A manicure Julia Nantes de Oliveira, de 40 anos, morreu ontem (17) em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santa Mônica, em Campo Grande, com suspeita de H1N1. A vítima começou a passar mal no dia 11, passou por várias unidades de saúde, tentou vaga no Hospital Regional, mas não resistiu e morreu após sofrer parada cardiorrespiratória.
Segundo informações da mãe da vítima à polícia, Julia chegou em casa do trabalho no dia 11, terça-feira passada, com falta de ar e bastante gripada. No dia seguinte, ela teria ido trabalhar mas passou mal novamente e foi liberada do trabalho para ir ao médico.
Ela realizou exames na Unidade Básica de Saúde do Aero Rancho que resultou em anemia. A médica passou medicamentos e ela teve alta para ir para casa. Porém três dias depois, no dia 16, Julia estava bastante debilitada e a mãe contou que acompanhou a filha até o Hospital Regional, mas foi orientada a procurar o posto de saúde.
Finalmente Julia foi internada no dia seguinte na Upa Santa Mônica às 9h realizou os exames necessários e medicações, mas às 13h sofreu uma parada cardiorrespiratória. Foi reanimada, mas às 18h30 sofreu outra parada e não resistiu.
O Correio do Estado entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) sobre o caso, que disse que a suspeita de H1N1 está sendo investigada. A Sesau informou que a autorização para transferência para unidade hospitalar chegou a ser autorizada via vaga zero, mas devido ao estado grave de saúde da paciente que impedia a estabilização para remoção, não foi possível transferi-lá. Informou ainda que todos os protocolos clínicos foram corretamente adotados, desde o início do tratamento a partir da suspeita, bem como os procedimentos para estabilização e reanimação.
A reportagem também entrou em contato com o Hospital Regional sobre o não atendimento de Julia, relatado por sua mãe, mas até a publicação desta matéria não houve retorno.
Nas redes sociais, amigos e clientes de Júlia prestaram homenagens à vítima e frases de pesar aos familiares. A mulher trabalhava como manicure a cerca de 5 anos em salão de beleza da Capital que também prestou homenagem a funcionária.
ESTATÍSTICA
Conforme a Vigilância Epidemiológica, até ontem (17), 22 pessoas morreram por complicações da Influenza em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Corumbá, Três Lagoas, Aquidauana, Inocência, Rio Verde de Mato Grosso, Campo Grande, Porto Murtinho, Mundo Novo, Água Clara, Naviraí e Bonito.
RESFRIADO E INFLUENZA
O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, mas a febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal estar, dores musculares e dor de cabeça. Assim como na gripe, o resfriado comum também pode apresentar complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção.
O que popularmente ficou conhecida como "gripe A" é, na verdade, a gripe causada pelo vírus influenza A H1N1. Em 2009, o mundo enfrentou uma pandemia desta gripe, com grande repercussão na saúde das pessoas e
sobrecarga da rede de serviços de saúde. Outro vírus influenza A que também está circulando pelo mundo é o H3N2. A vacina contra a gripe protege tanto contra o H1N1 como contra o H3N2, além de também oferecer proteção contra influenza B.
*Matéria editada às 10h33 para acréscimo de informações
*Informações da SES