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CAMPO GRANDE

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Ônibus e construção civil vão retornar gradualmente

Trabalho nos canteiros de obras estão liberados a partir de hoje; já na terça-feira, sistema de transporte coletivo passa a transportar funcionários das atividades essenciais

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As medidas de isolamento já completam dez dias em Campo Grande e, nesta segunda-feira (30), mais bloqueios para atividades comerciais começam a cair, ainda que gradualmente. As lojas de materiais de construção poderão abrir a partir de hoje, assim como os funcionários da construção civil, que poderão voltar ao trabalho, ainda que com restrições. Na terça-feira (31), será a vez de o sistema de transporte coletivo voltar a atender trabalhadores que não são das áreas de saúde.  

Todas as linhas terão reforço para transportar também os funcionários de empresas consideradas essenciais neste período de isolamento, como as do ramo de postos de combustíveis, farmacêutico, supermercadista, imprensa, panificação e distribuidores de produtos como gás de cozinha e água mineral.  

João Rezende, presidente do Consórcio Guaicurus, explicou ao Correio do Estado que os passageiros usarão os mesmos 11 itinerários especiais criados na semana retrasada para atender exclusivamente a quem precisava chegar aos hospitais para cumprir expediente.  

“O que foi planejado para começar na terça é uma ampliação na quantidade de ônibus. Cada rota contava com dois veículos e vai passar a ser atendida por três”, afirma.

Para o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, a medida serve para atender àqueles que realmente não podem parar durante a quarentena. “Temos que manter o setor produtivo funcionando. A população precisa se alimentar e os produtos precisam chegar nesses comércios também”, diz.

Dez linhas vão dos bairros ao Centro. Outra sai do Centro e passa por grandes hospitais na região, como Santa Casa, Cassems e Unimed. Todos se encontram na Praça Ari Coelho, onde os passageiros fazem integração.

Rezende afirma que o esquema especial, batizado de Operação Covid-19, tem movimento diário de 2,3 mil pessoas. Não há estimativas do aumento com mais categorias usando o serviço.

Os primeiros dias serão um teste. A partir das próprias percepções dos usuários, pode haver adição de mais carros em algumas rotas ou implementação de mudanças nos itinerários.  

O diretor do Consórcio Guaicurus pede que as pessoas autorizadas a usar o transporte coletivo fiquem atentas aos horários de funcionamento: das 5h às 8h, das 9h50min às 13h, das 15h50min às 20h30min.  

Só poderão embarcar trabalhadores caracterizados com crachás ou uniformes. Contudo, os motoristas foram orientados a confiar na honestidade e boa-fé das pessoas nos casos de quem trabalha em mercearias e comércios pequenos de bairros, que não contam com esse tipo de identificação funcional.

HIGIENE

O presidente do Consórcio também reforça que eles fazem sua parte ao higienizar com mais frequência os veículos quando eles passam pela garagem, mas enquanto circulam pela cidade não há como fazer a desinfecção.  

Como os trabalhadores da construção e dos serviços essenciais vão dividir espaço com quem está na linha de frente no combate ao novo coronavírus, observar as etiquetas de higiene é fundamental para que a flexibilização não importe no aumento da quantidade de casos, como não levar as mãos à boca ou aos olhos depois de segurar nos corrimãos, por exemplo.

“A partir do momento em que o ônibus está na rua, é realmente um desafio para nós mantermos essa atividade com segurança. Não podemos garantir que haverá luvas, máscaras e álcool em gel para todos os passageiros, então cada um deve providenciar sua proteção”, afirmou Rezende.

CONSTRUÇÃO CIVIL

A partir desta segunda-feira, as atividades da construção civil poderão ser retomadas, desde que atendam aos requisitos estabelecidos pelo Ministério Público do Trabalho, como fornecimento do lavatório com água e sabão e orientação aos trabalhadores; manter ambientes de trabalho que não estão a céu aberto ventilados; máquinas e ferramentas limpas e esterilizadas antes e depois do trabalho; esterilização de grandes superfícies; restrição da entrada de pessoas que não trabalham no canteiro de trabalho; manter distância social em ambientes fechados de pelo menos 1,5 metro entre as pessoas; avaliar implantação de turnos diferentes de trabalho; afastar e encaminhar para atendimento médico as pessoas com sintomas do coronavírus, entre outras.

RESTAURANTES

Na semana passada, outras duas atividades econômicas foram autorizadas a receber os clientes: restaurantes e lotéricas. A flexibilização atendeu a uma diretriz do governo federal, contudo, repleta de normas locais impostas pela prefeitura para evitar o contágio.

Esses locais só podem operar se tiverem álcool em gel. As filas têm de ter distância mínima de 1,5 metro entre os consumidores. No caso dos bares e restaurantes, a lotação máxima é de 30% da capacidade e todos os frequentadores devem ter a temperatura medida na entrada. O espaço deve ter frequência de higienização redobrada e todos os funcionários devem usar equipamentos de proteção.

Cidades

Fake news e outras 4 ameaças geram risco para onças-pintadas no Pantanal

Divulgação de falsos ataques acabam gerando preocupação em moradores de áreas como Corumbá, Ladário e comunidades ribeirinhas

16/04/2024 15h33

Guilherme Pimentel/IHP

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Durante o 1º Seminário Estratégias de Ações Integradas para Conservação de Felinos, realizado no Centro Sebrae Pantanal, em Corumbá (MS), nesta segunda-feira (15), pesquisadores e representantes de forças policiais e de fiscalização traçaram um mapa de ações para proteção de onças.

Entre os critérios identificados que geram ameaças para esses animais, com reflexo na biodiversidade, está a disseminação de fake news mostrando ataques inexistentes de onça-pintada em seres humanos. Esse tipo de ocorrência acaba gerando mais temor em populações que vivem no Pantanal e incentivando a caça ilegal.

De acordo com o encontro, as ameaças aos felinos, principalmente a onça-pintada, causa impacto direto nos setores econômico e social, por conta do turismo e da pecuária que estão ligados à coexistência da espécie em território pantaneiro. O evento foi promovido pelo IHP, por meio do programa Felinos Pantaneiros, e teve apoio da GM, do Sebrae/MS e do Hotel Nacional.

O avistamento de onças-pintadas ocorre em áreas próximas a Corumbá e Ladário, por exemplo, bem como em comunidades ribeirinhas que ficam ao longo do rio Paraguai.

A abertura do seminário foi feita pelo presidente do IHP, Ângelo Rabelo. No total, participaram 25 pessoas, entre elas representantes da Polícia Civil, como os delegados Iago dos Santos e Fabrício Dias dos Santos (delegado Regional); da Delegacia da Polícia Federal em Corumbá, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar Ambiental, com o major Diego da Silva Rosa, subcomandante da PMA, e capitão Jorge Júnior; e do IBAMA. Entre os pesquisadores, estiveram presentes Rafael Hoogesteijin, do Panthera; Rogério Cunha, coordenador do CENAP/ICMBio; Fábio Souza da Silva, Onçafari; e Diego Viana, pesquisador associado do IHP.

O subcomandante da PMA, major Diego Rosa, reforçou que o policiamento e a ciência precisam estar juntas para combater a desinformação envolvendo a onça-pintada. As chamadas fake News podem ocasionar ações criminosas ao criar temor nas pessoas. “O policiamento da PMA vem buscando alinhar as ações de rotina com o conhecimento técnico e científico que existem disponíveis para termos resultados positivos para a conservação do Pantanal. Temos diferentes desafios, como a caça ilegal, mas também combater as fake News, que propagam uma ideia errada do que representa a onça e gera um temor que não precisa existir. Temos a missão de gerar orientação para a população atuar em conjunto.”

Servidora do Ibama/Prevfogo, Thainan Bornato reconheceu que o órgão federal em Corumbá recebe diferentes denúncias e o trabalho com educação ambiental deve ser fortalecido. “A gente enxerga o potencial que a onça tem para o Pantanal porque ela é uma espécie guarda-chuva, ela é importante para a conservação de outras espécies. Corumbá e Ladário têm um grande potencial e podemos ser exemplo de convivência harmoniosa realizando ações de educação ambiental e agindo conjunto na fiscalização.”

A coordenadora do programa Felinos Pantaneiros do IHP, Mariana Queiroz, pontuou que o encontro abriu caminho para vários trabalhos conjuntos. “Listamos algumas ameaças que a espécie sofre e, a partir disso, discutimos medidas para haver integração entre instituições e buscar a conservação com um impacto positivo que vai ser direcionado para a biodiversidade, para a economia e para o social.”

No debate estiveram discussões que envolvem ações para mitigar os atropelamentos em rodovias, combater a caça ilegal e o tráfico de partes do corpo da onça-pintada, atuar para eliminar a prática de ceva, agir para reduzir fake News que divulgam erroneamente ataques de onças a seres humanos e promover a espécie como um ativo para o Pantanal estão na lista de ações a serem desenvolvidas.

Referência mundial na pesquisa sobre coexistência entre grandes felinos e o ser humano, Rafael Hoogesteijin, do Panthera, exemplificou que diante de tantos desafios, só um trabalho conjunto para garantir resultados futuros. “Este evento foi de grande importância para reunir polícias, pesquisadores e demonstrar que todos têm interesse em resolver o conflito.”

O delegado Regional de Corumbá da Polícia Civil, Fabrício Dias dos Santos, exemplificou que ações coordenadas entre instituições devem gerar resultados favoráveis para a conservação. “A gente recebeu novos conhecimentos e informações valiosas para atuar na conservação dos felinos e do Pantanal. O tráfico de partes do animal é um problema hoje e parcerias como com o IHP e outras instituições vão auxiliar nesse monitoramento. A Polícia Militar Ambiental e a Polícia Federal também atuam nesse trabalho.”

O IHP, que organizou o seminário, pontuou que outros encontros vão ser organizados para aprimorar a inter-relação entre as instituições públicas e as organizações que desenvolvem pesquisa sobre o comportamento dos felinos.

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TROCA DE COMANDO

Diretor-presidente da Agetran é exonerado após sete anos no cargo

Janine de Lima Bruno pediu para deixar da pasta

16/04/2024 13h15

Janine de Lima Bruno foi exonerado a pedido da Agetran Foto: Arquivo

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O engenheiro civil Janine de Lima Bruno foi exonerado do cargo de diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran). Ele assumiu o cargo na gestão do então presidente Marquinhos Trad e deixa a Pasta após sete anos.

A exoneração foi publicada em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande dessa segunda-feira (15), a pedido do próprio Janine.

No lugar dele, assume a função de diretor-presidente o contador Paulo da Silva, que estava no comando da Fundação Social do Trabalho (Funsat).

Também no Diário Oficial, foi publicada a exoneração dele, a pedido, do cargo de diretor-presidente da Funsat e a nomeação para o mesmo cargo na Agetran.

Mudanças

No dia 5 de abril, quatro chefes de pastas municipais também foram exonerados, sendo um secretário, dois subsecretários e uma diretora-presidente, em Campo Grande.

Todos foram exonerados a pedido, sendo Adelaido Vila, titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Agronegócio e Tecnologia (Sidagro); Maicon Nogueira, titular da Secretaria Municipal da Juventude (Sejuv).

Também foram exonerados o subsecretário de Articulação Social e Assuntos Comunitários, Francisco Almeida Teles, e a diretora-presidente do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), Camilla Nascimento de Oliveira.

Nestes casos, a motivação da "demissão" são as eleições municipais deste ano, que ocorrem em outubro. Eles devem concorrer a uma vaga de vereador.

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