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Obra do Reviva pode
ter aditivo milionário

Aumento pode ser superior a R$ 12, 2 milhões

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A obra do Reviva Campo Grande terá o primeiro aditivo nove meses depois do início do projeto. Orçada em R$ 58 milhões, a empresa que venceu a licitação, Engepar Engenharia, ofereceu os serviços por R$ 49 milhões para a revitalização da Rua 14 de Julho, mas, devido à complexidade da obra, será necessário o adicional ainda sem previsão de ser liberado. 

Segundo a coordenadora da Central de Projetos, Catiana Sabadin, o aditivo ainda está em análise e não deve chegar a 25%, que é o máximo permitido por lei. Caso chegue a esse limite, a obra pode atingir R$ 61,250 milhões. “A planilha inteira era de R$ 58 milhões, mas a empresa entrou com R$ 49 milhões, ficou abaixo. E não teve reprogramação”, explicou.

Em reportagem publicada no Correio do Estado, em setembro do no passado, a empresa Engepar Engenharia, responsável pela execução das obra, já havia confirmado a aprovação do aditivo pelo Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID). No entanto, o sócio proprietário da empresa Carlos Clementino, continua sem confirmar o valor do reajustado. “Isto dependerá das medições. Há serviços que tentamos otimizar par não gerar mais gastos, por exemplo, ao invés do trabalho noturno negociamos com os funcionários jornada dupla para a obra andar mais depressa”. 

 

 A ordem de serviço foi assinada 15 de maio do ano passado, mas efetivamente o início das obras foi no dia 6 junho. Os serviços vão contemplar trecho da Rua 14 de Julho, entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa e Mato Grosso. 

Conforme Catiana, para as obras em si, houve mobilização de canteiro, equipamentos e foi preciso mudar totalmente o cronograma, que se mostrou furado, nas palavras dela. “Fizemos um novo planejamento, pois inicialmente a gente previa 38 dias em cada quadra. Fomos extremamente otimistas e é uma obra muito difícil, que pode ser finalizada em dois meses. São dois meses para infraestrutura no meio da via e depois quase dois meses na sequência, para fazer o meio-fio, estacionamento, calçadas. Em dois meses o trânsito é liberado”.

Do início da obra até o fim, a previsão é de 20 meses, ou seja, até março de 2020. Porém, o planejamento da prefeitura e as ações estão sendo feitas, segundo a coordenadora, para terminar até o final deste ano. “A prefeitura, Engepar, supervisão estão fazendo uma força-tarefa para o Natal deste ano. Não quer dizer que vá conseguir, pode ser que fiquem alguns serviços”, esclareceu.

Equipes trabalham na obra tanto no asfalto quando fazendo calçadas. Em alguns trechos, há interdições na passagem para pedestres, que muitas vezes se confundem por onde passar e onde podem trafegar.

No trecho da 14 de Julho entre a Marechal Cândido Mariano Rondon e a Rua Maracaju, o contrapiso da calçada foi feito e estão sendo colocados os pisos, além do tátil. Porém, alguns estão soltos e outros ainda não foram colocados, como também faltam os detalhes no local dos postes (há previsão de tirar os postes de energia). Por isso, é preciso atenção de quem anda por ali.

O arquiteto responsável pela supervisão das calçadas, Amilton Candido de Oliveira, afirmou ter 50 pessoas na execução da calçada, da regularização do contrapiso até a lavagem e aplicação de resina protetora. “A nossa meta é de três semanas para cada lado da rua e uma semana para pente-fino (detalhes), lavagem com máquina e aplicação de resina”. Conforme Amilton, eles trabalham para diminuir o prazo. 

De acordo com Catiana, nenhuma calçada precisa ser refeita e a primeira quadra, situada na 14 de Julho com a Avenida Fernando Corrêa da Costa, foi um teste. “A gente precisava colocar mobiliário urbano para conseguir ver a linha menor para o piso tátil. Executamos completamente e depois começamos a instalar bicicletários, lixeiras, totem. Tiramos os fios, mas aparecem outros equipamentos e depois temos que ver o melhor local para colar o piso tátil. A primeira quadra era de testes, onde a gente fez alinhamento melhor após instalação equipamentos e mobiliários”.

COMERCIANTES

A quadra da 14 entre Maracaju e Antônio Maria Coelho está fechada. Os comerciantes deste trecho amargam queda nas vendas de até 70%, isso, com apenas um mês de interdição. 

José Batista, proprietário da loja Center Jeans, não sabe se vai fechar as portas, depois de 23 anos na esquina da Maracaju com a 14. “Precisei mandar uma funcionária embora, porque as vendas caíram muito. Estou com duas, apenas”.

Batista reclamou que mesmo com essa situação de trecho impedido, não há isenção de imposto e muito menos, baixa no valor do aluguel. “Os comerciantes que estão arcando com o prejuízo, assim fica difícil de sobreviver”. 

Valéria Mendes Teixeira, proprietária da loja de bijuterias Kawanny, em um mês, teve 70% de queda nas vendas. “Para reverter essa situação é preciso que essa obra termine. A equipe não trabalha sábado à tarde nem domingo. Agora mesmo (segunda-feira de manhã), não há ninguém trabalhando”.

Proprietário da Koch Presentes, Daniel Hisao, tem a loja há 30 anos e disse nunca ter passado uma queda nas vendas, como a de agora. “Queda de 40% a 50%. A gente está bancando o prejuízo. Essa obra precisa terminar o mais rápido possível”.

Os três empresários disseram que não há equipes trabalhando à noite, assim como o prometido e divulgado pela Prefeitura de Campo Grande, em dezembro do ano passado. 

Alguns consumidores reclamam da falta de organização da obra, outros acham que será benéfica para a cidade. É o caso da dona de casa, Nilda dos Santos, de 59 anos. “Acho que a obra privilegia os consumidores que vêm até o Centro de ônibus, pois as calçadas estão mais largas e essa é uma vantagem. A obra vai ficar boa para nós. A rua vai ficar bonita”.

Maria Espinosa Pinheiro, de 55 anos, concorda com Nilda. “Venho ao Centro duas vezes por mês e acho ótima a obra, porque está ficando com calçadas largas, melhor para andar, não fica mais apertado como era antes, esbarrando nas pessoas”.

Em contrapartida, o engenheiro civil, Ademar José Pereira de Souza, 59, considera uma falta de planejamento na obra para se fazer estrutura dessa elevada. “Eu percebo que ficam batendo cabeça, de repente terminam um local, abrem de novo, a gente tem sentimento que falta planejamento e capacidade técnica, se tivesse isso, bom planejamento e conhecimento de causa, a obra acaba mais rápido. Sem isso, percebo morosidade, eles perdem muito material”, avaliou.

A dona de casa Fabiana Assis, de 48 anos, considerou a obra desnecessária, pois, segundo ela, há falta de recursos para saúde e educação. “Não têm médicos nos postos, não há educação de qualidade para as crianças e faz uma obra desse tamanho e só para atrapalhar os comerciantes. Quem tem carro não faz compra no Centro, não tem onde estacionar”. 

Cidades

Detran trabalha para implementar mudanças na nova CNH

Interessados em tirar a primeira habilitação terão que esperar a mudança gradual no sistema do Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul

10/12/2025 16h54

Assessoria de Comunicação Detran-MS

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Enquanto o ministro dos Transportes, Renan Filho, declarou que as mudanças da CNH no Brasil já estão valendo, os interessados devem esperar a implementação de adequações no sistema do Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS).

A medida, que pretende deixar o custo da primeira habilitação até 80% mais barato e democratizar o acesso, tirando a obrigatoriedade de passar por um Centro de Formação de Condutores (CFC), ainda requer mudanças no processo.

Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, Renan Filho estimou que os Detrans devem levar em torno de 15 dias para implementar as adaptações.

“É bem rápido, porque eles estão se adequando. A resolução já dá as normas, e eles vão se ajustando. Nesses 15 dias, tenho certeza de que estarão aplicando.”

Por meio de nota, o Detran-MS informou que tanto a alteração relacionada à CNH quanto a Medida Provisória nº 1.327/2025, que contempla o bom condutor com a renovação da carteira de habilitação, serão implementadas conforme o sistema for sendo atualizado.

O diretor-presidente do Detran-MS, Rudel Trindade, que esteve, nesta terça-feira (9), no lançamento da CNH do Brasil, reforçou o alinhamento institucional com o Governo Federal.
“Estivemos reunidos com o ministro Renan Filho e com Adrualto Catão, secretário da Senatran. A posição foi a de irmos implementando dentro das nossas capacidades, com paciência para suportar pressões externas, mas tendo a atenção e o dever de cumprir a legislação”, afirmou.

Já está valendo em MS?

Por enquanto, o órgão de trânsito informou que se tratam de mudanças complexas, que envolvem sistemas, fluxos internos, normas e rotinas operacionais, e que as adequações necessárias já foram iniciadas.

A implementação do novo modelo deve ocorrer de maneira gradual, e a estimativa é que ocorra no menor tempo possível.

“À medida que as funcionalidades forem ativadas, a população será informada e orientada pelos canais oficiais da autarquia. O Detran-MS reafirma seu compromisso com a transparência, eficiência e qualidade na prestação dos serviços ao cidadão sul-mato-grossense. Pedimos a compreensão e paciência dos candidatos durante essa fase de adaptação, para assegurarmos a plena conformidade com os protocolos federais e uma experiência aprimorada para todos”, diz a nota.

Entenda como vai funcionar

A mudança prevê aulas teóricas gratuitas on-line, e o interessado pode escolher se deseja ter aulas práticas com instrutor de autoescola ou com profissionais autônomos devidamente cadastrados no Detran.

Como ficam os exames?

Os exames teórico e prático (percurso e baliza) continuam obrigatórios, como garantia de que o futuro condutor está apto a trafegar com segurança, e seguem sendo realizados nos Detrans.

Mudança de valores

Com expectativa de redução do custo em 80%, o ministro Renan Filho informou que os exames médicos e psicológicos terão redução de valor, e o custo não passará de R$ 180.

Saiba como iniciar o processo

O interessado pode acessar o site do Ministério dos Transportes, o aplicativo CNH do Brasil (antigo app Carteira Digital de Trânsito) ou os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans).

Curso gratuito

O curso teórico será ofertado gratuitamente, com acessibilidade (Libras, legendas e recursos visuais), e poderá ser acessado pelo site do Ministério dos Transportes ou presencialmente, nas autoescolas.

Aulas práticas

Houve redução das aulas práticas para duas horas, diminuindo exponencialmente, já que anteriormente o exigido era de 20 horas-aula.

Escolha

Fica a critério do candidato a escolha entre realizar as aulas práticas em uma autoescola ou com um instrutor autorizado.

Reprovei. E agora?

Caso o candidato não consiga passar na primeira prova, ele tem direito de refazer o exame sem custo adicional. Se não passar novamente, terá de arcar com as taxas.

Prazo

A partir de agora, deixa de existir um prazo para finalizar o processo. Desse modo, caso o candidato tenha algum problema financeiro, poderá paralisar sem perder o que já foi feito.

Instrutores independentes

Como adiantou o Correio do Estado, os instrutores agora têm uma nova oportunidade de carreira, com a possibilidade de atuar no mercado como profissionais autônomos.

“As autoescolas vão continuar, mas o cidadão vai poder escolher entre uma autoescola e um instrutor autônomo para formá-lo na condução daquele veículo. Isso estimula a concorrência, que significa preço justo pelo serviço prestado e melhor qualidade para as pessoas”, explicou Renan Filho.

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CAMPO GRANDE

Após corrida em Bonito, secretária terá mais 29 dias de atestado médico

Com licença médica desde 25 de novembro, Márcia Hokama chegará a 44 dias longe da função, alegando questões de saúde

10/12/2025 16h46

Márcia Helena Hokama durante os 10 km na corrida de Bonito

Márcia Helena Hokama durante os 10 km na corrida de Bonito Foto: Juliano Rigo

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Após a secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, aparecer na corrida de Bonito 21K no último sábado (6), mesmo com atestado médico, foi divulgado hoje (10), em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), que a mesma seguirá afastada até dia 8 de janeiro de 2026. Com isso, Márcia seguirá com mais 29 dias de licença.  

Ao todo, Márcia chegará a 44 dias longe da função, pois está de atestado médico desde o dia 25 de novembro, alegando questões de saúde. 

Para substituir Hokama durante o período, a prefeita Adriane Lopes (PP) designou o secretário adjunto Isaac José de Araújo, para desempenhar a função de secretário municipal da Fazenda, no período de 10 de dezembro a 8 de janeiro de 2026.

Isaac já vinha ocupando o cargo interinamente e seguiria até esta terça-feira (9), quando acabava a licença de Márcia Hokama.

O Correio do Estado entrou em contato, por meio de e-mail, com a Prefeitura de Campo Grande e a Secretaria Municipal de Fazenda, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem.

Prova

A secretária municipal Márcia Helena Okama participou da 11ª edição da corrida Bonito 21K, disputada no último final de semana, na cidade homônima, no interior do Estado.

Flagrada pelos fotógrafos da prova, Márcia Okama finalizou a prova de 10km em 1h11min e concluiu o trajeto na 23ª colocação geral entre as competidoras com 50 e 59 anos de idade.

A competição, que atrai principalmente atletas com alto poder aquisitivo, além de profissionais, recebeu R$250 mil em recursos públicos advindos do Governo do Estado que, declaradamente, atravessa momento de crise financeira. 

Conforme publicado na edição desta terça-feira (09) do Diário Oficial Eletrônico de Mato Grosso do Sul, dois dias após a realização da corrida no município "mais turístico" do MS, do extrato de contrato entre a LS Turismo e Eventos e a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul,  o empenho da nota emitida em 03 de dezembro para apoio da Fundtur soma exatos 250 mil reais.

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