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Grupos religiosos estimulam defesa do ensino domiciliar no governo Bolsonaro

Grupos religiosos estimulam defesa do ensino domiciliar no governo Bolsonaro

AGÊNCIA ESTADO

10/03/2019 - 23h00
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A religião é o motor do homeschooling no Brasil. Apesar das famílias que tiram os filhos da escola e fazem educação domiciliar serem um grupo diverso, que vai do alternativo ao ultraconservador, foram os cristãos que se organizaram e ganharam voz. Boa parte da bancada evangélica e católica no Congresso é a favor da prática. São os mesmos parlamentares que também defendem o projeto Escola sem Partido, que combate uma suposta doutrinação de professores. Posicionar-se contra o ensino formal - algo visto por muitos como libertário - se tornou uma pauta da direita. E é uma prioridade de Jair Bolsonaro para os primeiros cem dias de governo.

Apesar de ser proibido no País, já que a matrícula na escola é obrigatória por lei para crianças e jovens de 4 a 17 anos, o número de estudantes em homeschooling só cresce. Estimativas de entidades ligadas à pauta indicam haver cerca de 7 mil famílias. Em 2011 eram cerca de 300. Mas como vivem na clandestinidade, é impossível saber ao certo. Há quem fale em 5 mil ou em 13 mil. No fim do ano passado, analisando o caso de uma família, o Supremo Tribunal Federal (STF) reiterou que a prática é ilegal, o que fez aumentar a preocupação dos adeptos da prática.

O mercado em torno do homeschooling também tem aumentado. Na internet, já há empresas brasileiras especializadas em materiais para quem quer educar em casa. Todos eles têm em seus catálogos livros ou apostilas com conteúdo religioso. No site chamado Materiais de Homeschooling há uma apostila ilustrada para crianças de 4 e 5 anos que começa com a frase: "No princípio Deus criou o céu e a terra". Página por página, há descrições de como Deus criou as plantas, os animais, as estrelas, sempre com exercícios, como pintura ou ligue os pontos. "Deus fez a mulher à (sic) partir de uma costela do homem. "Você sabe qual parte do nosso corpo são as costelas?", questiona uma outra atividade. As responsáveis pelo site, duas mães que praticam homeschooling Renata Correa e Glaucia Mizuki, não quiseram dar entrevista. 

Eduardo Bolsonaro, filho do presidente e atual símbolo da direita conservadora, é autor de um dos projetos de lei para autorizar a educação domiciliar. Mês passado, este e outros projetos sobre o tema foram desarquivados a pedido do deputado Alan Rick (DEM-AC), da bancada evangélica. Ele também propôs a regulamentação da prática em 2018 na Câmara. "O debate do Escola sem Partido, em que descobrimos muitas situações de doutrinação, coisas absurdas na sala de aula, acabou influenciando muitos parlamentares da bancada cristã a apoiarem o homeschoooling", diz Rick.

Outro autor de projeto sobre o assunto é o deputado Lincoln Portela (PR-MG), pastor evangélico. Para ele, a educação domiciliar ainda não avançou na Câmara porque a "Comissão de Educação é muito pressionada pelos partidos de esquerda". "Eles querem um público cativo nas escolas para serem doutrinados com viés de esquerda." Portela já foi ao Ministério da Educação, ao Conselho Nacional de Educação (CNE), à Procuradoria Geral da República falar sobre homeschooling. 

Portela tem se reunido com a pastora evangélica Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, a quem foi dada a tarefa de preparar a medida provisória sobre o assunto. Ela deve ser apresentada nos próximos dias. A solução acelera o processo, mas o tema terá de ser votado no Congresso. Damares também é crítica do que chama de doutrinação de professores e ideologia de gênero. Mas o governo tem dito que quer regularizar o ensino domiciliar para dar "liberdade aos pais". 

Um quarto dos que fazem homeschooling no Brasil diz ter optado pela prática por "princípios da fé familiar", segundo pesquisa da Associação Nacional de Educação Familiar (Aned). Outros 9% falam em "doutrinação" como razão e 23% discordavam do "ambiente escolar". A maior parte (32%) diz que queria "oferecer uma educação personalizada", motivo que pode englobar todos os outros.

Os Estados Unidos têm o maior número de alunos estudando em casa do mundo, cerca de 2 milhões - a prática é regulamentada em alguns Estados. Segundo estudos do professor da Universidade de Indiana e especialista no assunto, Robert Kunzman, não se sabe ao certo se os cristãos são maioria. "Mas o que não se discute é o perfil dominante dos grupos cristãos de defesa da educação domiciliar.

Sua influência na política muitas vezes cria a impressão de que homeschoolers são principalmente cristãos conservadores." Para ele, essas famílias veem a educação dos filhos como uma "responsabilidade sagrada dada por Deus". "Muitos pais fazem um excelente trabalho, mas alguns não são eficazes em ajudar seus filhos a aprender conteúdo acadêmico importante", disse ao jornal O Estado de São Paulo. Kunzman acredita que "a liberdade e flexibilidade do homeschooling permitem que os pais criem um ambiente educacional que reflita seus valores e prioridades" para "guiar escolhas morais". 

Família

Carlos (nome fictício) resolveu mudou para um sítio com a mulher e as filhas depois que as tirou da escola. Lá, distante dos olhares curiosos e que poderiam levar a uma denúncia, a família católica usa o material didático de um site chamado Instituto Cidade de Deus. "Não temos nada contra a escola, mas acho que no homeschooling podemos passar com mais eficiência e competência os nossos valores", diz ele, que preferiu não ter o nome divulgado. A rotina inclui orações, leituras e visitas a museus e outros espaços culturais. "Além de aprenderem, fortalecemos a família."

O Instituto Cidade de Deus define-se como "grupo de professores católicos que deseja educar crianças e jovens para a santidade e sabedoria". Há livros que vão da alfabetização ao ensino médio, sempre com imagens santas na capa. O currículo, segundo o próprio site tem "sentido espiritual", com disciplinas como Leitura da Sagrada Escritura, Vida de Oração e Doutrina Católica segundo o Catecismo Maior de São Pio X. O material completo do 1º ano do ensino médio custa R$ 3.600. "É cada vez maior o número de pessoas conscientes, que compreendem o modelo atual de educação como um modelo que levará o mundo ao mais profundo abismo", diz o texto do site. Os responsáveis não quiseram dar entrevista. 

Já Classical Conversations tem livros e jogos que ensinam a criança a memorizar os conteúdos. Na disciplina de História, os alunos começam pela "Criação e, finalmente, concluindo com a queda do Egito até Roma". A apresentação do material explica: "nossa série histórica aplica o método clássico, cuja eficácia é comprovada para a memorização dos fatos." Muitos dos materiais, como alguns sobre o Antigo Testamento, estão em inglês. Nos EUA, há diversos sites que vendem materiais religiosos para homeschooling, inclusive com vídeo aulas para as crianças que estão em casa. A dona da Classical Conversations, que é americana e criou a empresa no ano passado, conversou com a reportagem, mas depois pediu que a entrevista não fosse publicada. 

Os materiais para homeschooling não levam em conta a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aprovada em 2018 pelo governo federal para dar referências do que deve ser aprendido por todos os estudantes brasileiros. No 9º ano, por exemplo, a BNCC especifica que é preciso "discutir a evolução e a diversidade das espécies com base na atuação da seleção natural sobre as variantes de uma mesma espécie, resultantes de processo reprodutivo". Para a educadora Andrea Ramal, a posição da família com relação à evolução humana deve ser respeitada, mas não se pode "privar as crianças e os jovens do seu direito de conhecer todas as visões e formar seu próprio julgamento crítico e suas escolhas, tanto religiosas como acadêmicas".

"É um universo paralelo", diz Ivan Claudio Pereira Siqueira, presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE). "Mesmo a educação religiosa tem normas nacionais a serem cumpridas, não é liberdade total para fazer o que quiser O Estado é laico e mesmo no ambiente privado há interesses públicos." Siqueira coordenou o grupo no CNE que debateu o assunto no ano passado, já numa preparação para o caso de o STF autorizar a educação domiciliar, o que acabou não acontecendo. Segundo ele, é preciso pensar na implicação da autorização do homeschooling no País. "Quem vai verificar os direitos de aprendizagem das crianças, os materiais didáticos? E se houver pedidos dos pais por recursos públicos? 

O governo não detalha como será o projeto, mas diz que ele deve prever uma avalição anual dos estudantes, como adiantou o jornal O Estado de São Paulo. Funcionários do Ministério da Educação (MEC) têm o papel apenas de auxiliar os colegas da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos na elaboração da medida provisória.

Cesar Callegari, ex-conselheiro que participou das discussões no CNE, vê com preocupação a prevalência dos grupos religiosos entre mais organizados. Para ele, a intenção é evitar que as crianças tenham contato com a diversidade presente na escola. "Os grupos religiosos querem, por meio do homeschooling, criar quadros puros para eles próprios." 

"Deus tocou meu coração no 9º anou", conta Karlo André Valdivia, hoje com 19 anos, que deixou a escola com 14. Ele diz ter sabido da possibilidade de homeschooling por meio de amigos, cristãos como ele. O adolescente estudava em uma escola evangélica particular, mas conta que mesmo lá via atitudes dos colegas que não o agradavam. "Muita pornografia, palavreado." 

Os pais, funcionários públicos, não podiam ajudá-lo, então Karlo resolveu estudar sozinho. Procurou materiais pela internet, organizou seus horários e no fim de quatro anos entrou em Medicina na Universidade Federal de Roraima. "Toda vez que alguém descobria que eu não estava na escola comentava que eu precisava voltar." Karlo disse que nunca teve vontade, encontrava os amigos em outros momentos e não se sentia isolado. "Além da questão cristã, na escola estaria dando um passo atrás, sentia que aprendia mais em casa."

Educadores temem que medida legitime abandono escolar

O Brasil tem 1,4 milhão de crianças e jovens fora da escola, a maioria entre 15 e 17 anos. Mas há também 200 mil que têm entre 6 e 14 anos. Os que fazem educação domiciliar são cerca 15 mil, de 7 mil famílias. Por isso, educadores se preocupam com a intenção do governo federal de autorizar o homeschooling. "Pode legitimar situações de crianças que estão fora da escola por causa de trabalho infantil, preconceito de gênero ou raça", diz Anna Helena Altenfelder, presidente do conselho do Cenpec. "Muitos adolescentes hoje abandonam a escola para entrar no mercado de trabalho e ajudar a família. Correríamos o risco de alguns pais deixarem de matricular os filhos na escola para resolver uma questão financeira", completa a educadora Andrea Ramal. 

Especialistas também questionam o fato de o tema ter sido tratado como prioridade pelo governo - e por medida provisória - quando 48 milhões de crianças estão nas escolas, com aprendizagem ruim. "O homeschooling tem que ser regularizado via Congresso. Se não consegue ser aprovado lá é porque a sociedade não quer", diz a especialista da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Maria Celi Vasconcelos.

Para ela, mesmo com grupos tão diferentes que fazem homeschooling, eles têm uma questão em comum, a crítica à escola "De alguma maneira, ela não atendia às expectativas dos seus filhos, fossem de formação, de valores, de conhecimento propriamente dito." A especialista, que fez doutorado no assunto, também vê a educação domiciliar como "um acirramento das práticas neoliberais". "O pano de fundo é o papel do Estado, até onde ele vai dar conta da escolarização no seculo 21, oferecendo educação de qualidade?" 

Jovem criou seu próprio método para aprender

Victor Hugo Duque desistiu da escola quando tinha 14 anos porque "queria conhecer o mundo de verdade, sem só seguir regras e livros". Mineiro, de uma família simples da pequena cidade de Timóteo, não aguentou mais as aulas expositivas dos professores e decidiu que criaria o próprio método de aprendizagem. Uma das "disciplinas" inventadas foi a de Cinema. "Via filmes e depois analisava questões sociais, culturais e econômicas envolvidas na história", conta. Com materiais da internet, estudou sozinho finanças pessoais, microeconomia, política, administração. 

A mãe, professora da mesma escola que ficou para trás, primeiro foi contrária, depois cedeu e apostou que ele não ia dar conta. "Foi muito constrangedor no começo, tinha de explicar que não tinha sido ideia minha", conta Elizette Dutra e Duque, de 52 anos. Ela e o marido metalúrgico acabaram confiando no menino, mas exigiram que fizesse provas todos os anos para medir sua aprendizagem. Já no 1.º ano de educação domiciliar, Victor Hugo tirou ótima nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

Hoje, aos 21 anos, cursa Administração Pública na Fundação Getulio Vargas (FGV), que sempre foi seu objetivo. Para conseguir bolsa na faculdade, já que seus pais não podiam pagar a mensalidade, escreveu uma carta contando sua trajetória de homeschooling. "Todo mundo acha que você é doido, mas pra mim foi mais fácil e mais produtivo", conta. "Meu papel era falar: Victor, chega de estudar hoje, estou cansada de ver você lendo livros", brinca a mãe. "Mas homeschooling não é para todo mundo, precisa muito empenho, foco, perseverança."

"O sucesso de crianças e adolescentes do homeschooling é evidência palpável de que, em geral, eles serão tão - ou mais - alfabetizados, bem socializados e produtivos que os que foram à escola", disse ao jornal O Estado de São Paulo o presidente da National Home Education Research Institute (NHERI), Brian D. Ray Ele é autor de várias pesquisas americanas que mostram desempenho melhor de quem faz educação domiciliar. 

Outros pesquisadores, no entanto, questionam as amostras usadas em seus estudos porque usam famílias voluntárias e com nível socioeconômico maior que a média. "O problema é que não conseguimos saber o desempenho acadêmico médio de quem faz homeschooling", diz o professor da Universidade de Indiana (EUA) Robert Kunzman. Para ele, quem faz educação domiciliar deveria passar por avaliações do governo. "Não necessariamente para restringi-los do ensino doméstico, mas para descobrir como ajudá-los", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cidade morena

Prefeitura libera R$1,3 milhão para novo centro esportivo no Jacques da Luz

Espaço viabilizado através do Novo Pac contará com campo de Futebol Society; seia quadra de basquete; playground; pista de caminhada e jardim

17/12/2025 12h12

Projeto atende as necessidades destacadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)/Ministério do Esporte e terá uma área total de 3 mil metros quadrados

Projeto atende as necessidades destacadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)/Ministério do Esporte e terá uma área total de 3 mil metros quadrados Reprodução

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Através da publicação de um aviso de licitação de ampla concorrência, publicado recentemente por meio do Diário Oficial de Campo Grande, a Prefeitura Municipal anunciou a liberação de pouco mais de R$1,3 milhão para a construção de um novo Centro Esportivo no parque Jacques da Luz. 

Essa concorrência está com abertura de disputa de preços agendada somenta o próximo ano, marcada para acontecer em 09 de janeiro de 2026, em busca de empresa especializada para construção do dito centro esportivo padronizado. 

Na modalidade menor preço, a concorrência pública prevê um montante de R$1.388.286,51 para a construção de um novo centro esportivo no Parque Jacques da Luz, que fica localizado na região do Bandeira, no extremo sul da Capital. 

Novo Parque

Conforme os documentos expostos no Portal da Transparência Municipal, o projeto para espaço esportivo comunitário tipo A e tipo B integram Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por meio do Ministério do Esporte. 

Segundo consta em memorial descritivo, o projeto que atende as necessidades destacadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)/Ministério do Esporte terá uma área total de 3 mil metros quadrados. 

Essa área deverá compreender os seguintes ambientes:

  • Campo de Futebol Society;
  • Meia Quadra de Basquete;
  • Playground;
  • Pista de Caminhada;
  • Jardim;  

Das especificações, o campo de futebol society, por exemplo, será coberto por um gramado do tipo sintético e contará com fechamento com emprego de alambrado. 

Além disso, para a meia quadra de basquete é previsto um piso em concreto polido, bem como toda a devida  demarcação esportiva. 

O parque infantil deverá contar com brinquedos seguros, além de uma estrutura que seja adequada para as mais diferentes faixas etárias, aliada com uma pista de caminhada com o piso e sinalização apropriados e uma área de paisagismo, o que deixa claro o ar convidativo do novo projeto. 

Em complemento, conforme consta no projeto básico disponível no portal da transparência, toda a estrutura física em si precisa cumprir uma garantia mínima e durar cinco anos, enquanto os equipamentos instalados devem ter a segurança de serem funcionais por pelo menos um ano completo. 

Importante frisar que, toda a manutenção das estruturas e gestão do espaço ficará a cargo da administração municipal. Pela adesão ao Novo Pac do Governo Federal, esses recursos destinados são específicos para implantação de equipamentos esportivos padronizados em todo o território brasileiro. 

O Executivo espera com isso criar um novo espaço recreativo seguro, que acima de tudo seja acessível e multifuncional, servindo para integração comunitária em estímulo à práticas saudáveis; atividades educativas; etc. 

Para tal, é necessária apresentação dos devidos estudos socioambientais, mesmo que os serviços a serem prestados não possuam relevantes impactos ambientais, bem como o uso de materiais reciclados, recicláveis e de baixo impacto. 

 

 

ASSASSINATO

Homem é executado com 12 tiros no Residencial Aquarius, em Campo Grande

A perícia identificou perfurações no braço direito e esquerdo, cabeça, rosto e duas nas costas, indicando que a vítima não teve chance de defesa

17/12/2025 12h00

A vítima, identificada como Gustavo Fernandes Ribeiro, foi atingida por ao menos 12 disparos de arma de fogo

A vítima, identificada como Gustavo Fernandes Ribeiro, foi atingida por ao menos 12 disparos de arma de fogo Reprodução: Redes Sociais

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Um homem de 30 anos foi executado a tiros no fim da tarde desta terça-feira (16), no Residencial Aquarius, em Campo Grande. A vítima, identificada como Gustavo Fernandes Ribeiro, foi atingida por ao menos 12 disparos de arma de fogo, a maioria na região da cabeça, braços e costas.

De acordo com a Polícia Civil, o crime aconteceu por volta das 18h15, na Rua Praia Grande. Gustavo trafegava de motocicleta no sentido centro/bairro quando foi surpreendido por outra moto, ocupada por dois indivíduos. O passageiro se aproximou da vítima e efetuou os disparos, fugindo logo em seguida com o comparsa.

A guarnição da Polícia Militar foi acionada via Copom e isolou a área até a chegada das equipes de socorro e da perícia. O óbito foi constatado ainda no local pelo médico do Corpo de Bombeiros.

Durante os levantamentos periciais, foram apreendidos 11 estojos deflagrados e uma munição intacta, todos de calibre 9 milímetros, arma considerada de uso restrito. A perícia identificou perfurações no braço direito e esquerdo, cabeça, rosto e duas nas costas, indicando que a vítima não teve chance de defesa.

A equipe da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac/Cepol), acompanhada por investigadores do Grupo de Operações e Investigações (GOI), esteve no local para os primeiros procedimentos. Um aparelho celular da vítima, da marca Redmi, foi apreendido e será encaminhado para perícia.

Imagens de uma câmera de segurança próxima ao local chegaram a ser recolhidas, mas, até o momento, não foi possível identificar a placa da motocicleta utilizada pelos autores. Nenhuma característica dos suspeitos foi divulgada.

O corpo de Gustavo foi removido por agentes funerários e levado para a residência de familiares.

O caso foi registrado como homicídio qualificado, por ter sido praticado com arma de fogo de uso restrito, mediante emboscada, e em homicídio doloso - realizado em concurso de duas ou mais pessoas. As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil.

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