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Em Mato Grosso do Sul, número de queimadas neste ano é maior desde 2011

Valor está maior que no ano passado em 37%, quando 1.397 focos foram contabilizados

LUCIA MOREL

29/07/2017 - 10h30
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A quantidade de incêndios em Mato Grosso do Sul em 2017 é a maior desde 2011 e o supera em 192,5%. Dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que há seis anos, o Estado registrou 655 casos nos sete primeiros meses, mas em 2017 já acumula 1.916 no mesmo período. 

Este valor está maior que no ano passado em 37%, quando 1.397 focos foram contabilizados. Da série registrada pelo instituto, foram 1.281 ocorrências em 2012, 740 em 2013, 890 em 2014 e 1.193 em 2015.

Este mês de julho também é o mais crítico se comparado com os de anos anteriores. São 911 focos identificados por satélite em 2017, contra 562 no ano passado, 207 em 2015, 176 em 2014, 124 em 2013, 450 em 2012 e 220 em 2011. O aumento em relação a 2016 é de 62%, mas se comparado a 2011, cresce para 314%. A tendência, infelizmente, é que o quadro piore e mais queimadas sejam registradas até setembro. 

Dos municípios de MS, Corumbá, como já é comum, desponta com 982 focos desde janeiro e lidera, hoje, o ranking nacional de queimadas, seguida do município de São Félix do Xingu (PA) com 624 casos. 

Na sequência aparecem Altamira (PA) com 618 focos, Formoso do Araguaia (TO) com 516, Porto Velho (RO) com 514, Lagoa da Confusão (TO) com 456, Mateiros (TO) com 358, Fernando Falcão (MA) com 352, Nova Maringá (MT) com 304 e por fim, Feliz Natal (MT) com 290 focos neste ano.

Segundo o analista ambiental Alexandre Pereira, do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), ligado ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Mato Grosso do Sul, trégua ocorrerá apenas depois de setembro, quando as atuais condições climáticas, que favorecem a ocorrência de queimadas, começam a ir embora.

“Estamos entrando agora no período mais crítico para incêndios florestais em Mato Grosso do Sul. Entre final de julho, agosto e setembro, devido as condições climáticas que o inverno nos aplica, ocorrem mais queimadas”, sustentou, enfatizando que todos os anos essas condições se repetem e são elas: vegetação seca, umidade baixa, temperatura elevada e ventos constantes. “É a receita do fogo”, diz.

A estiagem prolongada, que hoje chega a 53 dias na região norte do Estado e a 39 em Campo Grande, aumentam as chances de queimadas. Segundo publicado na última terça-feira pelo Correio do Estado, esta é a estiagem mais longa desde 2008, quando MS ficou 27 dias sem uma gota de chuva. 

A previsão é de que chova um pouco apenas no dia 6 de agosto. “A tendência para os próximos dias é de piorar porque, quanto mais tempo sem chuva, mais vegetação seca há”, comenta Pereira.

O analista explica que o aumento de incêndios este ano decorre tanto das condições climáticas, quanto da falta de queimadas nos anos anteriores. “Em 2016 ocorreram menos incêndios florestais e o que não foi consumido ano passado, está sendo consumido agora”, comentou.

Além disso, o frio mais intenso deste ano e cheia menor no Pantanal também favorece o aumento de queimadas. “As geadas ajudaram a secar a vegetação, proporcionando mais combustível para o fogo e também, a cheia no Pantanal não foi tão expressiva e fez com que a água não tivesse tanta presença e esvaziou mais rápido, favorecendo incêndios com mais facilidade”, disse Pereira.

AÇÃO HUMANA
Pode-se afirmar que 100% das ocorrências de incêndio e queimadas decorrem da ação do homem. “Combustão espontânea é difícil de acontecer”, afirma o analista do PrevFogo. 

“Não temos dados técnicos e científicos para comprovar essa combustão espontânea. A única causa natural seriam as descargas elétricas, que não estão ocorrendo”, disse.

Assim, o uso irregular do fogo, ou mesmo bitucas de cigarros jogadas ao longo de rodovias são as principais origens do fogo. “Como não há formação de nuvens, todo incêndio florestal atualmente é atribuído à ação humana. Seja por negligência, vandalismo, acidental ou proposital”, destaca. 

Evitar esses casos seria possível se proprietários rurais realizassem queimadas controladas, que são permitidas somente até o fim deste mês e construíssem aceiros em suas propriedades, que impedem a propagação do fogo.

Os horários para atear fogo também deveria ser respeitado, iniciando logo pela manhã ou ao final do dia, quando o clima está mais ameno. 

"Vacina no braço"

Casos de Síndrome Aguda Respiratoria Grave aumentam em Campo Grande

Conforme o boletim da InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (18) os casos de síndrome gripais aumentaram na Capital; a recomendação é que os grupos prioritários tomem vacina

18/04/2024 18h15

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Campo Grande está entre outras 19 Capitais que apresentaram aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (18), pela Fiocruz. 

 O relatório apontou que aumentou o número de pessoas internadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de Influenza A (vírus da gripe) e o vírus respiratório (VSR).

"Na presente atualização observa-se que 19 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a semana 15: Aracajú (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e São Paulo (SP)", indica o relatório.

Divulgação InfoGripe

A Covid-19 segue em queda e em alguns Estados permanece em níveis baixos de incidência. Os dados apontam que a disseminação da Síndrome Respiratória Aguda Grave, de Influenza A e o vírus respiratório para as próximas semanas em 19 Estados e Mato Grosso do Sul pode apresentar aumento nas próximas semanas. 

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

Segundo o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, para impedir o crescimento dos casos o público alvo deve procurar a unidade de saúde mais próxima e tomar a vacina contra a influenza. 

“Para o vírus da gripe, a gente conta com vacina e campanha de vacinação em todo o país. Então quem é grupo de risco, deve buscar o posto de saúde para se vacinar. A vacina da gripe, tal qual a vacina da Covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode acabar desencadeando uma internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental. Em relação ao VSR, a rede privada tem uma vacina já disponível para idosos, que também é muito importante, já que embora o risco do VSR seja muito maior nas crianças pequenas, a gente também observa internações nos idosos”, explica Marcelo Gomes.

A recomendação do pesquisador para pessoas que apresentem sintomas gripais usem máscara de qualidade as recomendadas são: N95, KN95, PFF2; no caso de sair de casa para procurar atendimento médico em unidades de saúde. 

Veja outros Estados com tendência de aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave:

  •  Acre;
  • Alagoas;
  • Amazonas;
  • Bahia;
  • Ceará;
  • Distrito Federal;
  • Goiás;
  • Maranhão;
  • Minas Gerais;
  • Pará;
  • Paraíba;
  • Paraná;
  •  Pernambuco;
  • Rio Grande do Norte
  • Rio Grande do Sul;
  • Rio de Janeiro;
  • Santa Catarina;
  • Sergipe;
  • São Paulo;
  • Tocantins;

Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul a incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em decorrência da Covid-19 apresenta queda. 

No país

Somente em 2024, óbitos ligados a SRAG foram registrados  2.322 óbitos, sendo 1.411 (60,8%)
com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 728 (31,4%) negativos, e ao
menos 78 (3,4%) aguardam resultado.

Casos positivos

  • 12,3% Influenza A;
  •  0,1% Influenza B;
  •  3,1% vírus sincicialrespiratório (VSR);
  •  81,7% SARS-CoV-2 (COVID-19);

 

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Prazos

Mais de 68 mil pessoas poderão concluir o processo de obtenção da CNH até 31 de dezembro em MS

Os processos para retirada da CNH, que foram prorrogados por mais 12 meses, foram interrompidos em 2019

18/04/2024 17h50

Foto: Rachid Waqued

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De acordo com a deliberação nº271/2023, todos os processos de habilitação ativos até dezembro de 2023 tiveram o prazo de conclusão ampliado para 31 de dezembro de 2024.

De acordo com o levantamento do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), mostra que 8,6 mil processos estão parados na etapa de agendamento teórico, enquanto  12,6 mil na etapa de agendamento do exame prático de duas rodas. 

Ainda de acordo com o departamento de trânsito, 14,3 mil veículos estão na fase de agendamento prático de quatro rodas.Os demais são alunos que se encontram na fase de exames de saúde e ainda não chegaram na etapa de aulas.

O aviso do Detran é para as pessoas que ainda tem interesse em dar andamento ao processo procurem os seus respectivos CFC (Centro de Formação de Condutores) e não deixem para fazer isso perto do prazo expirar.

Ainda segundo o órgão, uma notificação eletrônica será encaminhada para os cidadãos que se qualificarem para a prorrogação. O alerta será enviado ao e-mail cadastrado no sistema durante a inscrição. Não haverá necessidade de efetuar novos pagamentos ou emissões de novas guias.

 

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