Cidades

CAMPO GRANDE

Em sete dias, 1,3 mil pessoas foram flagradas soltando pipa com cerol

Maioria das pessoas com material proibido são adultas, segundo secretaria de segurança

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A brincadeira usando a pipa desde sempre é uma das preferidas da criançada e nos últimos tempos pelos adultos que aproveitam indevidamente do período de quarentena para ocupar os gramados de Campo Grande. No entanto, a linha da pipa aliada ao cerol (cola feita com cacos de vidro) utilizada para 'cortar’ outras pipas no ar, já causou vários acidentes em pessoas e até em animais e o que era uma brincadeira de criança já acabou em acidentes graves. 

Em Campo Grande, a prática que vem aumentando devido à desobediência do isolamento social e a falta de aulas por conta da pandemia do novo coronavírus preocupa autoridades de segurança da Capital. 

Dados da Guarda Civil Metropolitana (GCM) apontam que em sete dias do mês de maio, foram flagradas 1.383 pessoas nas sete regiões da cidade,  soltando pipa com linhas de cerol e linhas chilenas, a maioria adultas, segundo a secretaria Municipal de Segurança do Município. 

Das pessoas flagradas, quatro foram encaminhadas a delegacia de polícia por se negar a entregar o material proibido. Durante o mesmo período, a Guarda Municipal apreendeu 680 linhas chilenas e pipas, que serão incineradas para não voltar às ruas.

No início do mês, o moto entregador Nilson Pereira  estava a caminho de casa quando no bairro Jardim Aero Rancho sentiu uma linha cortante no pescoço, ele tinha sido atingido pelo cerol. Em busca de ajuda, com uma das mãos, ele conseguiu estancar o ferimento e pilotou até o hospital Regional onde foi atendido. "Foi depois das 17h, tinha muitos marmanjos lá soltando pipa, quando percebi que fui atingido e estava sangrando muito, pilotei até o hospital Rosa Pedrossian onde fiquei internado por 3 dias, é uma coisa bem desagradável", disse. 

No último sábado (23), arara-canindé azul foi a 4ª ave ferida em Campo Grande por linha de cerol ou chilena. Ela foi atingida em uma das asas no bairro Aero Rancho e foi resgatada pelas equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA) para tratamento. 

Para o secretário de segurança do Município, Valério Azambuja, antes, os períodos de maior incidência em pipas com cerol era nas férias escolares de julho e dezembro. No entanto, com esse ano atípico por conta da pandemia e sem aulas, o que se tem observado nos últimos meses são adultos comprando linhas chilenas e promovendo campeonatos de pipas em locais públicos, causando aglomerações e colocando pessoas em risco de vida. 

“Primeiro, estão rescindindo crimes por estarem promovendo aglomerações de pessoas e colocando em risco a saúde pública. E não é só a questão das crianças por conta das aulas, mas há adultos também nessa prática. A Guarda Municipal vem trabalhando na fiscalização para se preciso multar e prender essas pessoas que estão fazendo uso irregular da pipa e acabar com as aglomerações em espaços públicos e campeonatos ‘sem noção’ com 30 à 40 pessoas”, disse. 

Ainda segundo Azambuja, não há problema em soltar pipa, o problema é utilizar de materiais perigosos e as pessoas que forem flagradas serão punidas. “È o crime de colocar em risco a vida das pessoas, se alguma pessoa acertar outra que vier a óbito, vai responder por homicídio e em caso de menores, pais vão responder pelos atos de seus filhos”, explicou.

Projeto de lei 

No dia 12 deste mês, os vereadores da Câmara Municipal aprovaram em regime de urgência, projeto de lei que reforça a lei de penalização para quem for flagrado soltando pipa com cerol ou linha chilena. O projeto é de autoria dos vereadores, André Salineiro (DEM) e Eduardo Romero (Rede). 

O projeto que altera a lei complementar nº 116/08, que foi modificada pela Lei 287/16, que proíbe a utilização de cerol ou qualquer outro material cortante nas linhas de pipas, ou similares sujeitos a multa de R$ 1 mil para quem for flagrado com o material. 

O projeto ainda está sob análise do prefeito Marcos Trad (PSD) que pode sancionar ou vetar a matéria. 

Cidades

Brasil fica entre os 10 países mais violentos do mundo em ranking; veja lista

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta

12/12/2025 21h00

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O Brasil está entre os 10 países mais violentos do mundo, de acordo com o Índice de Conflito da instituição Armed Conflict Location & Event Data (Acled), divulgado nesta quinta-feira, 11

A Acled é uma organização sem fins lucrativos e independente que monitora, avalia e mapeia dados sobre conflitos e protestos. Ela recebe apoio financeiro do Fundo de Análise de Riscos Complexos da Organização das Nações Unidas (ONU).

O ranking analisa a intensidade dos conflitos em todos os países do mundo com base em quatro indicadores: letalidade, perigo para civis, difusão geográfica e número de grupos armados.

Veja a lista:

1 - Palestina

2 - Mianmar

3 - Síria

4 - México

5 - Nigéria

6 - Equador

7 - Brasil

8 - Haiti

9 - Sudão

10 - Paquistão

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta. Os dados foram colhidos entre 1º de dezembro de 2024 e 28 de novembro de 2025.

O Brasil aparece na sétima posição, com um conflito classificado como extremo - atrás até da Ucrânia, que enfrenta uma guerra contra a Rússia desde 2022. Segundo o índice, nos últimos doze meses, o Brasil registrou 9.903 eventos de violência política - expressão usada pela Acled para definir o uso da força por um grupo com propósito ou motivação política, social, territorial ou ideológica, incluindo violência contra civis e força excessiva contra manifestantes, por exemplo.

Apesar do resultado negativo, o País caiu uma posição em relação ao levantamento do ano passado. A instituição aponta que a violência de gangues foi um dos fatores que alimentou os conflitos no Brasil.

O mesmo motivo se repete no Haiti, no México e, principalmente, no Equador, que subiu 36 posições em apenas um ano, com mais de 50 grupos armados envolvidos ativamente em atos de violência no período, incluindo quase 40 gangues. "Mais da metade dessas gangues estiveram envolvidas nos mais de 2,5 mil ataques contra civis", afirma a Acled.

Praticamente todas as pessoas na Palestina foram expostas à violência, o que fez do território o pior classificado na lista. "A Palestina também apresenta o conflito geograficamente mais difuso, o que significa que a Acled registra altos níveis de violência em quase 70% da [Faixa de] Gaza e da Cisjordânia", disse a organização. Em letalidade, a região só perde para a Ucrânia e o Sudão. Em segundo lugar no ranking geral está Mianmar, seguido por Síria, México e Nigéria.

No geral, os conflitos se mantiveram em níveis estáveis ??nos últimos 12 meses, com 204.605 eventos registrados no período, contra 208.219 eventos no levantamento anterior. "Esses eventos violentos resultaram - em uma estimativa conservadora - em mais de 240 mil mortes", aponta a Acled.

O ranking é feito com base em dados coletados quase em tempo real pela organização, em mais de 240 países e territórios, ao longo dos 12 meses anteriores à análise.

A Acled também listou 10 países e regiões que, segundo suas projeções, enfrentarão conflitos armados, instabilidade política e emergências humanitárias em 2026. Entre eles estão a América Latina e o Caribe, devido à crescente pressão dos Estados Unidos na região, o que pode alimentar uma maior militarização da segurança e da violência no ano que vem.
 

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POLÍCIA

Suspeito de furtar condomínios de luxo é preso em Campo Grande

Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão

12/12/2025 18h15

Divulgação: Polícia Civil

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A Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) prendeu, na manhã de quinta-feira (11), um indivíduo responsável por uma sequência de tentativas de furtos em condomínios residenciais de Campo Grande. A ação das autoridades interrompeu a onda de invasões que vinha assustando moradores de diferentes bairros da Capital.

O suspeito, de 20 anos, já possui extenso histórico de práticas de furtos, inclusive qualificadas e em tentativa, além de outras ocorrências criminais registradas ao longo dos últimos anos. Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão.

As imagens, nítidas e detalhadas, captaram o momento em que o suspeito escalava a muralha do residencial, tentando vencer a cerca elétrica e chegando, inclusive, a tomar um choque ao tentar romper a barreira de proteção.

Em outro episódio, o mesmo autor foi flagrado dentro do terreno de uma residência de outro condomínio, fato igualmente tratado como furto qualificado tentado.

Com a identificação e o histórico criminal reiterado, a DERF empreendeu investigações que resultaram na prisão do suspeito nesta quinta-feira, retirando de circulação um dos autores de furtos mais contumazes da região.

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