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Obra da pista de atletismo do parque
Ayrton Senna é retomada mais uma vez

Trabalhos foram lançados por 3 prefeitos e 7 ministros do Esporte e sempre paralisavam

LEANDRO ABREU

09/11/2018 - 13h15
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Após seis anos do lançamento e passagens de sete ministros do Esporte, mais uma vez a obra da pista de atletismo do Parque Ayrton Senna teve uma cerimônia de início de trabalhos. Com reajuste de orçamento de materiais, o custo subiu de R$ 5 milhões para R$ 7,6 milhões, porém a contrapartida da Prefeitura de Campo Grande reduziu de R$ 2,6 milhões para R$ 765 mil.

Além dos ministros, três prefeitos passaram pela chefia do Executivo municipal da Capital e a obra não saiu. “É uma missão do administrador não olhar para trás e buscar fazer um futuro melhor, razão porque nós estamos aqui para entregar para Campo Grande, que é a única capital do país que não tem uma pista emborrachada de atletismo. O dinheiro todo está assegurado, todos os empenhos, todas as assinaturas, o último degrau das formalidades burocráticas está sendo hoje. Então eu acredito que não tenha mais nenhum empecilho”, comentou o prefeito Marcos Trad (PSD).

O titular da Secretara Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, explicou que a mudança de 2012 para hoje é apenas nos valores. “Houve renegociação com o Ministério do Esporte, onde ele admitiu arcar com 90% do valor atualizado da obra e não do valor da época de 2012. Foi feito um aditivo ao convênio. O projeto é o mesmo de 2012, que é a pista de alto rendimento com alojamento e vestiário. Houve aumento de valores pela atualização de materiais. O orçamento iniciar era de 2013 e os materiais são importados, todos em dólar. Então precisamos atualizar”, detalhou.

No papel a obra custará um total de R$ 7.674.970, com R$ 6.909.008 do governo Federal e R$ 765.962 da prefeitura.

Entre as idas e vindas de ministros e prefeitos lançando e paralisando a obra, foram investidos cerca de R$ 180 mil com um pequeno início de trabalho que foi todo perdido, conforme Rudi. “Já tinha sido iniciada a preparação da pista para receber o acabamento. Vai ter que ser refeito, pois ao longo desse tempo perdeu o serviço. O valor inicial do serviço feito foi de R$ 180 mil”, completou.

Ligado ao esporte da Capital há muitos anos, inclusive com passagens pelas pastas estadual e municipal de esportes, o presidente da Câmara Municipal, vereador Professor João Rocha (PSDB), lembra que a intenção de construir uma pista de atletismo no Parque Ayrton Senna vem desde a década de 1990, com o governador Pedro Pedrossian.

“Obra histórica. Eu que passei pela Fundesporte e pela Funesp, uma obra que foi iniciada em 1992. Já se vão 26 anos, na época do então governador Pedro Pedrossian, onde aqui tinha uma base para colocar uma pista em cima e que a própria base ficou comprometida, teve que ser retirada. Em 2011 nós conseguimos, junto ao Ministério do Esporte, uma verba para emborrachar essa pista, colocar nos padrões internacionais, na administração do prefeito Nelsinho Trad. E posteriormente ela acabou sendo licitada no primeiro período do prefeito Alcides Bernal, foi dada a ordem de serviço no período do Gilmar Olarte, foi paralisada no segundo período do Bernal. Agora uma gestão em conjunto nossa com o prefeito. Tenho certeza que vamos concluir, os recursos já estão depositados junto a Caixa Econômica Federal”, afirmou.

PISTA NA PRÁTICA
De acordo com o diretor-presidente da Fundação Municipal de Esporte (Funesp), Rodrigo Terra, a pista coloca a Capital e o Estado no cenário nacional e até internacional de competições de atletismo. “Todos os grandes eventos multiesportivos como jogos nacionais, brasileiros escolares, universitários brasileiros, todos eles exigem que tenha uma pista desse padrão para que a cidade possa sediar o evento. Conclusão é que a gente não entrava na mesa de discussões para realizar esse tipo de evento. Agora a gente entra. Além disso, é um espaço de treinamento e valorização dos nossos atletas”, comentou.

As obras já devem se iniciar nesse fim de semana, se a condição do tempo ajudar, e a intenção é concluí-la em agosto, no aniversário de Campo Grande, conforme Terra.

Conforme a presidente da Federação de Atletismo de Mato Grosso do Sul (FAMS), Valéria Cristina Gonçalves, a pista será um centro de excelência para o aperfeiçoamento dos atletas locais.

“Hoje nós só temos a pista do Centro Olímpico da Vila Nasser para treinos. Essa pista nos torna iguais a qualquer outro Estado. Eramos os únicos sem uma pista nesses padrões. Agora poderemos receber competições e fazer treinamentos específicos”, comentou a presidente da federação.

Valéria ressaltou ainda que a população precisa entender que o local será próprio para treinamentos de alto rendimento dos atletas e não para o uso geral. “Se todos usarem, ela será danificada e não teremos mais. Nem mesmo as escolinhas de revelação de atletas virão para cá. Aqui serão os treinos específicos para aperfeiçoamento dos nossos principais atletas”, afirmou dizendo que caso todos usem, a pista não resistirá a três anos.

Ao todo, conforme a representante do atletismo sul-mato-grossense, existem cerca de 500 atletas em todo o Estado, sendo que temos aproximadamente 10 atletas de ponta em várias modalidades, que disputam pela Seleção Brasileira medalhas nacionais e internacionais.

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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