Corpo de Investigações Judiciais (CIJ) do Ministério Público Fiscal da Cidade Autônoma de Buenos Aires, Argentina. As ações simultâneas realizadas nos dois países mobilizam aproximadamente mil policiais.
As equipes procuram arquivos com conteúdos relacionados a crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes. A força-tarefa é coordenada pelo Ministério da Segurança Pública (MSP). Mais informações serão divulgadas ao longo do dia.
Os alvos foram identificados pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) em Campo Grande com base em informativos coletados em plataformas virtuais, que apresentavam indícios suficientes de autoria do crime. Os pedidos de busca e apreensão foram expedidos por juízes locais.
A Operação Luz na Infância 3 é fruto de cooperação entre a Diretoria de Inteligência da Senasp, a Polícia de Imigração e Alfândega dos EUA (US Immigration and Customs Enforcement-ICE), o Corpo de Investigações Judiciais (CIJ) do Ministério Público Fiscal da Cidade Autônoma de Buenos Aires e as Polícias Civis do Brasil para o desenvolvimento e aprimoramento da atividade de repressão à exploração sexual infantojuvenil.
ÚLTIMA OPERAÇÃO
A operação batizada de Luz da Infância 2 contou com 56 policiais civis mobilizados, lotados no Departamento de Polícia da Capital (DPC), Departamento de Polícia Especializada (DPE), Departamento de Inteligência Policial (DIP) e Departamento de Recursos e Apoio Policial (DRAP).
Em maio deste ano, ao menos sete pessoas foram presas na 'Operação Luz da Infância' no Estado, em Campo Grande, Dourados, Glória de Dourados e Naviraí, e estavam com material pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes. Apenas um dos investigados não tinha esse tipo de material, mas estava com munição em casa e por isso foi preso. Esse homem, de 32 anos, que se identificou como "playboy", pagou fiança de R$ 3.816 e foi solto ainda na tarde da ação.
Os crimes praticados com envolvimento em pornografia infantil estão ligados aos artigo 241-A do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), que corresponde a oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio foto, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfico envolvendo criança ou adolescente; além do 241-B, que é adquirir, possuir ou armazenar.