Cidades

NOVO GOVERNO

Exército busca apoio de bancada para viabilizar verbas ao Sisfron

Conclusão do sistema de monitoramento de fronteiras pode sofrer atraso de 14 anos

DA REDAÇÃO

04/12/2018 - 07h00
Continue lendo...

Parlamentares da bancada federal recém-eleita por Mato Grosso do Sul reuniram-se na manhã desta segunda-feira, no Comando Militar do Oeste (CMO), em Campo Grande,  para conhecerem detalhes do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), projeto estratégico do Exército que está ameaçado pelo corte de recursos.

Nos últimos anos, a liberação anual de verbas tem sofrido cortes de até 70%. Por conta disso, todo o projeto, que deveria estar em operação ao longo das fronteiras brasileiras até 2021, tem a sua perspectiva de conclusão estendida para 2035 e, até agora, pouco foi feito além do seu projeto-piloto, a partir da região de Dourados, na fronteira com o Paraguai. 

O senador eleito Nelson Trad Filho (PTB) participou da reunião no Centro de Operações do CMO e saiu sensibilizado com a magnitude do sistema para a segurança nas regiões de fronteira e com os prejuízos que o projeto vem sofrendo ano a ano com o contingenciamento de recursos. A luta é pela manutenção de um fluxo ideal e regular de dinheiro. Os cortes orçamentários vêm ocorrendo desde o governo de Dilma Rousseff.

Segundo ele, há necessidade de um apoio efetivo da Câmara e do Senado, particularmente da bancada federal por Mato Grosso do Sul, na busca de mecanismos que assegurem recursos para o Sisfron. Para o senador eleito, emendas de bancada – e até mesmo individuais – podem ajudar na destinação de mais recursos para o projeto.

ATRASO

Elaborada pelo Exército como estratégia e instrumento de apoio à decisão e de emprego operacional – e elogiada por países como França, Reino Unido, Rússia, Estados Unidos e Espanha –, a estrutura do Sisfron arrasta-se em seu cronograma. Apesar de ser, reconhecidamente,  um sistema que fortalece a presença e a capacidade de ação de segurança nas faixas de fronteira, o Sisfron continua sem o dinheiro necessário para o seu planejado seguimento, iniciado em 2010. 

O projeto, que previa investimentos da ordem de R$ 12 bilhões, com aplicação mínima de R$ 1,2 bilhão anual ao longo de dez anos, tem recebido pouco mais de R$ 300 milhões/ano, montante aquém das necessidades de aquisição e entrega das tecnologias inicialmente previstas. Para 2018, por exemplo, havia uma expectativa de liberação de pouco mais de R$ 300 milhões (já muito abaixo de R$ 1,2 bi), mas a União acabou disponibilizando somente R$ 276 milhões. 

Pelo projeto, os meios do Sisfron estarão desdobrados ao longo de quase 17 mil quilômetros da linha de fronteira, monitorando uma faixa de 150 quilômetros de largura ao longo dessa linha, o que favorecerá o emprego das unidades subordinadas aos comandos militares, bem como setores da segurança pública ligados à repressão aos crimes transfronteiriços – tráfico de drogas e armas, contrabando e os crimes ambientais, especialmente nas fronteiras com a Bolívia e o Paraguai. Toda movimentação suspeita poderá ser captada.

Em sua totalidade, o sistema de monitoramento de  fronteiras deverá utilizar tecnologias de ponta, com equipamentos sofisticados, como radares de curto e longo alcance, instrumentos de visão noturna, câmeras óticas e termais, imageamento por satélites, torres de observação e de transmissão de sinais, além de equipamentos individuais e coletivos para tropa, estruturas físicas como centros de operações, ampliação de quartéis, aquisição de veículos de apoio, capacitação e especialização de militares e outros.

SAIBA MAIS

O Exército sustenta que os modernos recursos tecnológicos incluídos no Sisfron habilitam o combatente a operar em ambiente de alta complexidade tecnológica. O conceito de emprego é dual, ou seja, permite iniciativas de defesa externa, em conjunto com as demais Forças Armadas, bem como o apoio à atuação de órgãos públicos de segurança, em operações interagências, contra delitos transfronteiriços.

Concurso

Governo de MS divulga resultado definitivo do Concurso da Polícia Civil

Os resultados divulgados são pós avaliação de recursos, portanto, não cabem mais pedidos

11/12/2025 14h00

Delegacia Geral da Polícia Civil

Delegacia Geral da Polícia Civil FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

Continue Lendo...

Foi divulgado hoje (11) no Diário Oficial Estadual (DOE) os resultados definitivos das últimas etapas do Concurso Público da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

Os resultados são para as Provas de Títulos do Concurso Público da Polícia Civil, do Exame de Avaliação Psicotécnica, da Avaliação Médico-Odontológica, Avaliação de Aptidão Física, bem como os resultados dos candidatos inabilitados na 1ª fase de Investigação Social para os cargos. 

O resultado já levou em conta a aplicação de recursos, portanto, os candidatos que não forem aprovados, não podem mais pedir reavaliação dos resultados. 

Conforme previsto no edital publicado e noticiado pelo Correio do Estado, são 400 vagas, sendo 100 para escrivão de Polícia Judiciária e 300 para investigador de Polícia Judiciária. O salário inicial é de R$ 6.569,53. A carga horária semanal é de 40 horas, a ser cumprida em expediente normal das repartições públicas estaduais ou escala de serviço.

A prova escrita foi aplicada no dia 14 de setembro em Campo Grande. As próximas etapas foram as Avaliações Psicológicas, exame de saúde e o Teste de Aptidão Física (TAF), se encerrando nos dias 22 e 23 de novembro. 

O resultado final estava previsto para o dia 17 de dezembro de 2025. O Curso de Formação será realizado de 20 de janeiro a 15 de maio de 2026. O ingresso na corporação será a partir de 25 de maio de 2026.

Os nomes dos aprovados pode ser encontrado a partir da página 55 do DOE. 

O candidato poderá consultar a resposta do recurso, com o motivo do seu indeferimento, no endereço eletrônico www.avalia.org.br, através do link Consultar resposta do recurso contra o resultado preliminar da Prova de Títulos.

Ao todo, 27 mil candidatos se inscreveram, fazendo a concorrência ser de 67 candidatos por vaga, como divulgado anteriormente pelo Correio do Estado. 

Assine o Correio do Estado.

 

 

 

 

 

"Boas festas"

Ordem de Serviço do 'Parque do Ceuzinho' só sai após recesso de Natal

Licitada e contratada, o preço da obra desse parque para a região das cachoeiras do Ceuzinho acabou saindo 15,6% mais barato que o previsto

11/12/2025 12h59

Pelo projeto, esse parque terá 28 hectares e contará com com receptivo e uma infraestrutura integrada à preservação

Pelo projeto, esse parque terá 28 hectares e contará com com receptivo e uma infraestrutura integrada à preservação Marcelo Victor/Correio do Estado

Continue Lendo...

Segundo confirmado pelo atual chefe da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Ednei Marcelo Miglioli, durante visita para vistoria à obra de revitalização da "Antiga Rodoviária" - o chamado Terminal Heitor Eduardo Laburu -, na manhã desta quinta-feira (11), a emissão da ordem de serviço para início da construção do "Parque do Ceuzinho" deve ser emitida apenas após o recesso natalino de 2024. 

Licitada e contratada, conforme abordado recentemente pelo Correio do Estado, o preço da obra desse parque para a região das cachoeiras do Ceuzinho acabou saindo 15,6% mais barato que o previsto, já que a empresa vencedora arrematou a licitação por R$ 7.295.079,81. 

Segundo justificado pelo titular da Sisep, o intuito de começar as obras apenas em 2026, ano eleitoral, é evitar essa "ressaca" das festividades de final de ano, que graças aos devidos dias de descanso dos trabalhadores acabaria "arrastando" o andamento no decorrer deste último mês de 2025. 

"Fiz uma agenda há cerca de dez dias e, entendemos que no lugar não valeria a pena dar a ordem de serviço no final de ano, em que a produção seria muito pequena pois Natal e Ano Novo vão cair no meio da semana", disse. 

Além disso, o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli, faz questão de afirmar que a intenção é emitir a ordem de serviço assim que houver a retomada dos trabalhos no próximo ano. 

Entenda

Complexo banhado pelo Córrego Ceroula, o espaço das cachoeiras do Ceuzinho está localizado aos fundos do bairro José Abrão, ficando às margens do anel viário na saída para o Detran/UEMS, em Campo Grande, entre as rodovias MS-010 e MS-080.

Basicamente, faltaria agora apenas a assinatura da ordem de execução dos serviços, que deve ficar para janeiro de 2026, a partir de quando a empresa terá até 540 dias consecutivos para execução total, ou seja, aproximadamente um ano e meio para entrega da obra. 

Parte do calendário de obras do aniversário de 124 anos de Campo Grande, o lançamento da pedra fundamental para execução das obras aconteceu em 28 de agosto de 2023 mas o lançamento da licitação só veio dois anos depois, com atraso de pelo menos 12 meses além do previsto. 

Pelo projeto, esse parque terá 28 hectares e contará com com receptivo e uma infraestrutura integrada à preservação, prevendo: 

  • Quiosques, 
  • Redários,
  • Playgrounds,
  • Museus,
  • Restaurantes, 
  • Apoio para trilhas e 
  • Uma série de atrativos.

Com quatro cachoeiras, a área está localizada entre as saídas para Rochedo e Cuiabá, a maior parte do  investimento, da ordem de R$2,7 milhões, será destinada à implantação de estacionamento. 

Além disso, o pórtico e a guarita de entrada devem consumir em torno de R$600 mil. No ‘playgroud’ e o chamado waterplay estão estimados em pouco mais de R$500 mil. 

 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).