Para dar mais celeridade às obras de revitalização da Rua de 14 de Julho, o contrato com a Engepar Engenharia será reajustado. O aumento no valor será para o pagar adicional noturno aos operários, que passarão a trabalhar também à noite.
O preço inicial do contrato a revitalização da rua 14 de Julho era de R$ 49,2 milhões do total de US$ 56 milhões (cerca de R$ 200 milhões) repassados pelo Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID). Não foi informado de quanto será o aditivo.
De acordo com o sócio proprietário da empresa, o engenheiro Carlos Clementino, o reajuste já foi autorizado pelo BID. “Com isto, utilizaremos trabalho noturno para fazer as calçadas”, disse, sem revelar de quanto deve ser aumento. A Lei de Licitações estabelece limite de 25%. Caso siga essa determinação, o valor do reajuste pode chegar a R$ 12,3 milhões.
No entanto, por exigência do BID, as contratações seguem normas próprias e não a legislação brasileira. Desta forma, o valor a mais pode ser maior.
Principal infraestrutura do projeto, o calçadão será iniciado apenas no ano que vem. O prazo final previsto para a entrega desta etapa é novembro de 2019. Com os operários trabalhando neste turno, o comércio não será tão prejudicado, já que as vias serão entregues mais rápido.
Tanto o trabalho noturno quanto a execução das obras aos domingos são reivindicações dos comerciantes da região, cujas vendas caíram pela metade desde o início das obras, em 4 de junho.
PRAZOS POR QUADRA
Conforme o engenheiro, não é possível executar as obras dentro do cronograma divulgado pela prefeitura, que previa a execução quadra a quadra. O motivo seria a interligação de todo o sistema de esgoto e energia, que precisa ser feito de uma só vez.
Inicialmente, o município deu o prazo de 60 dias para entregar cada uma das dez quadras, entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa e Mato Grosso. Em razão da pressão dos comerciantes, o prazo foi reduzido para 38 dias. No entanto, nenhum deles foi cumprido.
Somente no primeiro trecho, entre a Fernando Corrêa e a Rua 26 de Agosto – iniciado em 4 de junho –, as equipes já trabalham há mais de 100 dias.
A Engepar tem 22 meses para concluir a revitalização. Todas as obras previstas no Reviva têm de ser concluídas no prazo de cinco anos, com risco de perder os recursos se houver descumprimento.