A meteorologia prevê a continuidade de pancadas de chuva em todas as regiões de Mato Grosso do Sul. A partir deste sábado, as instabilidades diminuem, mas os ventos se intensificam. Haverá maior variação de nebulosidade ao longo do dia. Pancadas de chuva e trovoadas ficam mais isoladas e se concentram na faixa oeste/norte, principalmente entre meados da tarde e início de noite.
No domingo, as temperaturas mínimas continuam a diminuir, mas a pouca nebulocidade e o aquecimento diurno aumentam as temperaturas máximas. Podem ser observadas pancadas isoladas de chuvas e trovoadas à tarde, no Noroeste do estado.
Na segunda-feira, dia de sol com poucas nuvens, podendo ocorrer pancadas isoladas de chuva à tarde, devido ao aquecimento diurno e a disponibilidade de umidade na região. Na terça-feira uma nova frente fria atinge o sul do esato provocando aumento de nebulosidade e chuvas.
VENDAVAL
Pelo menos 13 cidades tiveram prejuízos, por conta de temporais que ocorreram na tarde e na noite de quinta-feira (18), de cordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec/MS). O coordenador da área, coronel Fábio Catarineli, informou que foram afetados os municípios de Sete Quedas, Taquarussu, Ivinhema, Selvíria, Paranaíba, Aquidauana, Bataguassu, Anaurilândia, Três Lagoas, Itaquiraí, Porto Murtinho, Caracol e Paranhos.
“Nem todos vão decretar emergência. Em Aquidauana, caíram árvores. Em Paranhos, a informação é de que a área rural foi bastante afetada, inclusive com possibilidade de ter comprometido a estrutura de pontes em estradas vicinais.
Já Bataguassu, a 336 quilômetros de Campo Grande, próximo à divisa com São Paulo, foi bastante afetada, com ventos fortes que deixaram rastro de destruição na tarde de quinta-feira. “Foi aproximadamente 40 minutos de vendaval e depois mais 2 horas de chuva. Porém, os problemas foram causados pelo vento, a chuva foi bem calma”, explicou o empresário e morador do local, Tiago Apolinário.
A cidade ficou sem energia elétrica até o início da noite, pois houve rompimento dos fios de transmissão. Fachadas do comércio foram derrubadas pela força do vento e casas ficaram destelhadas. Diversas árvores caíram, situação que prejudicou o tráfego de veículos na BR-267, que liga o município a São Paulo.
EMERGÊNCIA
Por outro lado, três municípios tiveram situação de emergência reconhecida pelo governo do Estado, em razão dos estragos causados pelas fortes chuvas dos últimos dias. Decreto de reconhecimento foi publicado no Diário Oficial do Estado do dia 18 de outubro. Os municípios afetados são Caarapó, Bandeirantes e Jardim. A validade do decreto é de 180 dias. Neste período, o poder público poderá contratar serviços e empresas, sem a necessidade de abrir licitação nas áreas urbana e rural.
Voluntários também poderão ser convocados para campanhas de arrecadação de recursos, assim como poderá haver a necessidade de reunir outros órgãos estaduais sob a coordenação da Defesa Civil.
Conforme o decreto, “considerando que os municípios atingidos possuem economia baseada na agricultura familiar de pequenas propriedades rurais e que, em virtude dos acontecimentos meteorológicos registrados e da aproximação do período das chuvas, tem-se a necessidade urgente de sanar os danos sofridos, a fim de evitar empecilhos, principalmente, aos procedimentos básicos de atendimento à saúde e ao funcionamento das instituições de ensino, entre outros, de suma importância ao regular funcionamento de suas economias”.
Em Bandeirantes, pelo menos, três prédios públicos, entre eles um hospital, ficaram destelhados em razão de um temporal com ventos de 100 km/h que deixou 150 famílias desalojadas e 10 feridos.
Em Caarapó, a chuva afetou seis famílias, deixando um total de 24 pessoas desalojadas. Ruas e casas ficaram completamente alagadas, depois de chover quase 80% do esperado para o mês de outubro em apenas dois dias.
A Defesa Civil avalia decreto de situação de emergência em Iguatemi, Amambai, Tacuru e Paranhos.