Menos de 24 horas após ação social protagonizada pela Prefeitura de Campo Grande e associação de moradores, a sujeira e os moradores de rua voltaram a habitar o cenário no entorno da antiga rodoviária, no bairro Amambai, região central.
O Correio do Estado circulou pela região nesta manhã e voltou a flagrar lixo acumulado e moradias precárias construídas pelo usuários de drogas. Cerca de 20 deles estavam nas cercanias.
Ao Correio do Estado, Rosana Nely de Lima, presidente da Associação dos Moradores do Amabaí e síndica do prédio da antiga rodoviária, contou que a ação continuará, afim de prevenir o acúmulo de lixo ede moradores de ruas nasa cercanias.
"No primeiro dia de operação, a prefeitura retirou entulhos, ofereceram ajuda às pessoas dali. Mas essa ação vai ser constante, para que eles não voltem. Tínhamos mais de cem pessoas e esta noite não havia ninguém ali, então foi uma noite tranquila", disse ela.
Segundo ela, ainda, o objetivo é fazer com que as pessoas tenham acolhimento. "Vamos até onde a lei permite. Se essa ação continuar, a situação muda. Mas não queremos que o problema mude de lugar", disse.
O CASO
Foi a segunda somente nesta semana realizada no local, mas a primeira com o apoio do Executivo municipal.
Uma união de diversas secretarias municipais realizou, na manhã desta quarta-feira (21), uma ação de limpeza do espaço no entorno da antiga rodoviária, no bairro Amabaí, região central de Campo Grande, além de fazer o acolhimento dos moradores de rua que habitam a região.
No sábado (17), comerciantes e moradores já se reuniram no projeto "De Mãos Dadas com o Amabaí", realizando a limpeza de espaços degradados pelo grande número de moradores de rua.
"Direitos humanos são para todos, para eles (moradores de rua) e também nós, comerciantes, moradores, que buscamos a valorização de um bairro histórico para a cidade e que está se degradando a cada dia", disse Rosana.
Atualmente, segundo dados da associação, mais de 100 moradores de rua habitam as cercanias do prédio que já foi a rodoviária da Capital. "O objetivo é resgatr os investimentos. A cada dia mais imoveis estão sendo colocados à venda. O bairro precisa voltar a ser valorizado", completou.
Durante aação com a Prefeitura, Rosana reforçou que busca algum tipo de diálogo com entidades religiosas que realizam a distribuição de mantimentos aos 'habitantes' da antiga rodoviária. "As igrejas ficam doando comida, cobertor, isso gera sujeira e o acúmulo deles (desabrigados). Eles precisam ter essa conscientização", disse.