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Justiça absolve uma e condena cinco travestis pela morte de 'Paola Bracho'

Crime aconteceu em março de 2017 em Dourados

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Seis travestis envolvidas na morte de Marciano Ferreira dos Reis, de 40 anos, a travesti “Paola Bracho” foram julgadas ontem no tribunal do júri, em Dourados. Cinco delas foram condenadas e Leandro Daniel da Silva Sena, com nome social de "Vanessa" foi absolvida.

Conforme sentença, Alex Martins Joaquim, a "Rahine", foi condenada a 15 anos e seis meses de prisão. Já as demais identificadas como Gleison Venilson da Silva Martins, a "Kimberly", Jullyan Luccyan de Oliveira Mendes, "Julia Maravilha" e Marcelo Flávio Gomes Pinheiro, "Rakelly Gomes” foram condenadas há 14 anos e seis meses de prisão. Matheus Elias Camargo Júlio, a "Ana Júlia Pugliesi”, foi condenada a13 anos e seis meses de prisão.

O juiz César de Souza Lima entendeu que as autoras tiveram no crime a “culpabilidade acentuada com preparo anterior, com alta reprovabilidade; motivos ruins por disputa de ponto de prostituição, circunstâncias comuns; personalidade e conduta social sem apuração”.

Ainda de acordo com os autos, como as acusadas não têm moradia e nem emprego fixo, cumprirão a pena em regime fechado, uma vez que, soltas poderão cometer outros crimes. Conforme relatado, a acusada Rahine ameaçou de dentro do presídio, testemunhas que presenciaram o crime, fato que levou a entender que as autoras devem permanecer reclusas.

Conforme publicado pelo Portal Correio do Estado no ano passado, Ana Júlia Pugliesi, tentou assassinar, com pedaço de vidro, um detento da Penitenciária Estadual de Dourados, no dia 24 de novembro de 2017, por ser primo de Paola Bracho. Durante a madrugada, Ana Júlia também teria tentado jogar água fervendo na vítima, mas foi impedida por outros presidiários.

Todas as acusadas pelo crime aguardaram o julgamento no presídio de Dourados. Após a divulgação da condenação, as cinco autoras recorreram a sentença. 

O CRIME

Travesti 'Paola Bracho foi assassinada com pelo menos 17 golpes de faca e espancada, no dia 22 de março do ano passado, na Rua João Cândido do Câmara, no Jardim Central, em Dourados.

No dia do crime, as travestis envolvidas foram conversar com Paola. Elas estavam armadas com facas, barra de ferro e partiram para o ataque. 'Paola' foi assassinada com facadas, sendo 14 delas nas costas e três nos pescoço, segundo a polícia.

Ainda de acordo com declarações feitas à polícia, no momento em que 'Paola' era atacada, as testemunhas correram e se esconderam. Distantes, observaram que o grupo havia fugido em automóvel Fox e, em seguida, acionaram socorristas. No entanto, 'Paola' morreu ainda no local do crime.

Na época, testemunhas disseram que disputa por ponto de prostituição pode ter sido o motivo do assassinato. 

Cidades

Fake news e outras 4 ameaças geram risco para onças-pintadas no Pantanal

Divulgação de falsos ataques acabam gerando preocupação em moradores de áreas como Corumbá, Ladário e comunidades ribeirinhas

16/04/2024 15h33

Guilherme Pimentel/IHP

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Durante o 1º Seminário Estratégias de Ações Integradas para Conservação de Felinos, realizado no Centro Sebrae Pantanal, em Corumbá (MS), nesta segunda-feira (15), pesquisadores e representantes de forças policiais e de fiscalização traçaram um mapa de ações para proteção de onças.

Entre os critérios identificados que geram ameaças para esses animais, com reflexo na biodiversidade, está a disseminação de fake news mostrando ataques inexistentes de onça-pintada em seres humanos. Esse tipo de ocorrência acaba gerando mais temor em populações que vivem no Pantanal e incentivando a caça ilegal.

De acordo com o encontro, as ameaças aos felinos, principalmente a onça-pintada, causa impacto direto nos setores econômico e social, por conta do turismo e da pecuária que estão ligados à coexistência da espécie em território pantaneiro. O evento foi promovido pelo IHP, por meio do programa Felinos Pantaneiros, e teve apoio da GM, do Sebrae/MS e do Hotel Nacional.

O avistamento de onças-pintadas ocorre em áreas próximas a Corumbá e Ladário, por exemplo, bem como em comunidades ribeirinhas que ficam ao longo do rio Paraguai.

A abertura do seminário foi feita pelo presidente do IHP, Ângelo Rabelo. No total, participaram 25 pessoas, entre elas representantes da Polícia Civil, como os delegados Iago dos Santos e Fabrício Dias dos Santos (delegado Regional); da Delegacia da Polícia Federal em Corumbá, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar Ambiental, com o major Diego da Silva Rosa, subcomandante da PMA, e capitão Jorge Júnior; e do IBAMA. Entre os pesquisadores, estiveram presentes Rafael Hoogesteijin, do Panthera; Rogério Cunha, coordenador do CENAP/ICMBio; Fábio Souza da Silva, Onçafari; e Diego Viana, pesquisador associado do IHP.

O subcomandante da PMA, major Diego Rosa, reforçou que o policiamento e a ciência precisam estar juntas para combater a desinformação envolvendo a onça-pintada. As chamadas fake News podem ocasionar ações criminosas ao criar temor nas pessoas. “O policiamento da PMA vem buscando alinhar as ações de rotina com o conhecimento técnico e científico que existem disponíveis para termos resultados positivos para a conservação do Pantanal. Temos diferentes desafios, como a caça ilegal, mas também combater as fake News, que propagam uma ideia errada do que representa a onça e gera um temor que não precisa existir. Temos a missão de gerar orientação para a população atuar em conjunto.”

Servidora do Ibama/Prevfogo, Thainan Bornato reconheceu que o órgão federal em Corumbá recebe diferentes denúncias e o trabalho com educação ambiental deve ser fortalecido. “A gente enxerga o potencial que a onça tem para o Pantanal porque ela é uma espécie guarda-chuva, ela é importante para a conservação de outras espécies. Corumbá e Ladário têm um grande potencial e podemos ser exemplo de convivência harmoniosa realizando ações de educação ambiental e agindo conjunto na fiscalização.”

A coordenadora do programa Felinos Pantaneiros do IHP, Mariana Queiroz, pontuou que o encontro abriu caminho para vários trabalhos conjuntos. “Listamos algumas ameaças que a espécie sofre e, a partir disso, discutimos medidas para haver integração entre instituições e buscar a conservação com um impacto positivo que vai ser direcionado para a biodiversidade, para a economia e para o social.”

No debate estiveram discussões que envolvem ações para mitigar os atropelamentos em rodovias, combater a caça ilegal e o tráfico de partes do corpo da onça-pintada, atuar para eliminar a prática de ceva, agir para reduzir fake News que divulgam erroneamente ataques de onças a seres humanos e promover a espécie como um ativo para o Pantanal estão na lista de ações a serem desenvolvidas.

Referência mundial na pesquisa sobre coexistência entre grandes felinos e o ser humano, Rafael Hoogesteijin, do Panthera, exemplificou que diante de tantos desafios, só um trabalho conjunto para garantir resultados futuros. “Este evento foi de grande importância para reunir polícias, pesquisadores e demonstrar que todos têm interesse em resolver o conflito.”

O delegado Regional de Corumbá da Polícia Civil, Fabrício Dias dos Santos, exemplificou que ações coordenadas entre instituições devem gerar resultados favoráveis para a conservação. “A gente recebeu novos conhecimentos e informações valiosas para atuar na conservação dos felinos e do Pantanal. O tráfico de partes do animal é um problema hoje e parcerias como com o IHP e outras instituições vão auxiliar nesse monitoramento. A Polícia Militar Ambiental e a Polícia Federal também atuam nesse trabalho.”

O IHP, que organizou o seminário, pontuou que outros encontros vão ser organizados para aprimorar a inter-relação entre as instituições públicas e as organizações que desenvolvem pesquisa sobre o comportamento dos felinos.

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TROCA DE COMANDO

Diretor-presidente da Agetran é exonerado após sete anos no cargo

Janine de Lima Bruno pediu para deixar da pasta

16/04/2024 13h15

Janine de Lima Bruno foi exonerado a pedido da Agetran Foto: Arquivo

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O engenheiro civil Janine de Lima Bruno foi exonerado do cargo de diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran). Ele assumiu o cargo na gestão do então presidente Marquinhos Trad e deixa a Pasta após sete anos.

A exoneração foi publicada em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande dessa segunda-feira (15), a pedido do próprio Janine.

No lugar dele, assume a função de diretor-presidente o contador Paulo da Silva, que estava no comando da Fundação Social do Trabalho (Funsat).

Também no Diário Oficial, foi publicada a exoneração dele, a pedido, do cargo de diretor-presidente da Funsat e a nomeação para o mesmo cargo na Agetran.

Mudanças

No dia 5 de abril, quatro chefes de pastas municipais também foram exonerados, sendo um secretário, dois subsecretários e uma diretora-presidente, em Campo Grande.

Todos foram exonerados a pedido, sendo Adelaido Vila, titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Agronegócio e Tecnologia (Sidagro); Maicon Nogueira, titular da Secretaria Municipal da Juventude (Sejuv).

Também foram exonerados o subsecretário de Articulação Social e Assuntos Comunitários, Francisco Almeida Teles, e a diretora-presidente do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), Camilla Nascimento de Oliveira.

Nestes casos, a motivação da "demissão" são as eleições municipais deste ano, que ocorrem em outubro. Eles devem concorrer a uma vaga de vereador.

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