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TRANSFERÊNCIA

Guarda envolvido em milícia vai ficar um ano em presídio federal

Marcelo Rios será levado para Mossoró (RN); Agepen ligou execuções a ele

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O guarda municipal Marcelo Rios vai passar pelo menos um ano nas celas isoladas das penitenciárias federais. Preso em flagrante no dia 19 de maio deste ano, em uma casa no Bairro Monte Líbano, em Campo Grande, com um arsenal que incluía fuzis (entre eles, dois AK-47), dezenas de pistolas e milhares de munições, ele havia sido transferido para o Presídio Federal da Capital em 21 de junho e, agora, finalmente será levado para outra prisão do governo federal: a de Mossoró (RN), distante 3,2 mil quilômetros da capital sul-mato-grossense.

A decisão que autorizou a transferência do guarda municipal para a penitenciária federal potiguar foi proferida na tarde de terça-feira (27), assinada pelo juiz federal Walter Nunes da Silva Júnior, corregedor do presídio de Mossoró (RN). A despeito do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), que foi contra a permanência de Marcelo Rios em suas unidades, o magistrado aceitou os argumentos da Agência de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). 

“As razões apresentadas pelo requerente, bem como o acervo documental que instruiu o pleito de inclusão, evidenciam o alto grau de periculosidade do preso, acusado de estar envolvido em um grupo de extermínio, flagrado com uma grande quantidade de armas de fogo e munição, agregando-se a isso o risco à integridade física do interno em decorrência da referida apreensão”, argumentou o juiz. 

EXECUÇÕES

A Agepen, para justificar a transferência de Marcelo Rios, destacou três execuções ocorridas em Campo Grande desde o ano passado e fez uma conexão, ainda que indireta, da prisão do guarda municipal com estes crimes contra a vida. “Marcelo seria apenas uma peça em um universo aludido a uma organização criminosa, com características de milícia e/ou grupo de extermínio, com grande poderio de fogo, tendo em vista todo o armamento apreendido na ação (fuzis, carabinas, pistolas, revólver e munições), podendo este grupo estar relacionado com 3 (três) grandes crimes de execuções praticados nesta capital, que vitimaram um policial militar aposentado, que à época exercia a função de chefe de segurança na Assembleia Legislativa de MS, e o filho de um capitão da reserva da PMMS”, alegou o órgão penitenciário estadual.

As execuções citadas pela Agepen ao justificar a transferência são a do policial militar reformado Ilson Martins de Figueiredo, chefe de segurança da Assembleia Legislativa – executado com tiros de fuzil AK-47 em 11 de junho do ano passado, na Avenida Guaicurus, em Campo Grande –, e a do estudante de Direito Matheux Xavier, 20. Este outro crime citado ocorreu em 9 de abril deste ano, em frente à casa que o rapaz morava, no Jardim Bela Vista, também na Capital. Para os integrantes da força-tarefa que apura homicídios, o alvo dos pistoleiros era o pai de Matheus, o capitão reformado da PM Paulo Roberto Teixeira Xavier. 

EMPRESÁRIO

Na mesma justificativa para transferir Marcelo Rios a uma penitenciária localizada a 3,2 mil quilômetros de Campo Grande, a Agepen ainda cita a suspeita de participação de outros agentes da segurança pública e também de empresários da Capital nos crimes. “Diante dos crimes citados acima, a prisão de Marcelo também gerou grande prejuízo à, até então, aludida organização criminosa investigada, sendo ele o primeiro indivíduo a ser preso e que culminou na
localização de um verdadeiro paiol bélico, apreendendo o grande arsenal”, afirmou.

De fato, era um arsenal o que foi apreendido na casa no Bairro Monte Líbano, ocasião em que Marcelo Rios foi preso em flagrante e não mais deixou a prisão. Dentro do baú encontrado na casa, do qual as chaves estavam com ele, havia 26 armas, sendo dois fuzis AK-47, quatro fuzis 556, 11 pistolas nove milímetros, 4 pistolas .40, uma pistola 380, uma pistola calibre 22, um revólver calibre 357, uma espingarda calibre 12 e outra calibre 22. 

Foi esta prisão em flagrante que culminou na primeira denúncia feita pelos promotores do Gaeco. 
Marcelo é acusado de porte e posse ilegal de arma de fogo. Ele pode ser condenado por até 6 anos de prisão para cada uma destas armas apreendidas. 

O acusado não foi o único guarda municipal a ser preso. Dois dias depois do flagrante, outros dois colegas dele foram detidos, e estas prisões motivaram mais uma das justificativas apresentadas pela Agepen.

AMEAÇAS

“Fica ainda mais perceptível o risco diante da notícia acostada às fls. 3/4, na qual consta que a esposa de Marcelo Rios, que é testemunha nas investigações, foi ameaçada por outros membros da associação criminosa de que faz parte o interno”, alegou a Agepen no pedido de transferência do guarda municipal ao presídio federal.

Logo após a prisão de Marcelo Rios, outros dois guardas investigados pela força-tarefa, Rafael Antunes Vieira e Robert Vitor Kopetski, bem como o motorista Flávio Narciso Morais da Silva, teriam ameaçado e perseguido a esposa de Marcelo, Eliane Benitez Batalha dos Santos. Por isso, eles foram presos em flagrante por tentarem obstruir a Justiça. Conseguiram ser libertados no dia 31 de maio, mas dois meses depois voltaram à prisão por determinação do Tribunal de Justiça. Recentemente, foram denunciados pelo Gaeco por crime de “organização criminosa” e tornaram-se réus.

Cidades

Trio usa máscaras de terror em execução, queima carro e, mesmo assim, é descoberto

Usando máscaras de demônio e do Pânico, criminosos mataram a tiros um homem de 30 anos em uma conveniência

13/12/2025 10h55

Divulgação Polícia Civil de Mato Grosso do Sul

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Um dos suspeitos de executar Weslei Lima Souto, de 30 anos, conhecido como “Thula”, mesmo tendo usado máscara para ludibriar as autoridades, terminou preso pela polícia em Três Lagoas.

Momentos antes do crime, segundo o site MS News, a vítima chegou a uma conveniência no bairro Vila Verde, em uma Honda Biz. Ela esperava na fila para efetuar o pagamento quando três indivíduos armados desceram de um HB20.

O circuito de câmeras de segurança do estabelecimento mostra que um pai, com a filha no colo, estava à frente da vítima, que chegou a olhar em direção à porta e coçar a cabeça (confira o vídeo abaixo), parecendo confuso com a aproximação, da qual nem teve chance de se esquivar.

Chama atenção o fato de os criminosos terem usado máscaras, uma de demônio e outra do filme Pânico, franquia lançada originalmente em 1996 e retomada em 2022.

A polícia tomou conhecimento do homicídio triplamente qualificado e iniciou diligências. Os criminosos chegaram a atear fogo no veículo para apagar eventuais vestígios.

Com o auxílio do Núcleo Regional de Inteligência (NRI) e apoio das equipes da Seção de Investigação Geral (SIG), assim como da unidade da delegacia do município, foi possível levantar, com testemunhas, a identificação de um dos suspeitos, apontado como autor direto dos disparos.

A equipe se deslocou até a residência do homem, que não teve nome nem idade divulgados. Durante a conversa, ele acabou confessando a participação no crime e assumiu que disparou contra Weslei.

O suspeito foi encaminhado à delegacia e, durante interrogatório, na presença do advogado, relatou que a execução ocorreu por brigas anteriores e ameaças que a vítima teria feito.

Além disso, revelou que foi o primeiro a descer do veículo e a efetuar os disparos. Pela sequência das imagens, a polícia indica que ele era o homem que usava a máscara do Pânico. Os tiros atingiram a região da cabeça da vítima.

Ele relatou ainda que, mesmo após Weslei cair no chão, continuou atirando, atingindo também o tórax. Em seguida, o segundo indivíduo, com a máscara demoníaca, efetuou diversos disparos, assim como o terceiro, que não é visto nas imagens do circuito interno de segurança.

Fuga

Um quarto envolvido conduziu o veículo em que o trio fugiu. Eles seguiram até uma área rural e atearam fogo no automóvel, que ficou totalmente destruído.

Por meio de informações repassadas por uma empresa da região, o carro foi localizado e submetido a exames periciais realizados por agentes da Polícia Científica da Unidade Regional de Perícia e Identificação (URPI) de Três Lagoas.

Armas

A inteligência policial conseguiu levantar que as armas de fogo utilizadas no crime estavam enterradas em uma propriedade rural.

No local, após escavação, policiais encontraram e apreenderam as armas, além de dezenas de munições, bem como as máscaras e roupas utilizadas pelos criminosos.

Divulgação Polícia Civil de Mato Grosso do Sul

Os aparelhos celulares da vítima e do suspeito foram apreendidos. O delegado solicitou a quebra de sigilo telemático para acessar informações que serão analisadas pelo Núcleo Regional de Inteligência.

Após a prisão em flagrante, a autoridade policial apresentou pedido de conversão para prisão preventiva. O suspeito foi encaminhado às celas da Depac, onde permanece à disposição da Justiça.

Veja o momento do crime

 

 

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Cidades

Em 14h, chuva de 181 mm derruba pontes em Paranhos

Água tranbordou em pontos do município na zona rural e na zona urbana

13/12/2025 10h30

Reprodução

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Um forte temporal atingiu a região de Paranhos, a 462 km de Campo Grande, e deixou um rastro de destruição no município ao longo da última sexta-feira (12).

Conforme registrado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) a região de Paranhos registrou, entre as 4h e as 18h de ontem, uma precipitação acumulada de 181,6 mm.

Queda de pontes

A intensidade das chuvas causou a queda da ponte de madeira que passa sobre o Rio Destino e dava acesso ao Assentamento Beira Rio e às aldeias Ypo`i e Sete Cerros na zona rural do município.

Em outro ponto do mesmo rio, uma ponte de concreto foi completamente carregada pelas águas. A estrutura dava acesso à Fazenda Itapuã e ao Assentamento Vicente de Paula e Silva.

Para acessar a cidade, moradores de ambas as regiões afetadas pela queda das pontes terão dar a volta pela Rodovia MS-165, pela linha internacional que separa Brasil e Paraguai.

Água transbordou

Com o grande volume de chuva, o Rio Iguatemi chegou a transbordar encobrindo uma ponte, na altura que liga a cidade de Paranhos a Rodovia MS-156, entre Amambai e Tacuru,

Outra inundação ocorreu na zona urbana de Paranhos, onde o Lago Municipal encheu por completo.

Veja os registros dos estragos:

Vídeo: Reprodução/A Gazeta News 

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