A prefeitura de Campo Grande, por intermédio da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), divulgou nesta segunda-feira (15), que o número de notificações de dengue em Campo Grande é o menor registrado nos últimos dois anos.
No entanto, a coordenação ressalta que o clima instável responsável pelas frequentes chuvas registradas nos últimos dias em Campo Grande exigem cuidados redobrados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika, e chikungunya. Neste período, os locais propícios para a criação do mosquito se multiplicam e a população deve se mobilizar para eliminar os focos.
De acordo com o coordenador CCEV, Eliasze Guimarães, dois fatores são propícios para aumentar os casos de doenças transmitidas pelo Aedes. “Além da chuva que está prevista para cair na Capital nos próximos dias, a temperatura também está elevada. Esses são duas condicionantes que aceleram o desenvolvimento do mosquito, pois aumenta a oferta de criadouros e os ovos eclodem rapidamente com as altas temperaturas”, explicou ele.
Até o mês de setembro deste ano (2018), foram notificados em Campo Grande 1540 casos de dengue, sendo 979 confirmados, enquanto que em 2017 foram registradas 2.359 notificações.
“Mesmo com o número de casos menores do que o ano anterior, a população não pode descuidar, precisa estar atenta e eliminar os focos de criadouros do mosquito antes que o período chuvoso comece”, enfatizou Eliasze.
RECOMENDAÇÕES
Evite locais que possam acumular água, como:bandejas de ar-condicionado, calhas (principalmente no período após o inverno, elas acumulam muitas folhas), pneus velhos, caixas d’água destampadas, garrafas, vasos de flor e também recipientes jogados em lixo descoberto.
“A inspeção em casa deve ser um hábito semanal do morador. Ele deve olhar e ficar atento aos locais menos óbvios que podem ser criadouros. Até mesmo a vasilha de água dos cães e gatos precisa ser limpa periodicamente para evitar que o mosquito se desenvolva ali. Os quintais devem ser inspecionados frequentemente, pois nestes locais há muitos recipientes que podem acumular água”, afirma Eliasze.
“A Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) está fazendo a parte que cabe ao poder público, com a intensificação das visitas domiciliares, nebulização com o ‘Fumacê’, mas a população precisa apresentar mudança de hábitos, pois 80% dos criadouros do mosquito estão dentro das residências”, enfatizou ele.
SOBRE AS DOENÇAS
Pessoas infectadas com o vírus da dengue pela segunda vez têm um risco significativamente maior de desenvolver doença grave. Os sintomas são febre alta, erupções cutâneas e dores musculares e articulares. Em casos graves, há hemorragia intensa e choque hemorrágico (quando uma pessoa perde mais de 20% do sangue ou fluido corporal), o que pode ser fatal.
Os sintomas da Chicungunha geralmente aparecem depois de uma semana de infecção. Febre e dor nas articulações surgem subitamente. Dor muscular, dor de cabeça, fadiga e erupção também podem ocorrer.
Enquanto isso, na maioria dos casos de Zika, não são identificados sintomas iniciais, o que preocupa ainda mais a população, já que a doença pode provocar paralísia, como a síndrome de Guillain-Barré. Em gestantes, pode causar defeitos congênitos subsequentes. Quando presentes, os sintomas são leves e duram menos de uma semana. Eles incluem febre, erupção cutânea, dor nas articulações e olhos vermelhos.