Cidades

PESQUISA

Luz do sol "mata coronavírus rapidamente", dizem cientistas

Estudo norte-americano aponta que os raios UV danificam o material genético do agente

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Pesquisa conduzida por cientistas do Department of Homeland Security (DHS) dos Estados Unidos revela que a radiação presente na luz solar, aliada com altos índices de umidade, pode “matar rapidamente” o novo coronavírus em alguns tipos de superfícies. O estudo ainda não foi publicado, mas anunciado nessa quinta-feira (23) pela Casa Branca em coletiva de imprensa.

Segundo informações do jornal Dailymail, o assessor de ciência e tecnologia do DHS, Bill Bryan, afirmou que os raios UV danificam o material genético do agente causador da Covid-19, dificultando a reprodução.

Vírus foram lançados no ar com aerosol. Quando expostos à luz solar simulada, eles rapidamente morreram. Sem a intervenção, não houve redução na quantidade de coronavírus presentes nas gotículas no período de uma hora.

Conforme excertos de um artigo científico divulgado na semana passada, e republicados hoje pelo Dailymail, os cientistas chegaram às seguintes conclusões: os vírus vivem mais em condições de baixa umidade e tornam-se inativos mais facilmente em ambientes úmidos; vírus vivem mais em temperaturas baixas e tornam gradativamente inativos à medida que a temperatura sobe; a luz do sol “destrói o vírus rapidamente”.

A pesquisa também apontou que o vírus tem maior estabilidade quando a umidade alcança 20% e começa a se desestabilizar a partir dos 40%.

Os pesquisadores alertam que o sol afeta a proliferação do agente patológico nas superfícies e ainda não há qualquer tipo de evidência que expor pacientes contaminados à radiação UV poderia curá-los, mas o contrário: provocar câncer de pele.

Alguns hospitais norte-americanos já usam radiação UV na descontaminação de espaços. O próximo passo do DHS será desenvolver uma equação para apontar as combinações ideais de temperatura e umidade para acabar com o coronavírus.

FRIO E COVID-19

Pesquisadores chineses já haviam levantado a hipótese de que o novo coronavírus age com mais dificuldade em países quentes e úmidos, conforme divulgou o Correio do Estado no começo do mês.

Foi analisado o contágio tanto na Ásia como Europa no período em que as autoridades ainda não haviam tomado qualquer atitude para isolar a população, já que o objetivo era notar como o vírus se comporta em situações naturais de convívio.

Eles identificaram que países como Singapura, Tailândia, Malásia tiveram quantidade diária de novos casos confirmados da Covid-19 abaixo de um. Os termômetros nessas localidades oscilavam entre 30ºC e 36ºC.

Já a Itália, que tem uma das maiores incidências do novo coronavírus, estava no fim do inverno, com os termômetros marcando entre 6ºC e 12ºC.

Os pesquisadores compararam os resultados com o comportamento de outros agentes patológicos já conhecidos, como o Influenza, e observaram que esse tipo de organismo se espalha com mais facilidade em ambientes frios e apontaram dois possíveis motivos para isso.

Um deles seria que os vírus são mais estáveis em baixas temperaturas, além das gotículas expelidas por pessoas contaminadas permanecerem mais tempo no ar seco do que úmido. O segundo seria o enfraquecimento da imunidade dos hospedeiros na estiagem e frio, tornando-os mais suscetíveis a ficarem doentes.

Fiscalização

Sefaz-MS envolve ícone global da joalheria em possível fraude milionária

Designer Ara Vartanian e advogado Augusto de Arruda Botelho, pedem à Justiça para impedir inquérito criminal sobre subfaturamento de joias em Mato Grosso do Sul

13/12/2025 05h00

Ícone global da joalheria, Ara Vartanian

Ícone global da joalheria, Ara Vartanian Site oficial/reprodução

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O economista e joalheiro Ara Vartanian, sócio da Avartanian Comércio Ltda., ingressou com habeas corpus na Justiça de Mato Grosso do Sul para barrar a abertura de inquérito policial no qual poderá ser investigado por fraude tributária contra o fisco estadual.

O fisco sul-mato-grossense flagrou, em 1º de outubro deste ano, a empresa de Vartanian enviando joias com valor subfaturado para Cuiabá (MT). Na nota fiscal do carregamento, constavam 126 peças de joias avaliadas em R$ 1,9 milhão, mas, após contagem física realizada por auditores tributários da Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul, verificou-se que o carregamento, na verdade, continha 248 peças de joias de alto padrão, avaliadas em R$ 22,6 milhões.

Para piorar, a empresa em Cuiabá que seria o destino das joias, a Fernando S. Perez Lerez Ltda., não possuía em seus registros qualquer vínculo com o comércio de joias ou de metais preciosos. A atividade principal da empresa é o comércio de móveis e, a secundária, a representação comercial.

Diante da constatação dos auditores tributários de Mato Grosso do Sul, a nota fiscal foi considerada inidônea. A Avartanian tentou, 12 horas após a apreensão, utilizar uma nova nota fiscal, desta vez com a discriminação correta dos produtos, mas já era tarde demais.

Em novembro último, o superintendente de Administração Tributária da Sefaz-MS, Bruno Gouveia Bastos, enviou notícia-crime à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações Falimentares e Fazendários (DEDFAZ), da Polícia Civil, para a abertura de inquérito criminal pela prática de crime tributário.

“Sobreleva ressaltar que os atos e fatos caracterizadores da infração tributária de que decorre a notícia-crime ultrapassam, em termos de gravidade, as fronteiras da própria infração, porquanto se tratam de evidências de fraude e de ilícitos fiscais tributários que adentram o campo do crime contra a ordem tributária”, argumentou o superintendente.

No mesmo documento, Bastos pede que a Polícia Civil desvende a real natureza e a finalidade da operação envolvendo o transporte das joias e identifique os partícipes envolvidos — inclusive eventuais beneficiários ocultos — na suposta fraude e nos possíveis ilícitos fiscais tributários.

O superintendente ainda solicitou que a Polícia Civil apure a possível existência de outros atos ou fatos da mesma natureza, ou até mesmo a ocorrência de um “esquema estruturado”.

Assinatura do pedido

O habeas corpus ajuizado por Ara Vartanian é assinado pelo advogado Augusto de Arruda Botelho, que ganhou notoriedade por integrar o Grupo Prerrogativas, formado por advogados de viés progressista.

Mais recentemente, Botelho voltou ao noticiário após viajar no mesmo jatinho que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli para Lima, no Peru, onde ambos assistiram, no mês passado, à final da Copa Libertadores da América entre Palmeiras e Flamengo.

A final ocorreu poucos dias antes da decisão de Toffoli de concentrar em seu gabinete as decisões para ampliar o sigilo da investigação da Polícia Federal sobre fraudes de bilhões de reais no Banco Master. Botelho é advogado de um dos envolvidos na investigação.

No caso do designer de joias Ara Vartanian, Botelho pede que a investigação sequer seja aberta pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Ele ancora seu pedido na Súmula Vinculante nº 24, que estabelece que crimes contra a ordem tributária somente se consumam com a constituição definitiva do crédito tributário, o que, segundo ele, não seria o caso da notícia-crime.

Por isso, no pedido de habeas corpus, Botelho alega que seu cliente foi submetido a constrangimento ilegal. O pedido foi distribuído ao Núcleo de Garantias da comarca de Campo Grande. Ainda não houve decisão.

O joalheiro

Ara Vartanian é um dos nomes mais respeitados e reconhecidos da joalheria contemporânea brasileira, com projeção internacional. Fundador da marca que leva seu nome, ele construiu uma assinatura própria ao romper padrões tradicionais da alta joalheria, criando peças autorais marcadas por design arquitetônico, inovação estética e uso ousado de gemas.

Seu trabalho ganhou destaque mundial especialmente pela releitura dos anéis de diamantes negros e pelo uso de cortes e cravações não convencionais, que ajudaram a reposicionar a joalheria brasileira no circuito global de luxo.

Formado em joalheria em instituições internacionais e herdeiro de uma tradição familiar no setor, Ara Vartanian transformou o ateliê em São Paulo em um laboratório criativo que dialoga com arte, moda e arquitetura. Suas joias são usadas por celebridades e vendidas em mercados estratégicos como Estados Unidos, Europa e Ásia, consolidando sua reputação como referência global em alta joalheria autoral.

Mais do que criar peças, Ara é visto como um inovador que ampliou os limites estéticos da joia, tornando-se um ícone da joalheria contemporânea.

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Cidades

Petroleiros mantêm início da greve nacional dos petroleiros para a segunda-feira, 15

A Petrobras diz que respeita o direito de manifestação dos empregados

12/12/2025 22h00

Crédito: Fernando Frazão / Agência Brasil

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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos reafirmaram nesta sexta-feira, 12, que está mantida a deflagração de uma greve nacional a partir da zero hora de segunda-feira, 15. A Petrobras disse que segue aberta à negociação.

A decisão foi tomada na última quarta-feira, após a apresentação, pela companhia, de uma segunda contraproposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), considerada insuficiente pelas entidades que representam a categoria. O comunicado de greve foi enviado à empresa nesta sexta.

A Petrobras diz que respeita o direito de manifestação dos empregados e, em caso de necessidade, adotará medidas de contingência para a continuidade de suas atividades.

Divergência

A FUP diz que o ACT não avança nos três pontos centrais discutidos desde o início das negociações e, por isso, os sindicatos notificarão nesta sexta a empresa sobre a paralisação A agenda de reivindicações inclui os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras.

A FUP e seus sindicatos afirmam que, além de não apresentar respostas conclusivas sobre o tema, debatido há quase três anos com o governo e entidades de participantes, a Petrobras não trouxe soluções consistentes para outras pendências acumuladas durante o processo de negociação.

A proposta de aprimoramento do plano de cargos e salários e garantias de recomposição sem aplicação de mecanismos de ajuste fiscal e o fortalecimento da Petrobras são os outros dois pontos que motivam a paralisação.

Desde a quinta-feira, um acampamento foi montado em frente ao prédio da Petrobras no Rio de Janeiro. A estatal diz manter um "canal de diálogo permanente com as entidades sindicais, independentemente de agendas externas ou manifestações públicas promovidas".

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