A fiscalização da normativa que proíbe a captura e o transporte de peixes nativos nos rios de Mato Grosso do Sul a partir de 2020 ganhou um reforço do governo do Estado nesta quarta-feira (19). A Polícia Militar Ambiental (PMA) recebeu novas embarcações e equipamentos para ampliar o trabalho de prevenção de crimes nos rios do Estado.
Ao todo, foram adquiridos 43 equipamentos, que somam um investimento de R$ 1 milhão, mas outros R$ 11 milhões devem ser investidos até o fim deste ano.
De acordo com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), investir numa boa estrutura da PMA significa reforçar os trabalhos, principalmente, na fiscalização das regras que instituíram a Cota Zero.
“A Polícia Ambiental bem estruturada ajuda muito na preservação. Entregamos 105 equipamentos. Uma parte já foi entregue em fevereiro, outros itens, agora; e virão mais, porque nós estamos comprando viaturas, equipamentos, armamentos e vestuário para os policiais, para proteção dos nossos rios. Só para a Polícia Militar Ambiental, são mais de R$ 12 milhões”, disse.
Ao todo, foram entregues nesta quarta-feira 16 barcos, 14 motores, 12 reboques e um caminhão para unidades da PMA em Aquidauana, Bataguassu, Bela Vista, Bonito, Campo Grande, Coxim, Jardim, Mundo Novo, Porto Murtinho, Batayporã, Rio Negro e Três Lagoas.
Os equipamentos foram adquiridos com recursos do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio de convênio com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de MS (Sejusp).
“Essa entrega objetiva reduzir os índices de criminalidade na área rural do Estado. Quando protegemos o meio ambiente, trabalhamos para o planeta”, afirmou o titular da Sejusp, Antônio Carlos Videira.
“Isso sendo entregue, faz com que eles [PMA] tenham melhor condição para proteger os rios e, principalmente, trabalhar efetivamente no cumprimento da Cota Zero e da proibição da pesca do dourado, que foi instituída aqui em Mato Grosso do Sul”, ressaltou o governador Reinaldo Azambuja.
APOIO
Azambuja contou ainda que foi procurado por artistas regionais e nacionais que mostraram interesse em ajudar a divulgar a Cota Zero.
“Nós vamos reunir um grande conjunto de pessoas que defendem a preservação ambiental como um legado, que a gente tem que dar de sustentabilidade, principalmente às novas gerações. E nós vamos continuar esse trabalho, que é de todos”, contou.
Segundo Azambuja, a campanha pró-Cota Zero de Mato Grosso do Sul vai unir “um grande conjunto de pessoas que defendem a preservação ambiental como legado para o futuro”. Para ele, a medida contribui para o fomento do turismo sustentável, além de promover a reposição do estoque pesqueiro dos rios sul-mato-grossenses.