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Dengue é mais letal neste verão em Mato Grosso do Sul

Incidência do mosquito Aedes aegypti é alta em 28 municípios do Estado

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Em dois meses de verão, a quantidade de mortes por dengue em Mato Grosso do Sul dobrou se comparado com o mesmo período de 2018/2019, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES). 

Entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020, a SES confirmou oito mortes em decorrência da doença. Uma mulher de 58 anos morreu no dia 5 de dezembro do ano passado em Três Lagoas e outra de 31 anos em Cassilândia. Já em janeiro deste ano, foram registradas seis mortes nas cidades de Campo Grande, Cassilândia, Corumbá, Nova Andradina, Pedro Gomes e Sete Quedas.

No ano de 2018, o Estado confirmou quatro mortes por dengue, todas elas no mês de dezembro, sendo três em Três Lagoas e uma em Brasilândia. Já em 2019, o primeiro óbito só foi confirmado em fevereiro.
Em janeiro deste ano, foram notificados 6,1 mil casos da doença no Estado.

SITUAÇÃO
No último boletim epidemiológico, divulgado pela SES na quarta-feira - dia 29 de janeiro -, Mato Grosso do Sul teve 6.126 notificações, o que representa incidência de 236,8 casos para cada 100 mil habitantes. A pasta trata 5.341 casos como prováveis, sem levar em conta os que já foram descartados.

Dos 79 municípios, 28 estão com alta incidência. Alcinópolis é a cidade com mais notificações, no total são 117 casos e incidência de 2396,1. Em seguida, aparecem Sete Quedas - com 137 casos e incidência de 2131,6 - e Caracol - com 115 notificações e índice de 2017,9.

Outros 23 municípios estão com média incidência, incluindo Campo Grande, que notificou 943 casos e índice de 113,3. Já 27 municípios registraram baixa incidência. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma doença é considerada epidêmica quando registra 300 casos para cada 100 mil habitantes.

AÇÕES
Para evitar futuras epidemias, o governo do Estado e as prefeituras vem intensificando as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite além da dengue a febre chikungunya e o zika vírus. A SES emitiu nota técnica para orientar as autoridades municipais.

“A notificação dos casos de arboviroses é de grande importância, pois é através desta ação que os gestores de saúde do Estado e dos municípios ficarão cientes da ocorrência das doenças da população no seu território, o que permite o embasamento para a tomada de decisões coesas, e o subsídio epidemiológico para que o profissional da saúde possa fazer o encaminhamento correto”, diz o documento.

Os critérios de classificação de um paciente com dengue levam em conta se o local de residência ou do contágio é uma área de transmissão. Também deveé levando em consideração se o paciente apresenta sintomas como febre - entre dois e cinco dias - e dores de cabeça e pelo corpo.

Para os casos de chikungunya, os sintomas são febre acima de 38,5ºC e dores nas articulações. Já para o zika vírus, são febre baixa, manchas na pele, vermelhidão nos olhos, coceira e dor nas articulações.
Desde o ano passado, o Estado vem capacitando os profissionais da saúde e adquirindo equipamentos para diagnosticar mais rápido casos e óbitos, além de orientar equipes de hospitais públicos e privados e enviar inseticidas para combater o mosquito.

Na Capital, a prefeitura voltou a executar o serviço de borrifação Ultra Baixo Volume (UBV), conhecido como fumacê. Com base em uma programação, veículos da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) passam pelas ruas espalhando o inseticida entre o fim da tarde e à noite, período onde o Aedes aegypti é mais ativo.

Além disso, a Sesau vistoriou milhares de imóveis em busca de focos e executou ações para conscientizar a população. A prefeitura estuda ainda cobrar dos proprietários de imóveis os custos pela limpeza, como noticiou o Correio do Estado em janeiro.

Também neste mês a administração municipal começou a implantar o método Wolbachia, nome de uma bactéria presente em diversos insetos e que pesquisadores vão aplicar em mosquitos - posteriormente soltos  pela Capital. Quando essa bactéria é inserida - em laboratório - nos mosquitos, a capacidade de transmissão das doenças diminui - e também de outras cujo transmissor é o Aedes. A previsão é levar o método para todas as regiões da cidade até o fim de 2022, com efeitos possíveis de serem confirmados (redução dos casos) entre três e cinco anos.

ÔNIBUS

Transporte coletivo pode parar novamente neste fim de ano na Capital

Consórcio Guaicurus comunicou nesta sexta-feira que não tem dinheiro para pagar a folha salarial e o 13º dos motoristas

06/12/2025 08h00

Consórcio Guaicurus está em crise econômica e transporte coletivo público de Campo Grande pode paralisar pela segunda vez em menos de 45 dias

Consórcio Guaicurus está em crise econômica e transporte coletivo público de Campo Grande pode paralisar pela segunda vez em menos de 45 dias Gerson Oliveira

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O Consórcio Guaicurus afirmou que está em crise econômica séria e o transporte coletivo público de Campo Grande pode paralisar pela segunda vez em menos de 45 dias, próximo das festividades de fim de ano. A empresa declarou que está sem recursos financeiros suficientes para arcar com a folha salarial e o 13º dos funcionários.

Em nota divulgada à imprensa na manhã desta sexta-feira, a empresa responsável pela operação do transporte coletivo urbano na Capital informou que a crise financeira é motivada pelo atraso no repasse por parte do poder público, “que engloba vale-transporte, subsídios e demais componentes tarifários”.

“A entidade esclarece que a falta de regularização imediata destes pagamentos críticos está ameaçando a continuidade e a qualidade da prestação dos serviços de transporte na Capital. A ausência dos repasses não permite o cumprimento de obrigações financeiras essenciais para a manutenção do sistema, que opera no limite de suas capacidades”, diz trecho da nota.

“Sem o fluxo de caixa necessário para honrar estas obrigações imediatas, o consórcio não terá condições de realizar os pagamentos vitais para a operação, cujo vencimento é iminente, como a folha salarial e o 13º salário dos colaboradores”, completa o Consórcio Guaicurus.

A empresa lista que além das obrigações com os funcionários, custos operacionais também estão sendo “deixados de lado” com a falta de recursos, como combustíveis e manutenção da frota e encargos.

No fim do comunicado, o consórcio ainda pediu que o poder público se mobilize com a situação e “que as autoridades competentes tomem as providências imediatas necessárias para a regularização dos repasses”.

Em conversa com o Correio do Estado, Demétrio Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STTCU-CG), afirmou que a classe deve debater o assunto com o consórcio na segunda-feira, por meio de uma reunião. 

Porém, confirma que, caso não haja o pagamento do salário e do 13º, haverá paralisação, ainda sem data definida por depender da conversa com a empresa na semana que vem. “Se o consórcio não pagar, com certeza vamos parar”, avisa Demétrio.

ESCLARECIMENTO

A reportagem entrou em contato com o governo do Estado e com a Prefeitura de Campo Grande para que ambos prestassem esclarecimentos sobre a acusação de inadimplência dos repasses. Em resposta, o Executivo estadual contrariou a versão divulgada pelo Consórcio Guaicurus.

“O governo do estado de Mato Grosso do Sul não tem relação contratual com o consórcio em questão. Os repasses acordados para o corrente ano, referentes ao auxílio no custeio do passe dos estudantes da rede estadual, estão em dia”, reforça.

Por outro lado, o Executivo municipal, que é quem faz os repasses para a concessionária – tanto do valor pago por ele quanto o do governo –, não retornou até o fechamento desta edição.

SEM NOVIDADE

Nos últimos dois meses, o transporte público vem passando por inúmeras dificuldades e turbulências. No dia 22 de outubro, às 4h30min, cerca de mil motoristas não colocaram os ônibus em circulação, após o Consórcio Guaicurus não efetuar o pagamento do “vale” (adiantamento do salário) de R$ 1,3 mil, que geralmente é depositado no dia 20 de todo mês. Depois de uma hora e meia de paralisação, os motoristas voltaram a trabalhar.

Consórcio Guaicurus está em crise econômica e transporte coletivo público de Campo Grande pode paralisar pela segunda vez em menos de 45 diasMotoristas do transporte coletivo da Capital ameaçam paralisação, caso salário e 13º não sejam pagos pelo Consórcio Guaicurus - Foto: Gerson Oliveira

À época, em coletiva de imprensa, o presidente da Câmara Municipal, Epaminondas Vicente Silva Neto, o Papy (PSDB), disse que os repasses relativos aos custos do transporte de estudantes das redes públicas estavam atrasados há quase quatro meses, que a dívida do governo do Estado somava pouco mais de R$ 6 milhões e a da prefeitura já superava a casa dos R$ 3 milhões.

Inclusive, como forma de evitar novas paralisações ocasionadas pela crise financeira, a Câmara Municipal idealizou a criação do Fundo Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (FMMUT), que visa assegurar estabilidade financeira ao transporte coletivo da Capital e proteger os usuários. Porém, o projeto ainda não foi votado.

No fim do mês passado, o vale dos funcionários atrasou novamente e a classe ameaçou parar mais uma vez. Contudo, o Consórcio Guaicurus efetuou o pagamento antes que a ação fosse tomada e evitou a nova paralisação.

HISTÓRICO

Caso a greve aconteça, essa será a quinta paralisação nos últimos seis anos. Em junho de 2019, a cidade amanheceu sem ônibus nas ruas e terminais, ação motivada pelos cortes do governo na educação e a Reforma da Previdência.

Exatos três anos depois, em junho de 2022, os campo-grandenses acordaram sem transporte coletivo após greve dos motoristas pelo descumprimento do depósito do “vale” quinzenal dentro do prazo.

Em janeiro de 2023, houve outra paralisação, desta vez por causa de reajustes salariais e aumento nos benefícios, o que foi resolvido um dia depois, após reunião entre o Consórcio Guaicurus, o Executivo municipal e o sindicato da categoria.

Em outubro deste ano, aconteceu a última, por causa da falta de pagamento do adiantamento dos motoristas.

*SAIBA

O Município paga cerca de R$ 22,8 milhões por ano para a concessionária, enquanto o Estado repassa outros R$ 13 milhões. Atualmente, a tarifa paga pelos usuários do transporte público está fixada em R$ 4,95.

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EDIÇÃO ATUAL

Mais de 42 mil fazem provas discursivas do CNU 2025 neste domingo

Provas serão aplicadas a partir das 13h em 228 municípios

06/12/2025 07h30

A prova discursiva da edição 2025 do CNU será realizada neste domingo (7)

A prova discursiva da edição 2025 do CNU será realizada neste domingo (7) Arquivo/Correio do Estado

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A prova discursiva da edição 2025 do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) será realizada neste domingo (7) em 228 cidades de todos os estados e do Distrito Federal. A lista com os municípios onde a prova será aplicada pode ser conferida na internet.

Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), 42.499 pessoas foram aprovadas e classificadas na primeira fase do certame, que consistiu na prova objetiva. 

Para saber a nota final na prova objetiva, os candidatos podem acessar a Página de Acompanhamento do concurso no site da FGV, banca examinadora do certame, com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha individual da plataforma gov.br.

Em todos os resultados individuais, os candidatos poderão consultar a nota da prova objetiva, a situação na prova (aprovado ou eliminado) e a classificação para as fases 2, 3 e 4, quando for o caso.

Cartões de inscrição

Os cartões de confirmação de inscrição, com a indicação do local da prova discursiva, estão disponíveis desde o dia 1º no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV).  

Para cargos de nível superior, a prova discursiva será das 13h às 16h. Já os candidatos a cargos de nível intermediário farão as provas no mesmo dia, em horário reduzido: das 13h às 15h.  

Os portões serão fechados às 12h30 (horário de Brasília), meia hora antes do início. 

Pontos

Para cargos de nível superior, a prova será formada por duas questões, valendo 22,5 pontos cada, totalizando 45 pontos.   

Para nível intermediário, a avaliação será composta por uma redação dissertativo-argumentativa com valor total de 30 pontos.  

A prova deve ser escrita à mão, com caneta esferográfica azul ou preta, e somente o texto transcrito na folha definitiva será considerado para correção.

Os textos deverão ter até 30 linhas e serão avaliados a partir dos conhecimentos específicos - que equivalem a 50% da nota total para nível superior - e o domínio da Língua Portuguesa, equivalentes aos demais 50% da nota para nível superior. Para o nível intermediário, o domínio da Língua Portuguesa será responsável por 100% da nota total.

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