Cidades

PARQUÍMETRO

Nova 14 de Julho não terá cobrança de estacionamento

Prefeitura e FlexPark estão em pé de guerra por equipamento mais moderno e reajuste de tarifa

Continue lendo...

A Rua 14 de Julho está pronta para a inauguração da revitalização de um trecho de 1,4 quilômetro, no centro de Campo Grande, nesta sexta-feira (29). Da rua antiga, com calçada estreita, quase nada permaneceu, apenas os estabelecimentos comerciais. Quem ficará de fora da festa de reinauguração e que, por concessão, poderia estar presente são os parquímetros.

Impasse envolvendo prefeitura e a Metropark, que administra a FlexPark, atrapalha a reinstalação dos equipamentos. 
Ainda não há um plano para a regulamentação do estacionamento nesses primeiros dias da obra concluída na Rua 14 de Julho e por isso as vagas de estacionamento da via estarão livres, sem a necessidade de o motorista pagar pelo uso do estacionamento regulamentado. 

A Prefeitura de Campo Grande quer aproveitar o conceito de “cidade inteligente”, com internet sem fio e câmeras, e de “rua calma”, com paisagismo e trânsito que prioriza o pedestre, para fazer com que a FlexPark instale na Rua 14 de Julho um equipamento mais moderno.

O Correio do Estado apurou que a empresa resiste em instalar novos equipamentos na via. 

A central de projetos do município sugeriu à FlexPark que instalasse ao longo dos 1.400 metros da rua no centro da cidade um parquímetro composto de sensores, em que o pagamento ocorre eletronicamente, como existem em outras cidades do mundo.

Helion Porto, diretor da FlexPark, confirmou que houve sugestão de uso deste novo equipamento, mas revelou que ela não ocorreu formalmente. “Temos nosso aplicativo, em que o motorista nem sequer precisa usar qualquer equipamento e é muito mais moderno”, afirmou Porto. 

Sobre a operação da FlexPark na Rua 14 de Julho, o diretor da empresa confirmou que o estacionamento não será cobrado após a inauguração da obra de revitalização. “Estamos aguardando um posicionamento da Agetran”, disse. Quando as obras do Reviva Campo Grande tiveram início, em junho de 2018, aproximadamente 50 equipamentos, que equivalem a 100 vagas regulamentadas, foram retirados da via. 

REAJUSTE

A instalação de equipamentos na Rua 14 de Julho não é a principal preocupação da FlexPark no momento. Depois de ter o pedido de reajuste da hora de estacionamento negado pelo prefeito Marcos Trad, a empresa agora briga na Justiça para elevar a tarifa de R$ 2,40 para R$ 3,20.

“Conseguimos uma decisão favorável na primeira instância, mas o projeto agora depende de decisão do Tribunal de Justiça”, afirmou Porto.

No dia 14 de outubro, reportagem do Correio do Estado mostrou que decisão do juiz Marcelo Andrade Campo da Silva, da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, determinou que a prefeitura fizesse a correção no valor da tarifa desde 2002 e ainda indenizasse a FlexPark por perdas e danos advindos da não concessão de reajuste anual. Conforme o índice de correção, o valor da hora do estacionamento deveria passar de R$ 2,40 para R$ 3,33.

Conforme a empresa Metropark Administração, conhecida como FlexPark, o contrato para exploração do serviço público foi firmado em 2002 e, durante o período, só foram concedidos três reajustes, inferiores ao índice pactuado e à inflação, causando desiquilíbrio no contrato. A empresa pediu o reajuste da tarifa e indenização por conta do não reajuste.

A FlexPark também é alvo de duas ações nas Varas de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, em que, por motivos diferentes, uma associação sem fins lucrativos e o Ministério Público Estadual pedem a anulação do contrato de concessão do estacionamento regulamentado com o município.

Itaquiraí

Mãe e filha morrem em acidente triplo na BR-487

Colisão ocorreu em trecho conhecido como estrada boiadeira, próximo ao município de Itaquiraí

13/12/2025 16h30

Foto: Portal Conesul

Continue Lendo...

Gabrieli de Freitas Vieira e sua filha Julia Pereira de Freitas, de apenas 3 anos morreram na manhã deste sábado após um acidente triplo na manhã deste sábado (13), na BR-487, próximo a região do Assentamento Santo Antônio, situado em Itaquiraí, distante 405 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a imprensa local, ambas estavam em um Jeep Compass com uma familiar de 40 anos, e seguiam de Maringá (PR) com destino a Dourados, cidade em que possuíam comércio. A família seguia na rodovia sentido BR-163 quando tentou uma ultrapassagem forçada e atingiu a traseira de um veículo Polo, que seguia na mesma direção.

Com o impacto da colisão, testemunhas afirmam que o veículo teria capotado e batido na traseira de uma carreta que seguia na pista contrária, impacto suficiente para arremessar o carro da família para fora da pista, ao lado de uma borracharia. 

De acordo com a imprensa local, o acidente aconteceu por volta das 9h30. Gabrieli e a filha morreram no local. Socorrida, a outra pessoa da família foi levada ao hospital de Itaquiraí, consciente e orientada, apesar de cortes na cabeça.

Os demais motoristas envolvidos não sofreram ferimentos graves e testaram negativo para consumo de álcool.. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Perícia estiveram no local. As causas do acidente serão investigadas na Delegacia de Itaquiraí.

Assine o Correio do Estado

Cidades

TCE suspende licitação para reforma de ponte sobre o rio Paraguai

Inconsistências e riscos de gastos excessivos na licitação levaram o Tribunal de Contas do Estado a suspender o certame

13/12/2025 13h30

Imagem divulgação

Continue Lendo...

Menos de um mês depois de assumir como conselheiro do Tribunal de Contas, o ex-integrante do governo do Estado, Sérgio de Paula, suspendeu a licitação de R$ 11,7 milhões para obras na ponte da BR-262, sobre o Rio Paraguai.

A decisão foi publicada nesta sexta-feira (12), em edição extra do Diário Oficial do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul.

No dia 26 de novembro, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) lançou a licitação prevendo investimento de até R$ 11.728.608,10 para a execução de obras de recuperação estrutural.

Os envelopes com as propostas feitas pelas empreiteiras seriam abertos na segunda-feira (15). No entanto, foi determinada a suspensão do certame após a equipe técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) identificar “inconsistências e lacunas” em informações como:

  • Caderno de desenhos;
  • Relatório de critérios e especificações técnicas;
  • Verificação estrutural;
  • Projeto de recuperação estrutural;
  • Projeto de sinalização temporária;
  • Plano de execução.

A justificativa para suspender o processo licitatório da reforma da ponte foram inconsistências no Projeto Básico, que podem gerar gastos acima do necessário. Para isso, foi apontada a necessidade de atualização dos dados técnicos.

“Tais inconsistências podem acarretar riscos de sobrepreço, aditivos contratuais futuros e execução inadequada da obra, comprometendo a economicidade e a eficiência, em desacordo com a Lei nº 14.133/2021. Embora o projeto tenha avançado em sua conformidade com a nova Lei de Licitações, as lacunas técnicas e a necessidade de atualização são significativas. Para uma decisão embasada e para mitigar risos futuros, é crucial que as informações complementares e as atualizações necessárias sejam providenciadas e analisadas”, consta no ato.

Diante dos indícios de irregularidades no Estudo Técnico Preliminar (ETP) e no Projeto Básico, o relator, conselheiro Sérgio de Paula, determinou a aplicação de medida cautelar para suspender o processo licitatório até a regularização dos pontos apontados.

Previsão

Com previsão de início das obras somente no segundo trimestre de 2026, o valor estimado, como adiantou o Correio do Estado, indica que a reforma da ponte pode custar o dobro do apontado pelo ex-secretário de Obras, Hélio Peluffo.

Em 2023, ele previu gastos em torno de R$ 6 milhões na recuperação da estrutura da ponte, que tem sofrido diversas intervenções e situações que resultaram em tráfego em meia pista.

Essa situação ocorreu em 2023, quando a interdição durou mais de um ano, até que os reparos emergenciais fossem concluídos na pista de rolamento.

Além disso, há situação emergencial nos “amortecedores” instalados entre as pilastras e a parte superior da ponte (pista), que apresentam desgaste por falta de manutenção. Essa obra deverá ser bancada, agora, com recursos públicos.

Pedagiada "até ontem"
 

Investimento público em uma ponte seria algo normal não fosse a cobrança de pedágio, feita até setembro de 2022. Pequena fatia da receita era repassada ao Estado e a única obrigação da empresa era fazer a manutenção da estrutura, que tem dois quilômetros e foi inaugurada em 2001.

Porém, em 15 de maio de 2023 a empresa Porto Morrinho encerrou o contrato e devolveu a ponte Poeta Manoel de Barros sem condições plenas de uso, embora tivesse faturamento milionário.

Em 2022,  com tarifa de R$ 14,10 para carro de passeio ou eixo de veículo de carga, a cobrança rendeu R$ 2,6 milhões por mês, ou R$ 21 milhões nos oito primeiros meses daquele ano.

No ano anterior, o faturamento médio mensal ficou em R$ 2,3 milhões. Conforme os dados oficiais, 622 mil veículos pagaram pedágio naquele ano. Grande parte deste fluxo é de caminhões transportando minério. A maior parte destes veículos têm nove eixos e por isso deixavam R$ 126,9 na ida e o mesmo valor na volta.

Esse contrato durou longos 14 anos, com início em dezembro de 2008, e rendeu em torno de R$ 430 milhões, levando em consideração o faturamento do último ano de concessão. 

Em março de 2017, a Porto Morrinho conseguiu um abatimento de 61% no valor da outorga. Na assinatura, em 22 de dezembro de 2008, o acordo previa repasse de 35%  do faturamento bruto obtido com a arrecadação tarifária estabelecida em sua proposta comercial. A partir de março de 2017, porém, este valor caiu para 13,7%. 

Se tivesse de repassar 35% dos R$ 2,6 milhões arrecadados por mês em 2022, a Porto Morrinho teria de pagar R$ 910 mil por mês ao Estado. Com a repactuação do contrato, porém, este valor caiu para a casa dos R$ 355 mil. Em ambos os casos os valores teriam alguma variação porque ainda seria necessário descontar impostos.

Ou seja, a repactuação garantiu R$ 555 mil mensais a mais aos cobres da concessionária, que mesmo assim não cumpriu com sua única obrigação, que era manter a ponte em condições de uso. 

E, mesmo depois de parar de cobrar pedágio, ela continuou cuidando da ponte, entre setembro de 2022 até maio de 2023.  Neste período, recebeu indenização milionária, de pouco mais de R$ 6 milhões. 

O pedágio acabou por causa do fim do acordo do governo estadual, que construiu a ponte, com o DNIT, já que a rodovia é federal. Porém, o governo federal só aceita receber a ponte depois que estiver em boas condições de uso. 

** Colaborou Neri Kaspary

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).