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Militares param e podem manter medida caso fiquem sem reajuste

Policiais civis também se manifestam na próxima sexta

TAINÁ JARA

25/05/2019 - 17h19
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Policiais militares e bombeiros decidiram participar de operação padrão, na próxima sexta-feira, para pressionar o governo a conceder reajuste salarial de 4,58% aos 37 mil servidores estaduais, além de incorporação do abono de R$ 200. Movimento coincidirá com paralisação dos policiais civis. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) alega que folha de pagamento está acima do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A decisão foi tomada em assembleia realizada pela União dos Militares Estaduais de Mato Grosso do Sul, neste sábado, e terá impacto no atendimento à população. Além de operarem de forma mais reduzida, os policiais militares e bombeiros militares inativos e de folga, justamente com familiares, participaram de caminhada com saída às 8h30, em frente do Comando-Geral da Polícia Militar, até a sede da Governadoria.

Conforme o presidente da Associação de Praças de MS (Aspra-MS), cabo Eduardo Ferreira, o movimento pode se intensificar caso o governo se recuse a conceder o reajuste. “Se não conseguirmos sensibilizar o governo, nós vamos manter operação padrão por tempo indeterminado”.

Os militares devem continuar atendendo as ocorrências, no entanto, pela operação ocorrer no mesmo dia da paralisação dos policiais civis, o andamento das investigações ficará comprometido.

Em nota, militares e bombeiros afirmam que tais medidas se fazem necessárias “tendo em vista a política de desvalorização do atual governo com a segurança pública em nosso Estado”.

As sete entidades signatárias do documento alegam que nos últimos cinco anos, os servidores amargaram perdas salariais que superam os 20%. “Não obstante, o atual governador jamais recebeu as entidades representativas dos servidores militares, não mostrando, assim, sensibilidade para ouvir nossas reivindicações”. Eles também querem discutir as perdas acumuladas desde o início da gestão tucana.

Além da Asfra-MS, assinam o  documento a Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de MS (ACSPMBM/MS ), Associação dos Militares Estaduais de MS (AME-MS), Associação dos Oficiais Militares de MS (AOFMS), Associação dos Bombeiros Militares de MS (ABM-MS), Associação dos Praças Bombeiros Militares de MS (APBM-MS) e Associação dos Bombeiros Oficiais Inativos de MS (Aboi-MS).

LRF

Nesta semana, o Executivo estadual encaminhou projeto de lei à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS) para manter o abono de R$ 200 por mais 12 meses. Os servidores também querem reajuste linear. O governador alega que a reposição não pode ser feita, pois o Estado está acima do limite prudencial estabelecido pela LRF.

Conforme a lei, o limite global para gastos com pessoal é de 60% da receita corrente líquida, restringindo-se, no caso do Poder Executivo, a 49%. Sendo assim, o índice de 44,1% é considerado “de alerta”, e o de 46,55% é chamado de “prudencial”, ultrapassado no terceiro quadrimestre de 2018, quando registrou 47,22%.

 

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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