Cidades

CRIME ORGANIZADO

Líder do CV, 'Piloto' ajudou PCC em assalto milionário no Paraguai

Segundo PF, traficante extraditado apoiou facção rival no país vizinho

RAFAEL RIBEIRO

21/11/2018 - 18h01
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O traficante carioca Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, expulso do Paraguai, onde estava preso, e transferido para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná, é suspeito de ter dado apoio logístico aos bandidos do Primeiro Comando da Capital (PCC) no mega-assalto à transportadora Prosegur, em Ciudad Del Este, no país vizinho. A informação foi divulgada pelo jonal 'Extra'.

Segundo os policiais, o traficante forneceu parte dos fuzis, da munição e dos explosivos usados na ação. Na madrugada do dia 24 de abril de 2017, cerca de 40 assaltantes participaram do roubo milionário de mais de US$ 11,7 milhões (cerca de R$ 43,9 milhões) da transportadora de valores no país vizinho.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, as armas e explosivos usados no assalto vieram da Bolívia e da Venezuela. Foi utilizado um avião pequeno para o transporte do armamento até o Paraguai. Em Pedro Juan Caballero, o material foi transferido para veículos e levados até Ciudad Del Este. O próprio Marcelo Piloto teria ajudado a carregar os carros.

Oito traficantes dos 40 que teriam participado do ataque à Prosegur foram identificados por meio de exames de DNA feitos com material colhido principalmente em uma casa em Ciudad del Este, usada pelo grupo antes do assalto. Eles foram condenados em outubro deste ano pelo juiz da 4ª Vara Federal de Foz do Iguaçu. Seis estão presos. Dois continuam foragidos.

Marcelo Piloto, 43 anos, era uma das principais lideranças do Comando Vermelho (CV) quando chegou à fronteira foragido do Rio, em 2012. Na região, cresceu rapidamente na hierarquia do tráfico e acabou buscando independência. Em um ano, já atuava como freelancer em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha à Ponta Porã. Assumiu o controle de algumas rotas, ganhou fama de bom negociador e passou a fornecer grandes quantidades de armas, munição e drogas para traficantes nas favelas do Rio, sempre com o apoio do PCC.

EXPULSÃO RELÂMPAGO

A expulsão relâmpago do brasileiro do Paraguai para um presídio federal no Brasil pode ter sido consequência também de uma informação compartilhada na semana passada por agentes federais. Eles interceptaram uma comunicação de traficantes ligados a Marcelo Piloto, dando conta de que cerca de 25 bandidos teriam saído do Rio e seguido para a fronteira. O bando teria buscado abrigo nas fazendas da família do traficante gaúcho Irineu Domingo Soligo, o Pingo, que desde 2010 cumpre pena num presídio federal.

Em julho de 2017, policiais federais lotados na Coordenação Geral de Prevenção a Entorpecentes (CGPRE), a unidade central de combate às drogas da PF no país, incluiu o nome de Marcelo Piloto na lista de traficantes mais procurados do país. Flagrado em grampos da PF vendendo armas, munição e cocaína para o crime organizado, Marcelo Piloto acabou preso cinco meses depois, em dezembro do ano passado, numa casa do Paraguai, numa operação que contou com policiais do Rio e da PF.

Antes de fugir para o Paraguai, Marcelo Piloto chefiava o tráfico de drogas comunidades Mandela I, II e III, no Complexo de Manguinhos, no Rio. Ele fez parte do grupo de dez traficantes, acusados de participar do resgate de Diogo de Souza Feitoza, o DG, de 29 anos. O bando armado invadiu a sede da 25ª DP (Engenho Novo), em julho de 2012 numa das mais ousadas operações do tráfico para livrar da prisão um aliado. No Rio, estava sempre armado com pistolas e fuzis, e cercado de seguranças. Também foi identificado em um esquema de venda de casas do PAC e um grande comprador de armas e munições.

Em julho de 2010, participou e liderou os arrastões ocorridos no Rio de Janeiro. Fugiu da prisão em 2007, depois de nove anos preso. No dia 24 de agosto de 2007, ganhou da Justiça o direito de cumprir a pena no regime semiaberto, indo para o Instituto Penal Edgard Costa, em Niterói, de onde nunca mais voltou.

No Brasil, existem 22 mandados de prisão contra ele. O último foi expedido pela 4ª Vara Criminal de São Gonçalo em agosto. Possui também 28 anotações criminais por: tráfico de drogas, roubo, formação de quadrilha, corrupção e homicídio.

Atualmente, Piloto é condenado a 26 anos de prisão. Entretanto, segundo seu advogado, João Marcos de Campos Henriques, uma série de processos contra Piloto no Brasil estavam suspensos porque o réu não estava no País.

Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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