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MS tem pior taxa de isolamento do país; comércio lota Capital

Volta do comércio incentivou muita gente a sair de casa, maioria para pagar contas

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Mato Grosso do Sul registrou na segunda-feira (6) a segunda pior taxa de isolamento do Brasil, muito por conta do retorno da maior parte do comércio em Campo Grande. Nesta terça-feira, porém, a Capital registrou ainda mais gente no Centro devido a reabertura dos maiores estabelecimentos, com grandes filas e muita aglomeração. O principal objetivo das pessoas era pagar contas.

Conforme dados do Governo do Estado, na segunda-feira Mato Grosso do Sul teve uma taxa média de isolamento de 48,2%, valor só não foi pior que o registrado pelo Tocantis, que teve taxa de 46,7%. O Estado, que já tem duas mortes confirmadas pelo novo coronavírus, tem reforçado o pedido para que as pessoas permaneçam em casa para que a doença não se propague.

Ainda segundo o Estado, monitoramento feito por geolocalização coloca Campo Grande como a 36° cidade do Estado no ranking, com 47,90% da taxa de isolamento na segunda-feira. No comparativo com o mesmo dia de semanas anteriores, o isolamento foi o menor de todos. A segunda-feira dia 30 de março os dados mostravam taxa de isolamento de 49%, enquanto no anterior foi de 55%.

A queda na Capital pode ser explicada pela reabertura do comércio, que passou 15 dias fechado por determinação de decreto da Prefeitura. Apesar do primeiro dia da volta dos empreendimentos ter registrado um movimento tímido, o segundo dia teve um panorama diferente.

Nesta terça-feira muitas pessoas andaram pelas ruas do Centro de Campo Grande. O trânsito voltou a ser denso e filas, principalmente nos maiores estabelecimentos comerciais, foram registrados na região. Lojas nacionais de roupas e de eletroeletrônicos eram o principal foco das pessoas que se deslocaram até a região.

A maioria tinha por objetivo o pagamento de contas, como a jovem Maynara de Oliveira Lima, 25 anos, que foi ao centro pagar uma fatura de uma loja. “Estou de quarentena do serviço, mas tinha que pagar uma conta e vim, não tinha como pagar de outro jeito, mas não achei que iria ter tanta gente, principalmente idoso”.

Moradora de Anhanduí, a aposentada Lucila Rosa Espíndola, de 61 anos, foi ao banco receber e também pagar uma conta. “Eu tinha que vir por conta da biometria, mas estou tomando cuidado. Meu filho que foi para mim na hora de pagar a conta, mas para receber não tem jeito. Estranhei a quantidade de gente, vai ter que fechar tudo de novo, não tem jeito”, avaliou.

Os bancos também são responsáveis pela movimentação na região e registram grandes filas. Aposentado de 67 anos, Willian Marchetti conta que teve que sair de casa porque seu cartão foi bloqueado. “Falaram que era só vindo aqui. É perigoso, mas quando a gente tem necessidade não tem o que fazer”.

Durante coletiva nesta terça-feira o titular da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Geraldo Resende, afirmou que esses números são vergonhosos. “Mato Grosso do Sul está em uma posição não privilegiada e está nos envergonhando. Quero fazer um apelo para que nós possamos fazer o isolamento social, para que vocês fiquem em casa. Quem precisar sair para cumprir atividades essenciais, que tome os cuidados necessários”.

Com novos 14 casos em apenas 24 horas, o Governo do Estado afirmou que pediu para algumas cidades intensificar o isolamento. “Conversamos hoje com os prefeitos de Batayporã e Nova Andradina. Há um número expressivo de novos casos nessas cidades. Pedi aos gestores que façam o isolamento social”.

Os piores municípios do ranking do Estado são Santa Rita do Pardo com 36,50% e Jardim com 39,70%. A melhor taxa se mantém com Bela Vista com 73,10%, seguido de Coronel Sapucaia com 67,40%. (Colaborou Ricardo Campos Jr.)

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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