Cidades

FIM DO MISTÉRIO

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Furto de corpo em cemitério
era para cumprimento de pacto

Informação foi divulgada durante coletiva de imprensa

MARESSA MENDONÇA E BRUNA AQUINO, de Dois Irmãos do Buriti

15/02/2019 - 10h31
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A Polícia Civil conseguiu esclarecer a motivação do furto do corpo de Rosilei Potronieli, 37 anos, em cemitério de Dois Irmãos do Buriti (MS). Conforme relato de um dos envolvidos no crime, tratava-se de um “pacto” feito anos antes entre a vítima e o ex-namorado dela, policial militar aposentado José Gomes Rodrigues, de 57 anos. Ele quem arquitetou o plano.

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (15), a delegada Nelly Gomes dos Santos Macedo, comentou que a informação sobre este pacto foi revelada por Edson Maciel Gomes preso ontem por envolvimento no crime.

À polícia, Edson contou que, a relação de Rosilei e José sempre foi conturbada. O fato é confirmado pela delegada por meio da apresentação de boletins de ocorrência registrados pela mulher contra o ex. São casos de ameaças, violência doméstica e até estupro.

Ainda conforme o relato de Edson, primo de José, o policial aposentado e Rosilei namoraram durante muitos anos, vivendo um relacionamento marcado por términos e reconciliações. Nesse período, eles prometeram serem sepultados próximos um do outro.

No dia 10 de fevereiro, Rosilei Potronieli foi morta a facadas próximo a um bar em Terenos. Na ocasião, José estava preso por ter feito ameaças contra Rosilei. Ele foi liberado da delegacia onde estava no período da noite e ficou indignado ao saber que a mulher já havia sido sepultada.

Embriagado e pensando no pacto que havia feito com a ex-namorada, José teria ligado para o primo o “intimando” a resolver um problema juntamente com ele em Dois Irmãos do Buriti.

Os dois saíram de Terenos e chegaram ao cemitério ainda bêbados. No local, Edson ficou sabendo das intenções do primo e disse que, até tentou recusar, mas, ficou com medo das ameaças do policial.

Com auxílio de pás, eles retiraram o corpo da cova, colaram em um carrinho de mão quebrado e depois no porta malas do veículo em que estavam. O corpo foi levado para uma chácara em Campo Grande, onde outra cova já havia sido aberta e preparada para receber a mulher. O local estava com um tapete ao fundo e um travesseiro.

Na propriedade onde esta cova rasa foi aberta moram as filhas de José. Elas ficaram sabendo do plano assim que o pai chegou na chácara, mas, se recusaram a ajudar e se trancaram em casa.

O corpo de Rosilene foi lavado, vestido e novamente enterrado. José ainda cobriu o local com folhas para despistar. Velas foram acesas e colocadas próximas ao local em que o policial aposentado começou a ir para "conversar" com a vítima.

Segundo Edson, a intenção do primo era se manter diariamente próximo da vítima. Isto porque ao lado da cova ele teria dito várias vezes: “A gente tinha feito esse pacto. Eu cumpri. Agora você está perto de mim”.

A delegada conversou com o policial militar aposentado por telefone. Ele disse que já teve relacionamento com Rosilei, mas negou o crime. Já o primo, Edson Maciel Gomes está na delegacia à disposição da Justiça.

Para Nelly, este caso reflete o sentimento de posse que José tinha em relação a Rosilei, característica de homens envolvidos em ocorrências de violência doméstica. 

Reparos

Prefeitura irá notificar morador que modificou via para fugir dos buracos em bairro de Campo Grande

Secretaria Municipal, responsável por veículos que atolaram em rua "problemática" do Jardim Itatiaia, responsabiliza morador que fez a instalação de paralelepidepos por buraco onde mais de dez carros atolaram

17/04/2024 17h30

Para o morador Roberto Pinheiro que resgatou mais de dez veículos entre segunda e terça-feira a via com os parelelepípedos, na rua dos Estudantes era o único caminho transitável para que ele pudesse voltar para casa Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Após um morador cansado de esperar pelo asfalto instalar paralelepípedos para evitar buracos na rua dos Estudantes, no Jardim Itatiaia, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), informou que irá notificar o munícipe.

A informação foi dada durante atualização da Prefeitura, na noite de terça-feira (16) no balanço de ações emergenciais de pontos críticos que foram afetados pela chuva. 

A rua dos Estudantes tem cruzamento com a Rua Conde de São Joaquim, onde desde o início da semana, em decorrência da chuva acima da média, mais de dez veículos atolaram, incluindo o caminhão e o trator da Sisep que estiveram no local no início da tarde para jogar cascalho na via

 "Outra via que a Sisep atuou foi na Rua Conde de São Joaquim, no Bairro Tiradentes, próximo à Avenida Três Barras. No local foi executado reparo emergencial para o fechamento da vala aberta pela enxurrada. Foi constatado que o problema nessa via foi provocado também por uma obra irregular executada por morador do bairro, que sem autorização colocou paralepípedos em um trecho da rua. O morador será notificado para retirar o material e depois a Sisep realizará serviços para melhorar as condições das vias locais", informou a Prefeitura.
 

 

 

 

Outro trator foi enviado até o local para "resgatar" os veículos da Sisep e finalmente o buraco na rua Conde de São Joaquim recebeu o cascalho, conforme relatou o morador Roberto Pinheiro dos Santos, de 34 anos, que relatou ao Correio do Estado que o local passou por vistoria de um engenheiro da Águas Guariroba. 

"Veio o rapaz da Águas, Guariroba, que também é engenheiro, aí disse que o secretário da Prefeitura está culpando ele da rede de esgoto que foi passada aqui, que foi uma má compactação dele, que ocasionou a abrir essa vala na rua", disse Roberto.

Com relação aos paralelepípedos na rua dos Estudantes, Roberto apontou que era o único caminho viável para chegar até sua residência quando o buraco abriu próximo à Avenida Três Barras.

"Se não fosse aqueles paralelepípedos, era meio impossível eu entrar em casa. Ter acesso àquela rua de casa, porque ali segurou muito o barro e os buracos, né? Você viu o fluxo de água tamanho que era. Então acho que ia ser mais improvável eu chegar em casa do que se não tivesse o paralelepípedo. O cara fez um benefício e está levando culpa aí, né? Aí a prefeitura quer achar um culpado, né?"

 

 

 

 

A reportagem entrou em contato com a Águas Guariroba, que informou que realizou a ligação da rede de esgoto em 2023 e implementou a rede na parte mais alta da via, justamente para evitar os pontos de erosões que são formados em decorrência da chuva. Veja a nota na íntegra:

"Águas Guariroba informa que as obras para implantação da rede de esgoto na Rua Conde de São Joaquim foram realizadas em março de 2023, portanto, há mais de um ano. Na época, a rede foi implantada na parte mais alta da via, sentido Avenida Três Barras, lado oposto ao da erosão. Após a implantação da rede, o solo foi recomposto e compacto, conforme normas da ABNT e, até o momento, não apresentou problemas. A concessionária reforça que o ponto da via que está apresentando erosões é o oposto de onde a rede de esgoto foi instalada e pondera como possível causa para a erosão o percurso da água da chuva, já que a via não possui rede de drenagem".

A Sisep respondeu por meio de assessoria que o trabalho emergencial na via foi feito durante a tarde da terça-feira (16) e sem mencionar prazo ressaltou que a administração municipal tem previsão de pavimentar as ruas do Jardim Itatiaia. Veja a nota na íntegra:

"Assim que a chuva deu uma pequena trégua na tarde desta terça-feira (16) a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) fez o trabalho emergencial para o controle da valeta aberta pela enxurrada na Rua Conde de São Joaquim. A administração municipal tem previsão de pavimentar vias no Jardim Itatiaia e aquelas que não forem asfaltadas nesta fase receberam cascalhamento. Assim que começar o período de estiagem serão intensificados os trabalhos de manutenção das vias sem asfalto".

Chuva acima da média

Nos últimos quatro dias, Campo Grande registrou a quantidade de chuva esperada para todo o mês de abril, com 89,4 mm observados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC). Desde o dia 1º, a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já notificou 130,8 mm, número 46,3% superior à média histórica.

 

** Colaborou Alanis Netto

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Cidades

Imasul convoca proprietários de imóveis no Pantanal com processos em andamento para adequação à lei

Proprietários que não fizerem os ajustes terão processo de licenciamento extinto

17/04/2024 16h30

SOS Pantanal/Divulgação

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O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) reforça a convocação de todos os proprietários de imóveis localizados na Área de Uso Restrito do Pantanal (AUR-Pantanal) e que possuam processos de licenciamento ambiental em tramitação, para procederem aos ajustes determinados pela Lei do Pantanal nos referidos Cadastros Ambientais Rurais (CAR), no prazo de 180 dias.

Esse prazo está valendo desde a publicação do Edital de Convocação no Diário Oficial do Estado (página 83), que aconteceu no dia 9 de abril.

"Se o proprietário não fizer os ajustes necessários no CAR, o processo de licenciamento é automaticamente extinto", explicou o diretor presidente do Imasul, André Borges.

Os proprietários ou seus representantes devem acessar o sistema do Imasul e carregar as informações necessárias, exigidas pela Lei do Pantanal, para só então seus processos de licenciamento terem seguimento junto ao órgão ambiental.

Essa providência é necessária porque, conforme esclareceu Borges, a Lei do Pantanal (Lei 6.160 de 18 de dezembro de 2023) descreve uma série de novos pontos sensíveis na paisagem pantaneira como os capões, cordinheiras, landis; também as salinas, as veredas e os meandros abandonados (espécies de ilhas por onde passavam rios e que, com a mudança de curso, ficaram cercadas por água).

Todas essas formações geográficas passam a ser protegidas, inclusive em seu entorno, e precisam ser identificadas no Cadastro Ambiental Rural das propriedades.

Anexo ao Edital de Notificação foi publicada a lista de 158 processos de licenciamento ambiental em andamento no Imasul, que são afetados pela medida.

Além desses nomes, os  requerentes com propriedades no Pantanal que têm processo em tramitação e não constam na listagem, devem protocolar requerimento no Imasul solicitando a abertura do sistema para proceder aos ajustes necessários nos respectivos Cadastros Ambientais Rurais.

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