Equipe médica da Santa Casa abriu, na tarde de hoje (12), protocolo de morte encefálica de Eloá Aquino Carvalho, 3 anos, que foi arrancada do carrinho de bebê e arremessada de cabeça no chão por diversas vezes, por um homem de 34 anos, nas Moreninhas, em Campo Grande.
Conforme assessoria de imprensa da Santa Casa, com a abertura do protocolo, a criança irá passar por três tipos de teste nas próximas 48 horas, para verificar se há ou não atividade cerebral. Durante o período, Eloá permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica.
A criança foi brutalmente agredida nesta quarta-feira (11). A mãe carregava a menina em um carrinho pela rua Baoba, na Vila Moreninha III, quando o suspeito se aproximou, pegou a menina do carrinho, a levantou acima de sua altura e a arremessou de cabeça no chão por algumas vezes.
Eloá foi imediatamente socorrida pela mãe e levada até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Moreninha, mas devido a gravidade do ferimento, foi transferida para a Santa Casa de Campo Grande, onde deu entrada às 11h30 com traumatismo cranioencefálico (TCE) grave .
AGRESSOR PRESO
O suspeito foi agredido por moradores do bairro e contido até a chegada da Guarda Municipal. Ele foi encaminhado para a UPA da Vila Almeida, e, após receber alta médica, foi encaminhado para a Delegacia de de Polícia Civil, onde foi autuado por homicídio simples na forma tentada e tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe.
Audiência de custódia foi realizada nesta quinta-feira e o agressor teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
Na audiência, defesa apresentou documentos que comprovam que o suspeito é interditado por doença mental, com CID de esquizofrenia, e pediu a liberdade provisória com aplicação de medida cautelar, especificamente internação provisória em unidade especializada de saúde.
Juíza Luciane Buriasco Isquerdo afirmou que pela gravidade da conduta e natureza do crime, com emprego de violência a pessoa, não é recomendável concessão de fiança ou medida cautelar mais branda. Além disso, ela considerou que há prova da materialidade e indício de autoria nos autos, sendo necessária a conversão da prisão em flagrante em preventiva.
Magistrada também determinou que ofício seja encaminhado a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informando que o preso necessita de atendimento pela ala de saúde.