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Universidade ajuda contribuintes na declaração do IR

Atendimentos são gratuitos e realizados às sextas e aos sábados

RAFAEL RIBEIRO

22/03/2019 - 17h00
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Para ajudar os contribuintes na declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2019, estudantes e professores de Ciências Contábeis da Uniderp realizam, pelo quinto ano consecutivo, o atendimento gratuito no Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF) da universidade. O funcionamento ocorre às sextas-feiras, das 15h30 às 18h, e aos sábados, das 8h às 10h30, na Avenida Ceará, 333, no bairro Miguel Couto, região central.

A expectativa é realizar cerca de 300 atendimentos até o final de abril. "É uma ação de responsabilidade social para ajudar a sanar dúvidas do Imposto de Renda Pessoa Física e realizar o preenchimento da declaração simplificada. Estamos oferecendo um benefício à comunidade para facilitar o acesso às orientações contábeis e fiscais básicas", explicou a coordenador do curso de Ciências Contábeis da Uniderp, Jeferson de Almeida. 

O serviço é direcionado a pessoas com rendimentos anuais de até R$ 40.000,00 e para microempreendedores individuais com renda de até R$ 81.000,00 no ano. O atendimento será por ordem de chegada e as vagas são limitadas. 

Para obter a assistência no NAF da Uniderp, o interessado deve levar RG, CPF, título de eleitor e comprovante de residência, última declaração do Imposto de Renda (caso tenha declarado), informe de rendimentos fornecido pela empresa ou todos os recibos de salários de 2018, comprovantes de pagamentos de mensalidades escolares, despesas médicas e/ou odontológicas, recibos de doações realizados no último ano, todos com CNPJ da empresa que prestou o serviço ou CPF, bens e direitos adquiridos, vendidos e existentes até 31/12/2018 (no caso de venda e/ou compra de bens, é necessário apresentar CPF do comprador/vendedor e valor da operação realizada) e a documentação de dependentes (serão exigidos CPF para todos, independentemente da idade) e do cônjuge.

Quem deve declarar

Deve declarar o Imposto de Renda em 2019 quem teve rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70; ou tenha recebido rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, acima de R$ 40 mil. Em relação à atividade rural, a determinação é para quem obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50.

A regra ainda contempla pessoas que obtiveram ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos à incidência de imposto ou realizaram operações em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros; ou tiveram a posse ou a propriedade, em 31 de dezembro de 2018, de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00; ou, ainda, os que optaram pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital aferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja destinado à aplicação na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da  Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. A exigência também inclui o contribuinte que efetuou doações, inclusive em favor de partidos políticos e candidatos a cargos eletivos. A expectativa da Receita Federal é de que 30,5 milhões de contribuintes em todo país entreguem a declaração até 30 de abril deste ano.

Arrecadação de donativos

O atendimento aos contribuintes no Núcleo Contábil e Fiscal da Uniderp para a realização da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2019 é gratuita. No entanto, os interessados em usufruir do serviço são convidados a participar da campanha de arrecadação de fraldas geriátricas ou lata de leite em pó, donativos que serão entregues a instituições filantrópicas. 

SERVIÇO
Uniderp | Declaração Simplificada de Imposto de Renda Pessoa Física 2019

Local: Uniderp – unidade Matriz; bloco 8 - térreo     
Endereço: Rua Ceará, 333, Miguel Couto    
Atendimento: presencial, com distribuição de senhas
Horário: sexta, das 15h30 às 18h; e sábado, das 8h às 11h
Atendimento por ordem de chegada

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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