Cidades

TRANSFORMAÇÃO

Avenidas cheias de carros
e calçadas mais vazias

Número de veículos particulares aumentou 245% em 18 anos na Capital

PAULA VITORINO

26/08/2014 - 19h05
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Das memórias de um ex-carroceiro e do olhar de um atual taxista sobre o mesmo ponto da região central, na Rua Maracaju, é possível registrar as mudanças no trânsito da Capital, que cresce em população e frota de veículos – em ritmo nem sempre proporcional. O trânsito da rua e da calçada é a medida da transformação: “Todo mundo andava a pé. Tinha mais gente na calçada do que na rua”, conta como eram os tempos de carroceiro, na década de 50, Sérgio Antônio da Silva, o Seo Michel, 79 anos. Décadas depois, do movimentado ponto de táxi no cruzamento da Maracaju com a 14 de Julho, o taxista Claudemir Garcia, 34 anos, comprova a mudança. “Fica vazia [a calçada] em comparação com o movimento na rua. Você só vê carro passando. Tem mais carro que gente”, observa.

Desde 1996 (registro mais antigo da frota), o número de automóveis em Campo Grande triplicou (aumento de 245%). Há 18 anos, eram 140.507 unidades e hoje são 484.684, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS). Enquanto isso, entre 1996 e 2013, a população da Capital cresceu em ritmo bem menor: 40%, passando de 596.331 para 832.352 habitantes, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  

Enquanto o uso de automóveis particulares cresce em alta velocidade, o mesmo não acontece com os veículos públicos, o que contribui ainda mais para aquela sensação de Claudemir, de que existem mais carros na rua do que pessoas. O registro da Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Assetur) mostra que entre 2000 e 2014 a frota aumentou apenas 25%, de 463 para 582 ônibus. O número de pessoas que andam de ônibus em Campo Grande é um dos menores do País. O levantamento da associação revela que o Índice de Passageiros por Quilômetro (IPK) em junho foi de 1,39. Por mês, média de 6.359.625 passageiros usam o transporte público – destes, 4.685.197 pagam tarifa. Apesar dos avanços, como o passe digital, os novos terminais e a integração das linhas, a demora e a superlotação dos ônibus são pontos negativos que o campo-grandense pesa na hora de decidir o meio de transporte. 

Mas para quem lembra do transporte público na década de 50, o que existe hoje é “uma maravilha”. “Não tinha ônibus para ir a todo lugar. Hoje, você consegue ir para todo canto de ônibus. Naquela época, a gente andava, mesmo, era a pé”, conta Michel. O diretor de trânsito do município na década de 80, Aroldo Figueiró, conta os primeiros avanços e dificuldades do transporte público. “A Rui Barbosa era uma via só para ônibus, então, todos os ônibus tinham de parar ali, independentemente de terem ou não passageiro. Isso atrasava o percurso. Chegamos a contar 60 pessoas no ponto da Afonso Pena esperando. Depois de muita resistência, conseguimos distribuir os pontos no Centro, e o ônibus não tinha mais de parar à toa”, diz.

Na avaliação do engenheiro, o elevado índice de gratuidade do serviço (correspondente a cerca de 26% do total de passageiros) é, hoje, um dos principais problemas do transporte público e que inviabiliza melhorias. “A lei da gratuidade, quando foi proposta, estabelecia um determinado porcentual, que, depois de ser ultrapassado, inviabiliza o sistema e faz com que o cliente pague pelos outros”, frisa. A combinação de falta de educação e respeito às regras de trânsito reflete no índice alto de acidentes em Campo Grande. A chefe de educação no trânsito da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Ivanise Rotta, afirma que a média de acidentes graves de trânsito na Capital é de 250 por trimestre e o objetivo é reduzir, pelo menos, 10% desse total.

Cidades

Consórcio paga parte dos atrasados, mas motoristas confirmam greve a partir de segunda

Sem acordo com o Consórcio Guaicurus, a greve está prevista para segunda-feira (15), segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande

13/12/2025 11h23

Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com o Consórcio Guaicurus tendo atendido “em partes” à reivindicação definida em assembleia, a greve dos motoristas de ônibus deve iniciar nesta segunda-feira (15), em Campo Grande.

Em conversa com o Correio do Estado, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano da Capital (STTCU-CG), Demétrios Feiras, informou que os trabalhadores receberam, na sexta-feira (15), somente 50% do salário referente ao mês de novembro.

“O Consórcio Guaicurus, no final da tarde, depositou 50% do valor dos salários, referente ao mês de novembro, que era para ser pago no quinto dia útil do mês de dezembro. Foi a única coisa que o Consórcio pagou”, informou Demétrios.

Durante assembleia, a categoria reivindicou o pagamento do salário integral, do adiantamento, da segunda parcela do décimo terceiro e do vale (adiantamento salarial). No entanto, houve apenas o depósito de 50%, e a paralisação segue confirmada.

Segundo o presidente do STTCU-CG, não está prevista, para este fim de semana, qualquer tentativa de negociação com a empresa responsável pelo transporte coletivo na Cidade Morena.

Com isso, Demétrios reforçou que os ônibus só retornarão às ruas quando o Consórcio efetuar o pagamento do que ficou definido pela classe.

“E a gente só volta a trabalhar com o pagamento desses três vencimentos. Caso contrário, continua parado na terça, na quarta, até que o Consórcio efetue esses pagamentos”, pontuou Demétrios.

A justificativa para não realizar o pagamento, conforme explicou Demétrios, é a falta de dinheiro em caixa. Como adiantou o Correio do Estado, o Consórcio Guaicurus alega um “rombo” em dívidas de R$ 15,2 milhões, sendo que desse valor R$ 8,2 milhões são referentes aos salários dos funcionários.

Por conta disso, a concessionária pediu que o valor do subsídio pago pelo poder público seja ainda maior.

Entenda

No dia 5, o Consórcio Guaicurus, responsável pela administração do transporte coletivo de Campo Grande, anunciou que a situação financeira estaria insustentável para a continuidade da operação, motivada por supostos atrasos nos repasses por parte do poder público.

Além das dificuldades relacionadas a questões operacionais, como combustíveis, manutenção da frota e encargos, o consórcio também enfrenta negociações com a classe de funcionários, principalmente os motoristas.

Motoristas do Consórcio Guaicurus realizaram assembleia geral, na madrugada desta quinta-feira (11) e optaram pela paralisação. Eles reivindicam por:

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – efetuaram o depósito de 50%
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

** Colaborou Felipe Machado e Naiara Camargo

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EXAME UFMS

PASSE UFMS: triênio 2023-2025 tem terceira e última etapa amanhã

Oportunidade de ingressar na Universidade Federal para quem vem do ensino médio tem mais de 18 mil inscritos em prova que acontece nesse domingo (14)

13/12/2025 11h10

Sede da UFMS em Campo Grande

Sede da UFMS em Campo Grande Marcelo Victor / Correio do Estado

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Programa de Avaliação Seriada Seletiva, o Passe, acontece no próximo domingo (14). Neste ano, a prova para ingressar na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul tem aproximadamente 18 mil inscritos em todo o Estado.

Com característica específica voltada para alunos que estão no Ensino Médio (EM), o "Passe UFMS" é um modelo de prova que avalia o estudante desde o seu primeiro ano da última etapa da escola.

De forma cumulativa, o aluno deve se inscrever e realizar a prova durante o triênio que encerrará sua fase escolar. Então, no último ano do ensino médio, durante a inscrição da avaliação, é possível escolher o curso que deseja ingressar.

Com a soma dos pontos ao longo das três etapas, a classificação para entrar na Universidade Federal do Estado é baseada na média adquirida. A pontuação de cada uma das tapas tem pesos diferentes na somatória para formar a média geral, sendo a 3ª com maior peso.

  • Neste ano, alunos que completaram o 1º ano do ensino médio irão realizar a primeira etapa do triênio 2025-2027.
     
  • Alunos que no ano de 2025 terminaram o 2º ano do ensino médio irão realizar a segunda etapa do triênio 2024-2026.
     
  • Por fim, os que encerraram o ensino médio e saíram do 3º ano, irão realizar a terceira e última etapa do triênio 2023-2025, para no ano que vem ingressar na universidade.

As provas acontecem das 08h às 13h, no horário de Mato Grosso do Sul nas cidades de Aquidauana, Chapadão do Sul, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

Com 60 questões contemplando as quatro áreas de conhecimento, a pontuação máxima total é de 120 pontos. Cada pergunta equivale a 2 pontos, o que totaliza 30 pontos em cada área, sendo elas:

  • 15 de Ciências da Natureza e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Ciências Humanas e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Matemática e suas Tecnologias - 30 pontos;

Cada fase aborda conteúdos que seguem a proposta curricular do respectivo ano. Além disso, as três etapas incluem uma redação dissertativo-argumentativa que soma a pontuação de cada fase e à média final ao terceiro ano.

Recomendações

A Fapec, banca responsável pela organização e realização da prova, divulgou o edital com horário e ensalamento de cada aluno, e recomenda que o candidato chegue com 30 minutos de antecedência do horário de fechamento dos portões.

Para fazer o exame é necessário ter em mãos um documento original de identificação com foto, além de o ensalamento anotado para facilitar. 

Confira o ensalamento de cada etapa nos links abaixo:

1ª etapa triênio 2025-2027: https://ingresso.ufms.br/files/2025/11/Edital_prograd_480.pdf;
2ª etapa triênio 2024-2026: https://ingresso.ufms.br/files/2025/11/Edital_prograd_483.pdf;
3ª etapa triênio 2023-2025: https://ingresso.ufms.br/files/2025/11/edital_prograd_486.pdf.

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