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Para conter avanço da Covid, barreiras sanitárias começam na capital

São aplicados questionários e medidas as temperaturas de motoristas de outras cidades e estados

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Começaram a funcionar nesta terça-feira (26) cinco barreiras sanitárias nas rodovias que dão acesso a Campo Grande. 

Porém, as estruturas estão em fase de testes nas próximas 48 horas.

Estão envolvidos cerca de 200 pessoas na operação, de órgãos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Ministério Público, Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Guarda Civil Metropolitana (GCM), Secretaria Municipal de Infraestrutura e de Serviços Públicos (Sisep) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). 

Todos os profissionais estão utilizando Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

São parados quem vem de outros municípios, pessoas que são da Capital e passam pelo local são instruídas a seguir seu destino. 

Quem é barrado responde um questionário, onde informa se teve algum sintoma da Covid-19 nos últimos dias e tem a temperatura corporal medida. 

Quem não tem nenhum sintoma ganha um adesivo para não ser para novamente, segue pela barreira e tem o veículo higienizado com uma solução de hipoclorito de sódio diluído em água.

Os que apresentarem sintomas são encaminhados para uma estação de saúde montada à beira da estada e recebe atendimentos de equipes especializadas. 

“Passam mais de 60 mil veículos por dia por aqui. Eles vão passar por uma entrevista e se tiver algum sintoma faz avaliação aqui mesmo”, frisou o titular da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), José Mauro de Castro Filho.

Autoridades visitaram a barreira situada na saída para Cuiabá, em frente ao Shopping Bosque dos Ipês. 

Enquanto a reportagem do Correio do Estado estava no local, apenas uma mulher disse ter apresentado sintomas do novo coronavírus, mas o teste teve resultado negativo para Covid-19. 

Mesmo assim ela foi atendida e recebeu orientação para procurar uma unidade de saúde nas próximas 48h.

Um dos motoristas que passavam pelo local, Renato Ferrarezi, de 52 anos, veio de Rio Verde de Mato Grosso para Campo Grande a trabalho, gostou da iniciativa. 

“Acho muito importante ter essa barreira por aqui. Na minha cidade tem poucos habitantes, mas dá medo de vir para cá. Só que como tem que vir a gente vem né, e essa barreira aqui da mais segurança”, comentou o empresário.

Os resultados obtidos nas cinco barreiras sanitárias da Capital serão estudados para que sejam implementadas em mais vias.

Número de casos no interior

O aumento do número de casos no interior do Estado preocupou a Prefeitura da Capital e motivou a implementação das barreiras. 

De modo geral, com 17 mortes, Mato Grosso do Sul tem 1.100 casos de Covid-19, distribuídos principalmente em Campo Grande, com 249; Guia Lopes da Laguna, 199; Dourados, 180; e Três Lagoas, 126. 

Ouras localidades com números altos são Fátima do Sul (42), Itaporã (31), Bonito (30), Jardim (28), Douradina (20), Corumbá (19) e Brasilândia (15).

“Houve um número muito crescente no interior e geralmente as pessoas vêm muito para a Capital. 

Pretendemos fazer uma mensuração se esses casos podem ser transmitidos ou não para Campo Grande”, relatou o prefeito Marcos Trad (PSD). 

Ele espera que a ação contenha o avanço dos casos na Capital. “Estamos aqui para não aumentar, por exemplo, é o que acontece nas hidrelétricas, se o lago está cheio, coloca-se a barreira para não aumentar mais a água”, concluiu.

ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

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A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

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PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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