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CAMPO GRANDE

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Medida judicial permite entrada da Prefeitura em imóveis suspeitos de dengue

Na média, um em cada três locais vistoriados têm a suspeita confirmada

RAFAEL RIBEIRO

12/03/2019 - 12h48
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Integrantes da Coordenadoria de Controle de Vetores da Secretaria Municipal da Saúde abriram na manhã desta terça-feira (12), com decisão jucial, um imóvel em más condições de higiene suspeito de conter focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

O local, localizado na Avenida Calógeras, região central da Capital, foi descoberto pelos agentes em outubro e desde então vinha sendo tentado o contato com os proprietários para a entrada das equipes sem ser necessário instrumentos judiciais. O número de focos de dengue localizados não foram informados, já que demandam exames e análises para a conirmação da suspeita.

Segundo Rosana Mercado, supervisora geral na região central do CCV, os trabalhos nesse tipo começaram na última quinta-feira (7), logo após o Carnaval. Desde então, 170 imóveis foram abertos com a ajuda de um chaveiro para a varredura. Ou seja,  34 locais por dia. Desse total, em 52 foram encontrados e eliminados focos.

Na média, um em cada três locais vistoriados têm a suspeita de dengue confirmada.

"É nosso último recurso, quando não conseguimos encontrar o proprietário. E iremos continuar enquanto o alvará assim nos permitir", disse Rosana.

Não é só o Centro que terá a atuação do CCV. Por toda a cidade o trabalho de localização de possíveis focos do inseto foi realizado desde o ano passado. A expectativa é que cerca de 4 mil imóveis tenham de ser abertos na marra para a vistoria, diante da não localização ou pouca vontade dos proprietários.

EPIDEMIA

A entrada nos imóveis com alvará judicial dos agentes é mais uma arma adotada pela Prefeitura após o chefe do Executivo municipal Marcos Trad (PSD) decretar, no Diário Oficial de sexta-feira (8), situação de emergência.

De acordo com a publicação, a Secretaria Municipal de Saúde notificou 7.530 casos da doença em janeiro e fevereiro deste ano (dados atualizados até 1º de março), com 915 casos confirmados, uma morte e outra sob investigação.

Somente nos 28 dias de fevereiro, foram registrados 4.514 casos levando a uma média de mais de 160 notificações por dia. Conforme divulgado pelo Correio do Estado na quarta-feira, força-tarefa de combate ao mosquito Aedes aegypti encontrou 175 focos do mosquito transmissor da dengue em residências e terrenos baldios na região das Moreninhas, nos dias 2, 3, 4 e 5 de março.

No total, 396 imóveis onde havia os focos encontravam-se fechados.  Segundo balanço divulgado pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), mais de  3,5 mil imóveis foram inspecionados e 3,4 mil depósitos do mosquito eliminados. O Aedes transmite, além da dengue, zika e chikungunya.

“A preocupação fica ainda maior se considerado o risco de epidemia de outras doenças cujo vetor também é o Aedes Aegypti, como a Chikungunya e o Zika Vírus, apontado como causador da microcefalia”, justificou o prefeito na decisão, levando em conta que em fevereiro a chuva acumulada foi de 383,2 mm e o esperado era de 171,4mm, superando a média esperada em 123,57%, índices pluviométricos que favorecem a eclosão dos ovos.

O objetivo da publicação do um decreto sobre “estado de emergência” é a diminuir a burocracia para compra de insumos, além de despertar um estado de alerta na população sobre a gravidade do problema.  Este é o caso da medida sobre a dengue publicada no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) desta sexta-feira (8). O ato da prefeitura é decorrente das 7.530 notificações sobre a doença registradas do início do ano até agora na Capital.

“Nós estamos em uma fase sazonal e isso já é esperado. Temos que estar atentos para que o município possa imediatamente dar a resposta e controlar essa epidemia”, declarou ao prefeito Marcos Trad (PSD) ao comentar sobre o decreto.

Ainda segundo ele, “os insumos são usados mais frequentemente e essa reposição não pode esperar a formalidade burocrática da lei 866”.

Cidades

Pedidos de isenção da taxa do Enem podem ser feitos até sexta-feira

Solicitações devem ser feitas pela Página do Participante

22/04/2024 20h00

Reprodução: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Termina na próxima sexta-feira (26) o prazo para pedir a isenção de pagamento da taxa de inscrição para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os pedidos devem ser feitos pela Página do Participante, com o login único do Gov.br.

Têm direito a fazer o Enem de graça os alunos matriculados no 3º ano  do ensino médio em 2024, em escola pública, e quem fez todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada. Também podem ser beneficiados participantes do programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, e alunos de famílias de baixa renda – com registro no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).

O estudante que teve isenção no Enem 2023, mas não compareceu aos dois dias do exame, e quer participar da edição de 2024 gratuitamente precisa justificar a ausência. O prazo para a justificativa também encerra em 26 de abril.

O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (Prouni). Os resultados do Exame são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

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Greve Geral

Assembleia Geral define se professores da UFMS irão aderir à greve

Com 60% de docentes favoráveis, nesta terça-feira (21) Assembleia Geral irá decidir por meio de votação acerca da paralisação

22/04/2024 17h15

A seção convidou docentes filiados e não filiados ao sindicato, técnicos e estudantes para participar do evento que ocorre a partir das 8h, nas quatro unidades da UFMS Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Assembleia Geral convocada pelo sindicado dos professores (ADUFMS) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), definirá na manhã desta terça-feira (23), os caminhos com relação à greve dos profissionais da categoria.

A seção convidou docentes filiados e não filiados ao sindicato, técnicos e estudantes para participar do evento que ocorre a partir das 8h, nas quatro unidades da UFMS. Cada uma delas terá sua assembleia, levando em consideração pontos específicos conforme a demanda de cada campi. 

Conforme noticiado pelo Correio do Estado no dia 9 de abril, ficou definido pela manutenção do Estado de Greve, isto é, a paralisação dos profissionais da educação pode ocorrer a qualquer momento.

Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que iniciou a paralisação no dia 15 de abril,  52 universidades, 79 institutos federais (IFs) aderiram ao movimento em todo país.

A presidente da ADUFMS,  a professora  Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, explicou que os educadores estão pleiteando pelo reajuste salarial de 22% dividido em três parcelas (2024, 2025 e 2026). 

São cerca de 1.500 docentes na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, fora os aposentados.

"Temos uma carreira que não tem um percentual específico entre uma e outra, mas quando se trata do início de carreira do docente, ou um piso na educação superior isto representaria em torno de R$4.900,00, para um doutor em dedicação exclusiva, ou seja, não pode trabalhar em outro lugar", explicou Mariuza Aparecida.

Servidores técnicos-administrativos

O Ministério da Gestão e da Inovação esteve reunido com lideranças sindicais, na sexta-feira (19), e propôs o reajuste de 9% para os servidores técnicos-administrativos. Em Mato Grosso do Sul são 1.700 integrantes da categoria que estão em greve desde o dia 14 de março. 

A proposta de reajuste indicada foi de 9% para 2025 e 3,5 para 2026, deixando o ano de 2024 fora da rodada de negociações.

Algumas das demandas relacionadas ao plano de reestruturação de carreira foram acolhidas pelos representantes da pasta.

Além disso, ofereceram aumento nos benefícios que incluem:

  • Auxílio Alimentação;
  • Auxílio-creche
  • Auxílio-saúde

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sista-MS), está pleiteando o reajuste de 10,5% referente a 2024, e o mesmo valor referente aos dois anos seguintes. 

IFMS 


Além dos técnicos administrativos e professores da UFMS que representam (60%) favoráveis a adesão da greve, os profissionais do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e os servidores técnicos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) aderiram à greve. 

 

Os campi da IFMS paralisados pela greve dos professores e servidores técnicos são:

  • Campo Grande
  • Corumbá
  • Coxim
  • Dourados
  • Jardim
  • Naviraí
  • Nova Andradina
  • Ponta Porã
  • Três Lagoas

"Continuamos com os campus paralisados, ainda mais que o governo deu uma resposta insatisfatória na sexta. Na próxima quinta-feira nós vamos organizar a nossa assembleia. A expectativa, a grande expectativa, é que a contraproposta do governo seja rejeitada. Porque afinal de contas praticamente não atendeu em nada. Principalmente as reivindicações dos técnicos administrativos", explicou presidente do SINASEFE-MS e técnico administrativo Tiago Thomaz de Assis.

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