Cidades

SPRAY DE PIMENTA NA MANIFESTAÇÃO

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Guardas tomaram atitude 'por conta' em terminal, diz secretário

Trio de agentes foi suspenso até conclusão de procedimento administrativo

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Os guardas municipais que dissiparam protesto de mulheres com spray de pimenta no Terminal Morenão “tomaram uma atitude por conta e que foi equivocada”, disse o secretário municipal de Segurança Pública, Valério Azambuja. O trio de agentes envolvidos no caso foi afastado até o fim do procedimento administrativo aberto nesta segunda-feira (18).

Em coletiva, Azambuja não poupou críticas à atitude dos servidores. “Houve algumas falhas de procedimento. Primeiro: naquele tipo de manifestação, tem a questão do diálogo. Segundo: uso do spray de pimenta em determinados ambientes não é apropriado e ali principalmente, pois tinham muitas mulheres e crianças, então foi indevido. Além disso, armas longas em tumultos, não se usa”.

Além disso, ainda conforme o secretário, a guarda deveria aguardar a chegada de algum representante do transporte coletivo para agir. “Além disso, quando chega uma guarnição de três e você tem 50 ou 100 pessoas, você não pode entrar em movimento com número reduzido de servidores. Tinha que chamar reforço, alisar o ambiente”.

Outro ponto levantado por Azambuja é o motivo de uma equipe do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) ter sido acionada para a ocorrência no Terminal Morenão, já que o setor “não é para essa finaldade. O trabalho do GPI é quando uma via já está obstruída, quando uma câmara ou paço está prestes a ser invadido por número grande de pessoas ou para dar apoio às atividades da Polícia Federal e Militar”.

CONTRAPONTO

Anderson Gonzaga, comandante da Guarda Municipal, tratou do assunto com mais ponderação, evitando emitir juízos antecipados sobre os subordinados.

“Foi uma ocorrência de primeiro atendimento. Infelizmente algumas pessoas estavam acaloradas querendo insuflar as outras e a ocorrência poderia evoluir para algo pior. Acharam necessária a medida para que a ocorrência não evoluísse, mantendo a segurança de quem estava ali sem participar das manifestações e queria ir ao destino quanto da própria guarnição”, disse Gonzaga sobre o relato dos agentes envolvidos na situação.

O comandante do GPI, Jair Viana, seguiu essa mesma linha de raciocínio. “Ninguém está tirando uma pré-conclusão da situação. Vai ser aberta sindicância, que é um procedimento de práxis. No fim do processo vão checar se houve uma irregularidade. Nós temos que ouvir os agentes sobre o que aconteceu. Seria errado da minha parte pré-julgá-los. Existe procedimento técnico? Existe, mas vai ser apurado”.

Segundo ele, o comandante da viatura tem autonomia para tomar decisões quando a equipe é solicitada. Entre os itens que serão apurados está quem chamou o esquadrão até o Terminal Morenão.

E AGORA?

A Lei Complementar 190, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores, estabelece o rito para o procedimento administrativo, que é aberto quando a atitude do servidor for grave ao ponto de motivar, caso se prove verdadeira, pena de suspensão por mais de 60 dias ou até mesmo a demissão.

O primeiro passo foi dado: a publicação da comissão de servidores que encabeçará as apurações. Os nomes constam em edição extra do Diário Oficial nesta segunda-feira (18). O grupo tem 60 dias a partir de hoje para chegar a uma conclusão, sendo permitida somente uma prorrogação por igual período. Nesse períodos os agentes envolvidos seguem afastados de suas funções de rua e tiveram a arma e o porte de arma recolhidos.

A primeira fase é o inquérito administrativo. A comissão primeiro vai ouvir as pessoas que estavam no terminal, juntar os vídeos e fotos da ocorrência e todas as provas necessárias para o esclarecimento do fato.

Os guardas poderão acompanhar o procedimento pessoalmente ou com ajuda de representantes, produzir provas e até fazer alguns questionamentos às testemunhas. Cada pessoa é ouvida separadamente. Pode haver acareação caso elas dêem depoimentos contraditórios.

Somente depois que todas essas pessoas prestarem depoimentos os agentes serão convocados para dar a versão deles sobre o caso. Cada um prestará depoimento separadamente.

Depois disso, a comissão terá que tomar uma decisão: indiciar ou não os guardas. Se forem indiciados, terão dez dias para enviar uma defesa por escrito. O prazo pode ser prorrogado.

A comissão, depois de receber e ler a defesa, terá que elaborar um “relatório minucioso” que será encaminhado para a autoridade que pediu a abertura do procedimento administrativo, no caso, o secretário Valério Azambuja. Ele terá 20 dias para tomar a decisão final.

 

Reparos

Prefeitura irá notificar morador que modificou via para fugir dos buracos em bairro de Campo Grande

Secretaria Municipal, responsável por veículos que atolaram em rua "problemática" do Jardim Itatiaia, responsabiliza morador que fez a instalação de paralelepidepos por buraco onde mais de dez carros atolaram

17/04/2024 17h30

Para o morador Roberto Pinheiro que resgatou mais de dez veículos entre segunda e terça-feira a via com os parelelepípedos, na rua dos Estudantes era o único caminho transitável para que ele pudesse voltar para casa Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Após um morador cansado de esperar pelo asfalto instalar paralelepípedos para evitar buracos na rua dos Estudantes, no Jardim Itatiaia, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), informou que irá notificar o munícipe.

A informação foi dada durante atualização da Prefeitura, na noite de terça-feira (16) no balanço de ações emergenciais de pontos críticos que foram afetados pela chuva. 

A rua dos Estudantes tem cruzamento com a Rua Conde de São Joaquim, onde desde o início da semana, em decorrência da chuva acima da média, mais de dez veículos atolaram, incluindo o caminhão e o trator da Sisep que estiveram no local no início da tarde para jogar cascalho na via

 "Outra via que a Sisep atuou foi na Rua Conde de São Joaquim, no Bairro Tiradentes, próximo à Avenida Três Barras. No local foi executado reparo emergencial para o fechamento da vala aberta pela enxurrada. Foi constatado que o problema nessa via foi provocado também por uma obra irregular executada por morador do bairro, que sem autorização colocou paralepípedos em um trecho da rua. O morador será notificado para retirar o material e depois a Sisep realizará serviços para melhorar as condições das vias locais", informou a Prefeitura.
 

 

 

 

Outro trator foi enviado até o local para "resgatar" os veículos da Sisep e finalmente o buraco na rua Conde de São Joaquim recebeu o cascalho, conforme relatou o morador Roberto Pinheiro dos Santos, de 34 anos, que relatou ao Correio do Estado que o local passou por vistoria de um engenheiro da Águas Guariroba. 

"Veio o rapaz da Águas, Guariroba, que também é engenheiro, aí disse que o secretário da Prefeitura está culpando ele da rede de esgoto que foi passada aqui, que foi uma má compactação dele, que ocasionou a abrir essa vala na rua", disse Roberto.

Com relação aos paralelepípedos na rua dos Estudantes, Roberto apontou que era o único caminho viável para chegar até sua residência quando o buraco abriu próximo à Avenida Três Barras.

"Se não fosse aqueles paralelepípedos, era meio impossível eu entrar em casa. Ter acesso àquela rua de casa, porque ali segurou muito o barro e os buracos, né? Você viu o fluxo de água tamanho que era. Então acho que ia ser mais improvável eu chegar em casa do que se não tivesse o paralelepípedo. O cara fez um benefício e está levando culpa aí, né? Aí a prefeitura quer achar um culpado, né?"

 

 

 

 

A reportagem entrou em contato com a Águas Guariroba, que informou que realizou a ligação da rede de esgoto em 2023 e implementou a rede na parte mais alta da via, justamente para evitar os pontos de erosões que são formados em decorrência da chuva. Veja a nota na íntegra:

"Águas Guariroba informa que as obras para implantação da rede de esgoto na Rua Conde de São Joaquim foram realizadas em março de 2023, portanto, há mais de um ano. Na época, a rede foi implantada na parte mais alta da via, sentido Avenida Três Barras, lado oposto ao da erosão. Após a implantação da rede, o solo foi recomposto e compacto, conforme normas da ABNT e, até o momento, não apresentou problemas. A concessionária reforça que o ponto da via que está apresentando erosões é o oposto de onde a rede de esgoto foi instalada e pondera como possível causa para a erosão o percurso da água da chuva, já que a via não possui rede de drenagem".

A Sisep respondeu por meio de assessoria que o trabalho emergencial na via foi feito durante a tarde da terça-feira (16) e sem mencionar prazo ressaltou que a administração municipal tem previsão de pavimentar as ruas do Jardim Itatiaia. Veja a nota na íntegra:

"Assim que a chuva deu uma pequena trégua na tarde desta terça-feira (16) a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) fez o trabalho emergencial para o controle da valeta aberta pela enxurrada na Rua Conde de São Joaquim. A administração municipal tem previsão de pavimentar vias no Jardim Itatiaia e aquelas que não forem asfaltadas nesta fase receberam cascalhamento. Assim que começar o período de estiagem serão intensificados os trabalhos de manutenção das vias sem asfalto".

Chuva acima da média

Nos últimos quatro dias, Campo Grande registrou a quantidade de chuva esperada para todo o mês de abril, com 89,4 mm observados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC). Desde o dia 1º, a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já notificou 130,8 mm, número 46,3% superior à média histórica.

 

** Colaborou Alanis Netto

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Cidades

Imasul convoca proprietários de imóveis no Pantanal com processos em andamento para adequação à lei

Proprietários que não fizerem os ajustes terão processo de licenciamento extinto

17/04/2024 16h30

SOS Pantanal/Divulgação

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O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) reforça a convocação de todos os proprietários de imóveis localizados na Área de Uso Restrito do Pantanal (AUR-Pantanal) e que possuam processos de licenciamento ambiental em tramitação, para procederem aos ajustes determinados pela Lei do Pantanal nos referidos Cadastros Ambientais Rurais (CAR), no prazo de 180 dias.

Esse prazo está valendo desde a publicação do Edital de Convocação no Diário Oficial do Estado (página 83), que aconteceu no dia 9 de abril.

"Se o proprietário não fizer os ajustes necessários no CAR, o processo de licenciamento é automaticamente extinto", explicou o diretor presidente do Imasul, André Borges.

Os proprietários ou seus representantes devem acessar o sistema do Imasul e carregar as informações necessárias, exigidas pela Lei do Pantanal, para só então seus processos de licenciamento terem seguimento junto ao órgão ambiental.

Essa providência é necessária porque, conforme esclareceu Borges, a Lei do Pantanal (Lei 6.160 de 18 de dezembro de 2023) descreve uma série de novos pontos sensíveis na paisagem pantaneira como os capões, cordinheiras, landis; também as salinas, as veredas e os meandros abandonados (espécies de ilhas por onde passavam rios e que, com a mudança de curso, ficaram cercadas por água).

Todas essas formações geográficas passam a ser protegidas, inclusive em seu entorno, e precisam ser identificadas no Cadastro Ambiental Rural das propriedades.

Anexo ao Edital de Notificação foi publicada a lista de 158 processos de licenciamento ambiental em andamento no Imasul, que são afetados pela medida.

Além desses nomes, os  requerentes com propriedades no Pantanal que têm processo em tramitação e não constam na listagem, devem protocolar requerimento no Imasul solicitando a abertura do sistema para proceder aos ajustes necessários nos respectivos Cadastros Ambientais Rurais.

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