Com foco no combate a crimes contra a vida, sistema de mapeamento dos suspeitos e colaboração de departamentos policiais aconteceu no mês de novembro, com previsão de continuidade em dezembro e em 2026
No último mês, em novembro, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, junto aos Departamentos de Polícia do Interior (DPI), da Capital (DPC), e da Delegacia de Polícia Especializada (DPE) cumpriram mais de 50 mandados de prisão.
Com o auxílio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), os mandados de prisões acontecem de forma indireta, com a produção de informações e provas técnicas essenciais para a condução de operações policiais.
Segundo informações, no Departamento de Polícia da Capital, o DPC, foram cumpridos 19 Mandados de Prisão (MP). Desse número, 14 mandados eram apenas em Campo Grande, cidade com o maior número de prisões.
Bandeirantes aparece com 2 mandados de prisão no município, e as cidades de Jaraguari, Ribas do Rio Pardo e Sidrolândia, com 1 alvo em cada.
No DPI, do interior do estado sul-mato-grossense, foram apontados 33 alvos capturados com mandados de prisão, distribuídos nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.
Ao todo, foram 52 mandados cumpridos, com 19 da DPC e 33 da DPI. De acordo com o MJSP, o laboratório oferece suporte técnico investigativo às polícias judiciárias estaduais.
Como funciona?
Com objetivo de oferecer suporte técnico investigativo às polícias judiciárias estaduais, o Laboratório assume o papel de assessorar as diversas investigações de crimes cibernéticos que ocorrem no país.
Por meio de mapeamento de suspeitos ou organizações criminosas, as polícias identificam provas do crime e elementos que podem seguir para pedidos de busca e apreensão ou prisão dos envolvidos.
Em novembro, o diretor do Departamento de Inteligência Policial, da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (PCMS), Devair Aparecido Francisco, destaca que o foco escolhido para os mandados de prisão foram relacionados a crimes contra a vida.
“Recentemente o governo de Mato Grosso do Sul, através da Secretaria de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP, dotou a PCMS com sistemas de análises de inteligência que tem otimizado os trabalhos, para agilizar no esclarecimento de crimes e cumprimentos de mandados de prisão”, conta o diretor.
Não só para o mês de novembro, o diretor ainda ressalta que a ação, assim como outras parecidas estão sendo realizadas também neste mês de dezembro, e o plano é que tenha continuidade durante o próximo ano.
Ciberlab
O envolvimento e participação do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) ganhou força em 2024. Em fevereiro do ano passado, a Polícia Civil do Estado deflagrou a operação “Verbum Clavis”, com cumprimento de dois mandados de busca e apreensão, além de dois de prisão temporária nas cidades de Osasco (SP) e Curitiba (PR).
Na ocasião, a ação auxiliou no desdobramento da investigação de uma associação criminosa, que gerou prejuízo de aproximadamente R$ 3,6 milhões em criptoativos pertencentes a um casal de Campo Grande.
Durante as investigações foi constatado e desdobrado o crime, que foi baseado na relação de confiança dos golpistas com as vítimas. Então, com o auxílio do Ciberlab, foi possível rastrear os acusados e os ativos, devido ao Núcleo de Operações com Criptoativos, parte do Ciberlab.
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