Cidades

Antônio João

Igreja católica se cala diante de conflito entre produtores e índios no Estado

Instituição costuma manifestar-se quando o objeto debatido é a comunidade indígena

CELSO BEJARANO

01/09/2015 - 09h52
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Arrancar opiniões acerca do conflito envolvendo índios e fazendeiros, em Antônio João, é tarefa quase impraticável. Por lá, nem sequer a igreja Católica, que costuma manifestar-se quando o objeto debatido é a comunidade indígena, emitiu até agora posição acerca do confronto que motivou a morte de um índio, na tarde de sábado.

Josué Ruivo, pároco da matriz do município, disse que não “é apto para falar sobre o assunto, que veio de São Paulo e que não conhece a realidade da região”. O padre comanda a matriz de Antônio João há um ano.

Ele informou que quem poderia conversar sobre a questão seria D. Redovino, bispo católico, que mora em Dourados, cidade distante 150 quilômetros de Antônio João. Ontem, no entanto, a reportagem tentou dialogar, por telefone, com o presbítero, mas não o localizou.

Líderes evangélicos da cidade de ao menos 10 mil habitantes, também não se manifestaram. Já os comerciantes ouvidos lidam com o tema, com reservas. “Sinceramente, meus clientes são os fazendeiros e os índios. Gostaria que eles vivessem em paz”, afirmou Carlos Roberto Azambuja de Almeida, dono de comércio que negocia produtos agroveterinários no município.

Leontina Dias e o marido Humberto, dono de restaurante, disseram que a “paz” seria melhor para todos. “Sumiram nossos clientes, nosso movimentou cai em até 90% nos fins de semana”, queixou-se o casal. 

Já a maioria - a reportagem ouviu em torno de dez - que se propôs a comentar o caso na condição do anonimato, deixa claro o lado que defende: os ruralistas.

O conflito no município envolve 9 fazendeiros que dominam 9,3 mil hectares e em torno de 150 índios.

Em 2005, o ex-presidente Lula criou um decreto que legitimava a terra em questão como território indígena. No entanto, os fazendeiros recorreram e o caso corre na Justiça, sem previsão de desfecho.

PÓS-CIRURGIA

Michelle diz que Bolsonaro conseguiu se alimentar e que ex-presidente já fez fisioterapia

Bolsonaro foi internado no Hospital DF Star, em Brasília, na véspera de Natal, para a realização de uma cirurgia de herniorrafia inguinal bilateral

26/12/2025 12h30

Jair Bolsonaro e Michelle

Jair Bolsonaro e Michelle Foto: Arquivo

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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou, em sua rede social no Instagram, que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) conseguiu se alimentar e já realizou sessão de fisioterapia. A postagem foi ao ar por volta das 12h45 desta sexta-feira, 26.

"Meu amor conseguiu se alimentar e já fez a fisioterapia, graças a Deus", escreveu ela. "Continuo passando longos períodos sem usar o celular, pois não é permitido permanecer com o aparelho no leito. À noite, responderei a todos com carinho", acrescentou

Bolsonaro foi internado no Hospital DF Star, em Brasília, em 24 de dezembro, para a realização de uma cirurgia de herniorrafia inguinal bilateral. O procedimento foi concluído sem intercorrências na quinta-feira, 25, com duração de três horas e meia.

Michelle foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a estar presente no hospital como acompanhante.

O magistrado determinou a vedação do uso de computadores, telefones celulares ou quaisquer dispositivos eletrônicos dentro do quarto. Além disso, determinou a fiscalização por dois policiais federais na porta.

O ex-presidente permanece no hospital para cumprir um período de recuperação de cinco a sete dias, sob cuidados pós-operatórios, como analgesia, fisioterapia motora e prevenção de trombose venosa.

Os médicos vão avaliar na próxima segunda-feira se irão submeter o ex-chefe do Poder Executivo a um procedimento para tratar dos soluços.

DEZEMBRO VERDE

MS registra 54 denúncias de maus-tratos e abandono de animais por dia

Relatório da Superintendência de Políticas Integradas de Proteção da Vida Animal mostra que, em 2025, o Estado já catalogou mais de 18 mil denúncias

26/12/2025 12h15

Cães e gatos somam 18,2 mil denúncias de maus-tratos e abandonos em MS neste ano

Cães e gatos somam 18,2 mil denúncias de maus-tratos e abandonos em MS neste ano Foto: Pixabay

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De janeiro a novembro, Mato Grosso do Sul registrou mais de 18 mil denúncias de maus-tratos e abandono de animais domésticos, o que resulta em cerca de 54 ocorrências por dia, segundo relatório da Superintendência de Políticas Integradas de Proteção da Vida Animal (Suprova), com base em números da Delegacia Virtual de Mato Grosso do Sul (Devir).

Este mês é conhecido por ser o Dezembro Verde, campanha nacional de conscientização que ocorre em dezembro para combater o abandono e os maus-tratos de animais. Como um reflexo da importância desta ação, o Estado registrou 1.482 denúncias somente em novembro, dos quais 942 foram relacionadas a cães e 540 a gatos.

“O canal de denúncias é uma ferramenta essencial para combater os maus-tratos. Ele facilita o acesso da população e fortalece a rede de proteção animal em todo o estado”, destaca Carlos Eduardo Rodrigues, superintendente da Suprova.

Uma das ações voltadas ao mundo animal realizadas este ano foi a Caravana da Castração, que foi lançada no início de julho pela Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc).

De acordo com dados divulgados pelo Governo do Estado, mais de 16,7 mil animais foram castrados até dezembro deste ano em 45 municípios. “A proteção da vida animal é uma pauta transversal, que envolve saúde pública, educação e cidadania. Esses números representam cuidado, responsabilidade e respeito à vida”, disse o titular da Pasta, Marcelo Miranda.

Sobre metas, o relatório reforça o desejo de atingir 20 mil animais domésticos atendidos até março de 2026. Além disso, a previsão é que mais 17 municípios integrem o calendário da Caravana da Castração dentro de 90 dias. De “recesso” neste final de ano, a ação retorna no ano que vem no dia 15 de janeiro, com mais de duas mil vagas, nas seguintes cidades:

  • Eldorado
  • Bela Vista
  • Sonora
  • Coxim
  • Rio Verde de Mato Grosso
  • São Gabriel do Oeste
  • Camapuã
  • Figueirão
  • Bandeirantes
  • Jaraguari
  • Rio Negro
  • Sidrolândia
  • Terenos
  • Ribas do Rio Pardo
  • Corguinho
  • Rochedo
  • Campo Grande (incluindo Rochedinho e Anhanduí).

Além da castração, a caravana oferece os serviços de microchipagem, que consiste na implantação de um pequeno dispositivo eletrônico sob a pele do animal, a fim de auxiliar nos casos de roubo ou perda, e medicação pós-operatória por sete dias. Todos os procedimentos são acompanhados por uma equipe técnica, que tem à disposição um ônibus adaptado e um CTI móvel em casos de emergência.

Instrutores

Este ano também foi lançado o Sistema de Gestão de Proteção e Esterilização de Animais (Sigpet), primeira plataforma digital do país criada para gerenciar os cadastros e as vagas da Caravana da Castração. Atualmente, o sistema contabiliza 30.957 tutores e entidades cadastrados.

Aos interessados em participar, é preciso realizar cadastro prévio pelo site www.sigpet.ms.gov.br, ferramenta digital criada pela Secretaria-Executiva de Transformação Digital (SetDig). Podem ser registrados até três animais por CPF e, no caso de ONGs, até 25.

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