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Itália tem segunda morte por coronavírus

Na cidade de Codogno, onde foi identificado o primeiro paciente em estado crítico, a avenida principal está vazia

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Autoridades de 12 cidades no norte da Itália começaram a tomar medidas restritivas neste sábado, 22, após o país contabilizar a segunda morte por coronavírus em meio ao crescente número de infectados que não tinham vínculos direto com a origem do vírus. Ao todo, 25 pessoas estão infectadas.

Os contágios secundários levaram as autoridades locais nas cidades da Lombardia e Veneto a pedirem que escolas, empresas e restaurantes fiquem fechados e que eventos esportivos e missas fossem cancelados. O prefeito de Milão, a capital comercial da Itália, manteve os escritórios públicos fechados.

Centenas de pessoas que entraram em contato com mais de 25 pessoas que estiveram em contato com pessoas infectadas estão isoladas, aguardando resultados dos testes, enquanto equipes montam um acampamento em frente a um hospital fechado em Veneto para rastrear a população.

Na cidade de Codogno, onde foi identificado o primeiro paciente em estado crítico, a avenida principal está vazia, com supermercados, restaurantes e empresas fechadas. As poucas pessoas nas ruas estavam usando máscaras, que já estão em falta nas farmácias.

"Até o momento, sete casos foram relatados na região de Veneto, incluindo o de um homem de 78 anos que morreu ontem", disse o prefeito da cidade, Luca Zaia. Alguns dos infectados estavam relacionados ao homem que morreu.

Zaia disse que o contágio mostrou que o vírus é transmitido como qualquer outra gripe, e que tentar identificar uma única fonte de infecção ou links diretos com a China não é mais eficaz.

As autoridades estão pedindo calma, mas reconhecem que o número é alarmante, dado os contágios secundários. O primeiro homem a ser confirmado como infectado em Lombardia se encontrou com alguém que retornara da China em 21 de janeiro, mas permanece sem sintomas. O homem infectado trabalhava em uma fábrica da Unilever perto de Codogno, e mais de 100 de seus colegas estão sendo mantidos isolados enquanto aguardavam os resultados dos testes.

 

Oriente Médio

Em Terãa, no Irã, dez novos contágios por coronavírus foram confirmados. Dentre elas, uma pessoa morreu, totalizando cinco vítimas fatais do vírus no país e elevando o número ofical de contagiados para 28. O porta-voz Kianush Yahanpur afirmou que a maioria dos casos detectados nos últimos dias são residentes da Qom ou cidadãos que viajaram recentemente para lá. Ele recomendou, portanto, que as pessoas não viajassem para as cidades afetadas e que suas mãos fossem lavadas com frequência, além de outras medidas. É importante dizer que Qom é a sede do santuário de Fatemeh Masumeh, irmã do oitavo imã xiita Reza, e grandes seminários xiitas, gerando, assim, um grande número de visitantes.  

O porta-voz também observou que até agora há 785 casos suspeitos entre as milhares de pessoas que vieram aos centros de saúde por medo de serem infectadas. O gotejamento do contágio tem sido constante desde que o Ministério da Saúde da última quarta-feira, 19, anunciou que duas pessoas haviam morrido do coronavírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou ontem preocupação com o progresso do COVID-19 no Irã e indicou que está investigando "a extensão da epidemia, seus meios de transmissão e o potencial para novos casos nos próximos dias"

Para tratar o vírus, as autoridades iranianas criaram uma sede de combate e prevenção COVID-19 e montaram 170 hospitais. Embora algumas universidades e escolas tenham cancelado certos programas e campos, há críticas crescentes e demandas para que escolas e lugares religiosos sejam fechados, pelo menos em Qom./AE, EFE

 

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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