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Para recapear mais, tapa-buraco é reduzido

Nos sete primeiros meses deste ano, investimento da prefeitura na área caiu 27,4%

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Em uma nova política de mobilidade urbana, a Prefeitura de Campo Grande tem reduzido os gastos com o serviço de tapa-buraco e, em troca, aumentou o investimento em recapeamento.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), o município investiu R$ 23,1 milhões na operação tapa-buraco entre os meses de janeiro a julho de 2018, enquanto no mesmo período deste ano o valor foi de R$ 16,8 milhões. Isso representa uma queda de 27,4%.

Durante todo o ano passado, foram gastos 37,8 milhões em tapa-buraco. Apesar da diminuição, a operação é primordial e não deve ser paralisada totalmente ou de forma definitiva. “O tapa-buraco é um serviço essencial que não pode parar”, frisou o titular da Sisep, Rudi Fiorese.

Como exemplo, o secretário citou o recapeamento da principal avenida da Capital – a Afonso Pena. “A avenida Afonso Pena foi recapeada entre seis e sete anos atrás, e quase não tem buraco”, lembrou.

Conforme o município investe na requalificação das ruas e avenidas, o serviço de tapa-buraco diminui de forma igualmente proporcional, de acordo com Fiorese.

PROJETO

Somente neste ano, a prefeitura tem dois projetos de recapeamento. Desde maio, o prefeito Marcos Trad (PSD) vem tentando obter junto à bancada de Mato Grosso do Sul, no Congresso Nacional, R$ 22 milhões em emendas impositivas para o recapeamento de 35 quilômetros. Na época, o Correio do Estado noticiou que a pasta de Infraestrutura estima que 1,5 mil km de ruas da Capital precisam de recuperação.

O outro projeto é o Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa II). O município vai contrair um empréstimo de R$ 30 milhões junto à Caixa Econômica Federal, que serão aplicados em recapeamento, pavimentação, construção de duas escolas e duas unidades de saúde, além de outras melhorias.

Desse total contratado, R$ 17,5 milhões serão investidos no recapeamento de 28,2 quilômetros de vias nas sete áreas urbanas da cidade. 

CONTRATOS

Levantamento feito pela reportagem do Correio do Estado identificou que atualmente sete contratos estão em vigor – de acordo com dados do Portal da Transparência do município –, com quatro empresas executando os serviços para “pavimentação, execução de manutenção de pavimento asfáltico, recomposição da capa asfáltica, recomposição da estrutura do pavimento, com fornecimento de materiais”.

As sete regiões urbanas da cidade – Anhanduizinho, Bandeira, Centro, Imbirissu, Lagoa, Prosa e Segredo – estão contempladas.

Todos esses contratos somam R$ 44 milhões, sem levar em conta os aditivos. A Engepar Engenharia detém três convênios: na região do Anhanduizinho, o contrato tem valor de R$ 9,6 milhões, com R$ 10,3 milhões de aditivos, totalizando R$ 19,9 milhões. Desse total, já foram executados R$ 7,2 milhões.

No Centro, o convênio vale R$ 8,1 milhões, tendo R$ 8,8 milhões de aditivos, o que resulta em R$ 17 milhões. Já foram empenhados R$ 5,6 milhões.

Na região urbana do Lagoa, a empresa foi contratada por R$ 7,1 milhões, tendo R$ 7,7 milhões de aditivos no convênio, totalizando R$ 14,8 milhões. Desse valor, foram executados R$ 4,4 milhões.

Já a Diferencial tem com o município dois contratos: no Imbirussu, o valor inicial é de R$ 5,4 milhões e, somando R$ 5,8 milhões de aditivos, o convênio tem valor total de R$ 11,2 milhões. Já foram executados 3,3 milhões desse valor.

Na região do Segredo, o contrato é de R$ 3,8 milhões, tendo R$ 4,1 milhões de aditivos, totalizando R$ 7,9 milhões. Até agora, foram empenhados R$ 3,1 milhões. As outras regiões têm uma empresa diferente trabalhando.

Com valor total de R$ 11,7 milhões, incluindo R$ 6,1 milhões de aditivos, a Arnaldo Santiago ME é responsável pela região do Bandeira. E a RR Barros Serviços e Construções responde pela região do Prosa. O convênio vale R$ 4,2 milhões, já tendo R$ 5,6 milhões em aditivos. Desse valor, foram empenhados R$ 5,7 milhões. No total, todos esses contratos somam – incluindo aditivos – R$ 92,8 milhões.

ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

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A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

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PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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