O guarda municipal Marcelo Rios, 42 anos, preso no domingo (19) com arsenal de armas, em uma casa no bairro Monte Líbano, suplicou para que fosse transferido da cela da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) para a prisão estadual. “Eu Marcelo Rios suplico ao senhor juiz que autorize minha transferência para o CT pois não me sinto seguro onde me encontro preso. Preciso sair daqui urgente” (SIC).
O Juiz Roberto Ferreira Filho determinou que a transferência para a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) aconteça no prazo de 24 horas.
Essa suplica foi anexada junto ao pedido formal de transferência feita pelos advogados de Rios, Alexandre Gonçalves Franzoloso, Luiz Renê Gonçalves do Amaral e Márcio de Campos Widal Filho.O acusado se utiliza do artigo 18 da lei 13.022/2014 que diz que ele como guarda tem direito a cela isolada dos demais presos, quando a prisão acontece antes da condenação definitiva.
O Correio do Estado entrou em contato por telefone com o delegado Fábio Peró, reponsável pelo Garras, mas ele não atendeu as ligações.
Entenda o caso
No domingo, policiais da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), com apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar, apreenderam dezenas de armas de grosso calibre em poder do guarda municipal Marcelo Rios, 42 anos, no Bairro Monte Líbano, em Campo Grande. No local, a polícia encontrou dois fuzis AK-47, quatro fuzis calibre 556, duas espingardas calibres 12 e 22, 17 pistolas e um revólver calibre 357.
Além das armas de fogo, foram apreendidos supressores de ruídos (silenciadores), diversos carregadores e munições. Um veículo com restrição criminal por roubo/furto também foi apreendido no local.
A prisão em flagrante de Rios acabou convertida em prisão preventiva, durante audiência de custódia realizada na segunda-feira (20), no Fórum da Capital. O caso está sendo investigado pelo delegado Fábio Peró, do Garras.
Esse caso acabou causando mal-estar dentro da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) quando a ecretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) informou em nota um possível envolvimento de policiais civis e militares no caso.
O secretário da Sesdes Valério Azambuja teria ligado para o secretario da Sejusp Carlos Videira informando do envolvimento de policiais civis e militares no crime.
Em nota, a Sejusp informa que as investigações estão em andamento, e foi determinado que as corregedorias dos órgãos ligados à secretaria investiguem possível participação de servidores neste caso. Se houver qualquer indício de envolvimento, eles vão responder não só na esfera administrativa, como também na criminal”, destacou Vidiera.
A Sejusp informa ainda que o inquérito policial ainda está em andamento por meio do Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) e a secretaria irá se pronunciar no momento oportuno.