Cidades

ATENDIMENTO ESPECIALIZADO

Mães protestam juntas em defensoria contra substituição de professores

Medida foi debatida hoje em audiência pública

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Após o anúncio da substituição de professores da categoria Auxiliar Pedagógico Especializado (APE) por assistentes educacionais divulgada pelo Município de Campo Grande, na semana passada,  a Defensoria Pública instaurou um procedimento de apuração preliminar e convocou audiência pública nesta terça-feira. 

Mães e professores compareceram e  protestaram em meio a audiência diante da medida da Secretaria Municipal de Educação, através da Prefeitura de Campo Grande. Ao todo, segundo a própria Semed,  a rede municipal de ensino possui hoje cerca 2,5 mil alunos com deficiência que tinham acompanhamentos com profissionais (APEs) e serão assistidos por profissionais substitutos. 

Marcia Alves Batista, de 41 anos, é mãe da Mariana que tem paralisia cerebral, e disse ao Correio do Estado que a filha tem acompanhamento com APE desde a pré-escola e teme pelo aprendizado da menina. “Eu estou com muito medo dela regredir, ela já tinha conquistado muita coisa, eu estou muito preocupada, ontem mesmo ela não foi na escola, porque eu cheguei lá e não tinha ninguém para acompanha-lá, assinei até uma ata na escola. Eles estão conseguindo o que queria, sucatear a educação”, disse. 

Querendo respostas por ser demitida repentinamente, Jane dos Santos Borges, de 41 anos, é APE e antes de voltar às aulas foi comunicada pelo telefone que não fazia mais parte do quadro de profissionais da escola. “A gente está se sentindo um lixo, porque todos nós nos especializamos, porque a Semed exigiu a especialização em cursos e quando saímos de férias assinamos o contrato, quando iamos retornar, recebemos a ligação da diretora simplesmente dizendo que fomos excluídas. Se estão achando que é só empurrar a cadeira de um aluno, empurrar qualquer um faz, mas não é assim, tem todo um trabalho. Um dos meus alunos me mandou um áudio chorando pedindo para eu não abandonar ele, só quero saber porquê fizeram isso ”, contou. 

Para o defensor público Mateus Augusto Sutana e Silva, o objetivo da audiência é democratizar a informação e buscar dados em situação que leve a conclusão da existência ou não de prejuízo na substituição dos professores. "A gente percebeu o anseio da sociedade por respostas e achou muito interessante que se investigue, a audiência pública é um meio muito importante na obtenção de provas, a partir dali nós vamos delinear e no prazo de cinco dias sai a conclusão da audiência no diário oficial e outras medidas serão tomadas, então a gente continua a apuração porque tem todo um caminho para aferir se houve ou não algum tipo de lesão aos alunos da rede municipal de ensino”, disse. 

Representando a Associação de Mulheres com Deficiência de Mato Grosso do Sul (AMDEF/MS), Mirella Ballatore, disse que é necessário se colocar no lugar do outro. “Eu não vim aqui discutir lei, até porque a prefeitura tem amparo quanto a isso, eu vim para falar de amor ao próximo, porque isso que está acontecendo interfere no presente e no futuro dessas crianças e temos que pensar também nos profissionais capacitados”, contou. 

OUTRO LADO
Superintendente da Gestão das Políticas Educacionais da Semed, Waldir Leonel, relatou durante a audiência que as notícias relacionadas a substituição dos profissionais foram equivocadas e que o município cumpre com a lei. “Qualquer pessoa que tenha nível médio pode acompanhar os alunos, conforme a lei, e isso já acontece em outras capitais, eu mesmo fiz o comparativo”, disse o Leonel. 

Sobre o comparativo com outras capitais do Brasil, o superintendente destacou que o Estado de São Paulo não oferece nem o profissional AEI para as crianças com deficiência. “Estamos a frente de outras capitais, o profissional AEI não chegou na semana passada, desde o ano passado eles estão atuando na rede municipal e já havia excedido o cadastro reserva, por isso precisávamos abrir  o processo seletivo”, finalizou. 

Em entrevista ao programa da rádio Mega 94, o prefeito Marcos Trad (PSD) disse que a substituição não foi de forma irresponsável. "Todos os profissionais foram aprovados, estão capacitados, estão querendo menosprezar o título desses que passaram no concurso, muitos são competentes, o processo seletivo foi acompanhado por auditoria, não admito que chamem esses profissionais menos qualificados do aqueles que estavam. Repito participaram dos processos seletivos e o título estão a frente daquele que estão reclamando", finalizou. 

Trilha de Hermes

Operação investiga grupo criminoso que matou informante da polícia

O homem identificado como colaborador policial era Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que se encontrava sob monitoramento eletrônico

04/12/2025 17h45

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie Divulgação: Polícia Civil

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A Operação Trilha de Hermes, deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON) e da Delegacia Regional (DRP) de Naviraí, investiga a morte de Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que era monitorado com tornozeleira eletrônica. O homem foi identificado por um grupo criminoso como sendo um informante da polícia.

Por este motivo, Aldevan foi sequestrado pela quadrilha e possivelmente morto, de acordo com a Polícia Civil, perdendo o sinal de seu equipamento na área rural de Itaquiraí, de onde partiram as investigações.

A DEFRON e a DRP de Naviraí identificaram uma estrutura organizacional criminosa armada, com estruturada cadeia de comando e divisão de tarefas. As prisões temporárias e a busca domiciliar em desfavor dos suspeitos ocorreram durante a terça (2) e quarta-feira (3).

A Operação Trilha de Hermes resultou no cumprimento de cinco mandados de prisão temporária, duas prisões em flagrante, além da apreensão de veículos de alto valor, armas, munições, dinheiro em espécie e diversos outros objetos.

A quadrilha criminosa é investigada pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. As investigações prosseguem para apuração de outros envolvidos e para localização de ativos financeiros que o grupo criminoso auferiu durante sua atividade ilícita.

Balanço

No primeiro dia, foram realizados o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária e o cumprimento de 12 mandados de busca domiciliar. A operação ocorreu nas cidade de Itaquiraí, Naviraí e Porto Velho (RO), onde um dos alvos estava no momento da operação.  Duas pessoas foram presas em flagrante pelo crime de posse de arma de fogo e de munições. 
 
Já na quarta-feira, foram realizadas diligências em áreas rurais, com o cumprimento do mandado de prisão de um dos alvos que se mantém foragido. As autoridade utilizaram os meios de locomoção fluvial e aéreo para esta etapa da operação, com apoio do Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA).
 
Ao todo, a operação resultou no cumprimento da prisão de sete pessoas, entre elas os três líderes do grupo, apreensão de armas, munições, seis veículos de alto valor, dez celulares, R$ 8 mil em espécie e documentos a serem analisados.

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Cidades

Polícia barra contrabando na entrada de Campo Grande

Ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras

04/12/2025 17h30

Foto: Divulgação / Policia Civil

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A Policia Civil por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Dracco) interceptou 4 caixas grandes de óculos, 2 pneus de caminhão, bolas de pneus e 12 caixas de cigarros, fiscalização realizada na  Avenida Gunter Hans, saída para Sidrolândia na manhã desta quarta-feira (3).  

A ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras e combate ao contrabando e descaminho no Estado, mercadoria encontrada em uma Fiat/Doblo. 
O material apreendido foi encaminhado diretamente à sede da Polícia Federal de Campo Grande.Dois indivíduos foram conduzidos em flagrante.

A ação faz parte da 3ª etapa da Rede Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), iniciativa nacional de enfrentamento ao crime organizado.

Em todo o país, a organização e preparação da operação envolve ao menos 18 ações estratégicas, que abrangeram desde o encaminhamento de demandas originadas na reunião de alinhamento até a preparação de sistemas e o treinamento de usuários.

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