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Gêmeas siamesas unidas pelo crânio são separadas em cirurgia de 20 horas

Gêmeas siamesas unidas pelo crânio são separadas em cirurgia de 20 horas

ESTADÃO CONTEÚDO

30/04/2019 - 14h11
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O Hospital da Criança de Brasília fez no último fim de semana uma cirurgia de 20 horas para separação das gêmeas Lis e Mel, que nasceram ligadas pelo crânio em junho do ano passado. O estado delas ainda é considerado muito delicado, mas, de acordo com a equipe médica, a recuperação das pacientes supera as expectativas. Lis já foi retirada do coma induzido. "Há ainda um longo período pela frente, mas o resultado obtido até o momento é muito bom. Estamos confiantes", afirmou o anestesiologista da equipe, Luciano Alves Fares. 

Casos de gêmeos que nascem ligados pelo crânio (definidos pela ciência como craniópagos) são raríssimos. A estimativa é de que ocorra um em cada 2,5 milhões de nascimentos. O diagnóstico da má-formação foi feito ainda na 10ª semana de gestação. Quinze dias depois, uma equipe multidisciplinar, liderada pelo neurocirurgião Benício Oton de Lima, começou a ser formada para acompanhar o caso. "Foi a primeira e provavelmente a última cirurgia desse tipo que vou fazer na minha vida. Esse é um caso muito raro", contou Oton de Lima. 

A ideia de fazer a cirurgia de separação vinha sendo trabalhada desde a gestação. Mas a estratégia cirúrgica foi definida apenas no primeiro mês de vida dos bebês, quando exames descartaram o risco de drenagem venosa compartilhada. Isso significava que o sistema venoso de cada uma das gêmeas era independente, o que permitia que a cirurgia fosse feita em apenas uma etapa.

As crianças nasceram com a parte frontal direita ligada uma a outra. Como a distância entre os crânios era muito pequena, foi necessária a realização de fisioterapia e uma série de procedimentos preparatórios para a operação. Em janeiro, por exemplo, uma cirurgia foi feita para implantação de cinco extensores de silicone. O objetivo era expandir a pele da face das crianças que mais tarde seria usada para cobrir a cicatriz da cirurgia na região frontal.

A equipe, com cerca de 50 integrantes, enfrentou uma maratona de encontros para planejamento da cirurgia e treinamento dos procedimentos que seriam realizados. Cinco profissionais estrangeiros, ligados ao The Children's Hospital at Montefiore, dos Estados Unidos, que já tinham experiência nesse tipo de caso, foram convidados para acompanhar a operação. A equipe de convidados, três médicos e duas enfermeiras, assistiu a cirurgia

"O planejamento foi fundamental. Avaliamos todas as etapas, todos os riscos. Ainda há muito pela frente, mas tudo está caminhando como o imaginado", afirmou o cirurgião plástico da equipe, Ricardo Machado Homem. Não há ainda como saber se haverá sequelas nos bebês. Mas Oton Lima afirma haver chances de boa recuperação. Em primeiro lugar, porque a cirurgia foi feita ainda no primeiro ano de vida dos bebês, quando a neuroplasticidade (capacidade de recuperação) é mais acentuada. Além disso, a ligação dos crânios ocorreu no lobo frontal, onde há menos riscos de sequelas.

As gêmeas são as primeiras filhas do casal Camila Vieira Neves, de 25 anos, e Rodrigo Martins Aragão, de 30 anos. "Meu sonho é agora levá-las para passear. Fazer coisas simples, que ainda não conseguimos fazer." A expectativa é de que as meninas permaneçam mais 15 dias no hospital antes da alta. O casal mora em Ceilândia, cidade nas proximidades de Brasília. "Ver as duas separadas foi um sonho que se realizou. Uma espera que acabou e a certeza de que a gente ganhou uma guerra. Sabemos que teremos outras batalhas, mas a gente vai vencer."

A cirurgia foi feita em duas etapas, com duas salas de apoio. Equipes também eram distintas. O grupo encarregado de atender Mel estava equipado com toucas, máscaras e luvas amarelas. A equipe que atuou com Lis, usou rosa. "Tudo foi separado, instrumentos, insumos, com cores específicas de cada uma", contou o anestesiologista. "Estamos muito otimistas e nos preparando para, no dia 1º de junho, comemorar o aniversário de 1 ano das meninas com um bolo e uma festa", completou.

"Vacina no braço"

Casos de Síndrome Aguda Respiratoria Grave aumentam em Campo Grande

Conforme o boletim da InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (18) os casos de síndrome gripais aumentaram na Capital; a recomendação é que os grupos prioritários tomem vacina

18/04/2024 18h15

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Campo Grande está entre outras 19 Capitais que apresentaram aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (18), pela Fiocruz. 

 O relatório apontou que aumentou o número de pessoas internadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de Influenza A (vírus da gripe) e o vírus respiratório (VSR).

"Na presente atualização observa-se que 19 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a semana 15: Aracajú (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e São Paulo (SP)", indica o relatório.

Divulgação InfoGripe

A Covid-19 segue em queda e em alguns Estados permanece em níveis baixos de incidência. Os dados apontam que a disseminação da Síndrome Respiratória Aguda Grave, de Influenza A e o vírus respiratório para as próximas semanas em 19 Estados e Mato Grosso do Sul pode apresentar aumento nas próximas semanas. 

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

Segundo o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, para impedir o crescimento dos casos o público alvo deve procurar a unidade de saúde mais próxima e tomar a vacina contra a influenza. 

“Para o vírus da gripe, a gente conta com vacina e campanha de vacinação em todo o país. Então quem é grupo de risco, deve buscar o posto de saúde para se vacinar. A vacina da gripe, tal qual a vacina da Covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode acabar desencadeando uma internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental. Em relação ao VSR, a rede privada tem uma vacina já disponível para idosos, que também é muito importante, já que embora o risco do VSR seja muito maior nas crianças pequenas, a gente também observa internações nos idosos”, explica Marcelo Gomes.

A recomendação do pesquisador para pessoas que apresentem sintomas gripais usem máscara de qualidade as recomendadas são: N95, KN95, PFF2; no caso de sair de casa para procurar atendimento médico em unidades de saúde. 

Veja outros Estados com tendência de aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave:

  •  Acre;
  • Alagoas;
  • Amazonas;
  • Bahia;
  • Ceará;
  • Distrito Federal;
  • Goiás;
  • Maranhão;
  • Minas Gerais;
  • Pará;
  • Paraíba;
  • Paraná;
  •  Pernambuco;
  • Rio Grande do Norte
  • Rio Grande do Sul;
  • Rio de Janeiro;
  • Santa Catarina;
  • Sergipe;
  • São Paulo;
  • Tocantins;

Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul a incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em decorrência da Covid-19 apresenta queda. 

No país

Somente em 2024, óbitos ligados a SRAG foram registrados  2.322 óbitos, sendo 1.411 (60,8%)
com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 728 (31,4%) negativos, e ao
menos 78 (3,4%) aguardam resultado.

Casos positivos

  • 12,3% Influenza A;
  •  0,1% Influenza B;
  •  3,1% vírus sincicialrespiratório (VSR);
  •  81,7% SARS-CoV-2 (COVID-19);

 

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Prazos

Mais de 68 mil pessoas poderão concluir o processo de obtenção da CNH até 31 de dezembro em MS

Os processos para retirada da CNH, que foram prorrogados por mais 12 meses, foram interrompidos em 2019

18/04/2024 17h50

Foto: Rachid Waqued

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De acordo com a deliberação nº271/2023, todos os processos de habilitação ativos até dezembro de 2023 tiveram o prazo de conclusão ampliado para 31 de dezembro de 2024.

De acordo com o levantamento do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), mostra que 8,6 mil processos estão parados na etapa de agendamento teórico, enquanto  12,6 mil na etapa de agendamento do exame prático de duas rodas. 

Ainda de acordo com o departamento de trânsito, 14,3 mil veículos estão na fase de agendamento prático de quatro rodas.Os demais são alunos que se encontram na fase de exames de saúde e ainda não chegaram na etapa de aulas.

O aviso do Detran é para as pessoas que ainda tem interesse em dar andamento ao processo procurem os seus respectivos CFC (Centro de Formação de Condutores) e não deixem para fazer isso perto do prazo expirar.

Ainda segundo o órgão, uma notificação eletrônica será encaminhada para os cidadãos que se qualificarem para a prorrogação. O alerta será enviado ao e-mail cadastrado no sistema durante a inscrição. Não haverá necessidade de efetuar novos pagamentos ou emissões de novas guias.

 

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