Cidades

DESATIVADO EM 2002

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Hotel Campo Grande poderá ser convertido em edifício residencial

Prefeitura enquadrou edifício em programa de retrofit, valor do imóvel ainda é impasse

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O Hotel Campo Grande, edifício localizado na Rua 13 de Maio, desativado em 2002, será o primeiro exemplo de retrofit do Centro de Campo Grande. O local será reformado caso a Agência Municipal de Habitação de Campo Grande (Emha) consiga viabilizar verba de R$ 38 milhões para transformar o prédio, um dos mais simbólicos das décadas de 1970 e 1980 da Capital do Estado, em um edifício de habitação popular. 

O projeto já foi apresentado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, e aguarda aprovação. No mês passado, o Correio do Estado revelou que as vistorias no edifício já haviam sido realizadas. O objetivo será transformar os 260 aposentos em unidades habitacionais, com área inferior a 40 metros quadrados. 

Também será necessária uma definição quanto à modalidade de financiamento das moradias. Elas poderiam ser enquadradas no programa Minha Casa Minha Vida, ou inaugurarem um novo programa de habitação popular do governo federal, que estimulará a locação de imóveis a famílias de baixa renda. 

Segundo o prefeito Marcos Trad, o valor para a compra do hotel seria de R$ 13 milhões e a reforma ficaria em R$ 25 milhões. 

O projeto de retrofit (revitalização da estrutura interna e funcional de um edifício) é bom lembrar, não será financiado com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que banca o programa Reviva Campo Grande. 

HERDEIROS

Em entrevista ao Correio do Estado, a empresária Maria Adelaide Noronha, que ao lado de três irmãos e da mãe, Leonor Maria Coelho de Paula, 88 anos - filha do pecuarista Laucídio Martins Coelho - são os atuais proprietários do imóvel, diz que o lugar pode ser usado para qualquer fim. “O prédio é maravilhoso. Para se tornar habitação popular, se é essa a função que cogitam, porque não? Depende de quem vai investir. Imagina, transformar em um centro de atendimento médico? Acho que com o Reviva, pode servir como local de atendimento ao público em geral, com órgãos públicos. São inúmeras possibilidades”, afirmou Maria Adelaide.

Fechado desde 2002, após a morte do pai de Maria Adelaide, José Cândido de Paula - um dos 13 investidores do empreendimento na década de 70 - o térreo do prédio abriga uma loja de artigos populares. Ainda sem formalização de venda para a Prefeitura a propriedade, que não teve o valor revelado, passou por avaliação da Agência Municipal de Habitação (Emha) no fim de 2018. 

Sem uso, a proprietária diz que o local está desocupado e fechado, mas não abandonado. “Temos sistema de alarme para impedir invasões, pois já houve tentativas. É bem cuidado, limpo, passa por manutenção e respeitamos as regras de segurança”, disse Maria Adelaide.

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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