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PANDEMIA

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Higiene bucal reforçada ajuda a prevenir complicações da Covid-19, diz especialista

Se feita corretamente, higienização pode evitar também outras infecções

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Com a pandemia do novo coronavírus, uma das maiores preocupações da saúde pública é cuidar da higiene principalmente das mãos. Mas a higiene bucal também precisa ser intensificada, já que uma das portas principais de entrada do vírus é pela boca. Manter uma boa higiene bucal é também importante forma de prevenção de outras infecções nesta pandemia.

É o que explica a cirurgiã dentista Jhenyffer Andrade Viana que destaca a importância de uma boa higiene aliada ao uso de máscara. “A higienização da cavidade oral é importante para evitar infecções que podem agravar o quadro do paciente. Com relação à prevenção, a principal via de contaminação humano para humano é a saliva, portanto é necessário, medidas de proteger a boca, com uso de máscaras, além de evitar levar a mão na boca e mantê-las sempre limpas”, disse. 

No sábado (30), uma ação voluntária distribuiu kits de higiene bucal, com escova, pasta de dentes e álcool em gel para uma comunidade carente com 70 famílias no Jardim Centro-Oeste em Campo Grande. Equipes de dentistas também ensinaram crianças e adultos a maneira correta de uma boa higienização.

A profissional esclarece que a higienização é válida para todos, mas para pessoas do grupo de risco é preciso redobrar a atenção com a limpeza. “É necessário reforçar a higienização habitual três vezes ao dia com uso do fio dental (sempre com as mãos limpas) e é claro, evitar o contato com muitas pessoas e sempre fazer uso de medida de proteção externa quando for sair de casa”, contou. 

Já para os casos de pessoas infectadas pela doença, a cirurgiã explica que os cuidados devem ser redobrados se houver outros moradores dentro da mesma residência. 

“Para os que estão em isolamento domiciliar é importante o cuidado com os demais, evitando deixar escovas dentais muito próximas, respingos de fluidos bucais em pia e outros locais, é imprescindível a higienização das mãos antes e depois o uso de espaços comuns. Além de sempre utilizar, mesmo em ambiente domiciliar, máscara de proteção para evitar que fluidos bucais entrem em contato com outro morador”, explicou a profissional. 

USO DE ESCOVAS E CONSULTAS 

Todo mundo sabe que a troca das escovas é obrigatória de tempos em tempos para evitar contaminações e bactérias na boca. No entanto, com a covid-19, esse cuidado deve ser mais intensificado, segundo a especialista.

Para Jhenyffer, tanto para infecções tanto por covid, quanto para outras infecções como ‘influenza’, é necessário a troca da escova dental logo após o paciente apresentar melhora do quadro, considerando a contaminação e possível reincidência da doença se não houver a troca do objeto. “A recomendação é trocar de 3 em 3 meses, quando as cerdas estiverem muito danificadas, com a pandemia, num período inferior a 3 meses nos casos onde o paciente apresente alguma infecção”, disse. 

Outra dica importante é a forma correta de cuidar das escovas dentais e dos higienizadores de língua, mantendo-os imersos em solução desinfetante, à base de água e enxaguante bucal, para evitar a reinfecção após cada uso.

Sobre idas ao consultório odontológico, a cirurgiã orienta apenas com casos de urgência, já que o local é um potencial de contaminação devido a produção de aerossóis - suspensão de partículas finíssimas sólidas ou líquidas num gás - em algum procedimento clínico. 

“É importante o paciente conversar com seu profissional de confiança para elencar as prioridades, em determinado momento foi recomendado apenas atendimentos de urgência como sangramentos e infecções, mas para a realização de outros procedimentos considerados não urgentes, mas que podem evoluir para o agravamento, a consulta poderá ser realizada desde que tomadas as medidas de segurança, tanto para proteção do paciente quanto do profissional”, finalizou. 

 

*Colaborou Gabriele Tavares 
*Com informações da Agência Brasil

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Barroso diz que legalização de drogas leves é tendência mundial

Em palestra, ministro também falou de aborto e união homoafetiva

22/04/2024 21h00

Reprodução: Rovena Rosa/Agência Brasil

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (22) em palestra na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que no mundo democrático existem duas posturas possíveis para a questão das drogas ilícitas: uma, a da repressão, e outra, que vem ganhando corpo em todo o mundo, que é a da legalização das drogas mais leves. Segundo ele, a segunda acontece pela constatação de que a guerra contra as drogas fracassou e o modelo repressivo não conseguiu diminuir o poder do tráfico nem o consumo.

“A discussão que está no Supremo é a quantidade. A legislação brasileira não pune com prisão o usuário de drogas, o que faz muito bem, porque punir o usuário é um equívoco completo. Se ele estiver fora de controle, você vai tratar como dependente químico. Colocá-lo na cadeia é colocar mais um agente para o crime organizado. Nada, na minha visão, justificaria a prisão pelo porte pessoal para consumo. E o legislador acabou com a prisão do porte pessoal para o consumo, mas manteve a criminalização do tráfico”, disse.

Ele observou que se um jovem for pego com 40 gramas de maconha na zona sul do Rio de Janeiro, por exemplo, é considerado um portador para consumo próprio; porém se o outro jovem, geralmente negro, for pego com a mesma quantidade na periferia do Rio de Janeiro, é preso como traficante.

“Portanto, a mesma quantidade é tratada com pesos diferentes pela polícia, e o que o Supremo está discutindo não é descriminalização, não é a não prisão, porque isso já foi decidido. O que o Supremo está decidindo é qual a quantidade que vai distinguir traficante de usuário para que essa escolha não seja feita pela polícia por critérios discriminatórios”, explicou.

Outra questão abordada na palestra é a das uniões homossexuais. Para Barroso, a homossexualidade é um fato da vida que gera consequências jurídicas. “A ordem jurídica não dispunha sobre as relações entre pessoas homossexuais, que eu prefiro chamar de relações homoafetivas, porque uma relação de projeto de vida não é puramente sexual e no projeto afetivo existem as reuniões homoafetivas”, disse.

Nesse caso, segundo Barroso, era necessário definir quem tem o direito de herdar o que é construído ao longo de uma relação, se é a família de sangue ou é o companheiro ou companheira com quem a pessoa viveu por anos. “Alguém tinha que decidir isso, e o Supremo decidiu, na minha opinião, com acerto, que deve tratar como você trata as uniões estáveis convencionais. São os mesmos direitos sucessórios, previdenciários. Eu tenho o maior respeito pelo sentimento religioso das pessoas e a Bíblia expressa condenação ao homossexualismo, porém no mundo laico eu preciso ter uma solução jurídica para isso”.

De acordo com Barroso, caso contrário essas pessoas ficariam em um limbo jurídico, sem saber exatamente o que fazer. “E aí vem o casamento. Nós não achamos que o casamento é uma coisa boa, que diminui a promiscuidade, estreita as relações afetivas? Por que nós vamos excluir essas pessoas da prosperidade de terem um casamento? Essa é a minha posição, mas eu tenho o maior respeito pelas posições contra apostas”, ressaltou.

Com relação ao aborto,o ministro classificou a questão como a mais difícil do mundo, e uma coisa ruim, lembrando que o papel do Estado é evitar que aconteça, proporcionando educação sexual, distribuindo contraceptivos e amparando a mulher que queira ter o filho e esteja em condições adversas. “É perfeitamente legítimo a alguém ser contra, pregar contra e não fazer. Porém, tudo isso é diferente de achar que a mulher que viva o infortúnio de ter que fazer vá para a prisão. Nenhum país democrático e desenvolvido do mundo criminaliza, nem os mais católicos".

O ministro Barroso reforçou que prender a mulher que resolve interromper a gravidez não é uma boa política pública, e que a criminalização impede que as mulheres pobres tenham acesso aos serviços públicos de saúde que podem ser prestados. Ele reconheceu ser difícil para a sociedade chegar a um consenso sobre o tema, que é eticamente divisível, já que o momento do nascimento, do surgimento da vida, é uma questão de fé e de convicção.

“Tem gente que acha que desde o momento inicial da concepção com duas células já há vida. Tem gente que acha que é quando se forma o sistema nervoso, tem gente que acha que quando começa a formação da consciência. Existem muitas visões de mundo quando você trata de matéria em desacordo moral. É razoável que pessoas esclarecidas e bem intencionadas pensem de maneira diferente. O papel do Estado não é escolher um lado, e sim permitir que cada um viva a sua crença, a sua convicção", ponderou.

Questionado sobre os rumos que a inteligência artificial está tomando, Barroso respondeu que está preocupado e ao mesmo tempo animado, já que ela tem imensas potencialidades para fazer o mundo melhor e de tomar decisões melhor do que os seres humanos em alguns casos.

"A inteligência artificial é a transferência de capacidades humanas para computadores, feitas por softwares. Essas capacidades envolvem tarefas cognitivas e tomada de decisões. Como a inteligência artificial é capaz de armazenar uma quantidade de informações muito maior do que o cérebro humano e processadas em muito maior velocidade e muitas áreas, ela vai ser mais eficiente do que a capacidade humana", avaliou.

Ele citou como exemplo a medicina, campo no qual a IA já vem sendo usada em cirurgias e diagnósticos, e com melhor qualidade. Segundo ele, o uso dessa tecnologia automatizará tarefas que levam pessoas a neuroses causadas por tarefas repetitivas. Além disso, poderá evitar a exposição dos humanos a atividades de alto risco, como desarmar uma mina ou passar um cabo no fundo do oceano, por exemplo.

"Eu acho que tem muita coisa boa com a inteligência artificial, mas tem muitos riscos, como a discriminação, a privacidade, e o maior é a singularidade, que a IA adquira consciência. Porque se ela adquirir consciência de si própria e passar a ter vontade própria são as máquinas que vão dominar a condição humana e não vice versa porque elas têm muita muito maior capacidade de processamento de informação com muito mais velocidade", afirmou.

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Pedidos de isenção da taxa do Enem podem ser feitos até sexta-feira

Solicitações devem ser feitas pela Página do Participante

22/04/2024 20h00

Reprodução: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Termina na próxima sexta-feira (26) o prazo para pedir a isenção de pagamento da taxa de inscrição para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os pedidos devem ser feitos pela Página do Participante, com o login único do Gov.br.

Têm direito a fazer o Enem de graça os alunos matriculados no 3º ano  do ensino médio em 2024, em escola pública, e quem fez todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada. Também podem ser beneficiados participantes do programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, e alunos de famílias de baixa renda – com registro no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).

O estudante que teve isenção no Enem 2023, mas não compareceu aos dois dias do exame, e quer participar da edição de 2024 gratuitamente precisa justificar a ausência. O prazo para a justificativa também encerra em 26 de abril.

O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (Prouni). Os resultados do Exame são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

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